Silvio Santos desmente doença e venda do SBT
Com uma participação por telefone no programa Domingo Legal, de Gugu Liberato, o empresário e apresentador Silvio Santos pediu desculpas pela entrevista que deu à revista Contigo!, em que falava que tinha só mais seis anos de vida e havia vendido o SBT à Televisa e a José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni. "Peço […]
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h56.
Com uma participação por telefone no programa Domingo Legal, de Gugu Liberato, o empresário e apresentador Silvio Santos pediu desculpas pela entrevista que deu à revista Contigo!, em que falava que tinha só mais seis anos de vida e havia vendido o SBT à Televisa e a José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni. "Peço desculpas pela brincadeira. Não imaginava que a revista fosse publicar a entrevista. Foi uma brincadeira de mau gosto que não saiu como eu queria. Felizmente estou bem de saúde", afirmou ele, por telefone de Celebration (Orlando, EUA). Segundo ele, a entrevista repercutiu no mundo todo, lhe causando "dores de cabeça".
O desmentido foi ao ar em uma entrevista gravada com câmera escondida, exibida pelo Boa Noite Brasil, da TV Bandeirantes. "Foi uma forma de esclarecer tudo", afirmou Silvio Santos.
As atitudes do apresentador obrigaram o Grupo Sílvio Santos a divulgar uma nota neste domingo (13/7) para esclarecer a polêmica. A nota foi publicada em uma página inteira do jornal O Estado de S.Paulo.
O grupo afirma que o empresário está bem de saúde e que na entrevista à revista prevaleceu "o tom de humor, ironia, com doses de fantasia". O SBT confirmou que o apresentador deve voltar ao Brasil para retomar as atividades na empresa no final de julho. Leia a íntegra da nota:
"Nota de Esclarecimento
A respeito da entrevista dada pelo apresentador Sílvio Santos à revista Contigo e em função da enorme repercussão causada por ela, o Grupo Sílvio Santos deseja esclarecer alguns pontos, visando restabelecer a verdade dos fatos:
1) O empresário e apresentador Sílvio Santos se encontra no gozo do melhor de sua saúde.
2) Sua permanência nos Estados Unidos vem transcorrendo normalmente, dentro de seu desejo pessoal de passar férias com sua família.
3) Seu retorno às atividades profissionais, seja como empresário, seja como artista, continua programado para o final de julho.
4) Sobre a entrevista dada à revista Contigo, é fácil se concluir que nela prevaleceu o tom de humor, ironia, com doses de fantasia.
5) A própria matéria da Contigo aponta em vários trechos o tom de brincadeira das declarações de Sílvio Santos. E quem teve acesso ao áudio da mencionada entrevista, se convence de que o artista viveu um momento de descontração e humor.
6) São contrastantes alguns fatos, que corroboram esta versão e que põem por terra qualquer outra interpretação:
a) As fotos da própria reportagem, mostrando o apresentador em ótimo estado de saúde, se contrastando com a possibilidade de alguém doente, preso a uma cadeira de rodas;
b) As colocações feitas pelo próprio Sílvio a respeito de seu estado de saúde, se contrastando com o mínimo conhecimento médico, de que não é uma rotina se fazer transfusão de sangue em casa, ou ainda que transfusões de sangue sejam usadas para tratar de problemas cardíacos. Muito menos aceitar como séria a previsão médica de tempo de vida.
c) Fácil deduzir a jocosidade e simplicidade com que o entrevistado menciona a "venda do SBT", se contrastando com o limite expresso na lei número 10.610/02, que regulamenta a venda a estrangeiros de até 30% do capital acionário de emissoras de Rádio e Televisão, bem como a morosidade de um processo de transferência que exige a autorização prévia dos órgãos governamentais. 7
) É certo que o SBT - Sistema Brasileiro de Televisão, uma das empresas do Grupo Sílvio Santos, um dos mais sólidos grupos do país, seja visado rotineiramente no mundo dos negócios. A decisão sobre seu futuro depende da vontade de seu acionista majoritário e das eventuais oportunidades interessantes que possam surgir deste mercado. Até lá, as propostas vindas com este propósito serão analisadas com o mesmo interesse e atenção.
São Paulo, 13 de julho de 2003."