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Sete em cada dez pessoas esperam que marcas invistam mais em causas

Maioria dos consumidores se dizem favoráveis a uma empresa que contribui para melhorar a sociedade, aponta pesquisa Ipsos

Boa ação: cada vez mais a reputação assume peso importante na compra. (SARINYAPINNGAM/Thinkstock)

Vanessa Barbosa

Publicado em 12 de novembro de 2018 às 15h26.

São Paulo - Tecnologias móveis, negócios globais e informações ao alcance de um toque—o mundo nunca pareceu tão próximo das pessoas, e com essaproximidade vem uma consciência sobre dificuldades que muitos ignoravam no passado.

À medida que os consumidores se tornam mais conscientes das desigualdades e injustiças que os cercam, eles procuram fazer diferença e passam a olhar com bons olhos marcas que se alinham com seus valores.

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Pesquisa realizada pelo Ipsos Global Reputation Center aponta que sete em cada dez pessoas esperam que as marcas contribuam muito mais para a sociedade do que contribuíam no passado e invistam mais em causas do que investiam anteriormente.

"A nova geração de consumidores nativos digitais aprendeu com o mundo online a contestar paradigmas, reforçando a necessidade de responsabilidade social na era das redes sociais", avalia o estudo.

O posicionamento agora passa pela responsabilidade social corporativa e demanda impacto positivo. E as empresas estão percebendo esse movimento e se adaptando às novas expectativas de mercado:56% dos membros do Conselho de Reputação das empresas acreditam que seus consumidores esperam que eles se posicionem.

Segundo o estudo, a maioria dos consumidores (82%) se dizem favoráveis a uma empresa que contribui para uma causa. Quando sincero e aplicado na prática, o posicionamento pode trazer bons resultados para a reputação e desempenho dos negócios: globalmente, 87% dos consumidores dizem que levam em consideração a reputação da empresa que está por trás da marca ao comprar um produto ou serviço. No Brasil, essa concordância sobre para 91%.

"Se [o posicionamento] reflete genuinamente o propósito social e os valores do negócio, e é respaldado por evidências de ação, a recompensa pode ser um impacto poderoso e positivo na reputação e nos relacionamentos", diz o estudo.

Apesar de ainda insipiente, há um aumento significativo no conhecimento dos consumidores sobre o marketing de causa: no ano passado, apenas 6% dos entrevistados já tinham ouvido falar sobre essa estratégia, ante 12% em 2018, um movimento que deve continuar em tendência ascendente.

A pesquisa quantitativa foi realizada entre os dias 1º e 15 de junho de 2018 e entrevistou 1200 pessoas. Ela foi apresentada durante o 2º Fórum de Marketing Relacionado à Causa, realizado em São Paulo na última quarta-feira (7) peloCentro ESPM de Desenvolvimento Socioambiental (CEDS ESPM), o instituto de pesquisas Ipsos, a consultoria Cause, que apoia marcas e organizações a identificar e fazer a gestão de suas causas, e o Instituto Ayrton Senna.

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