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Record estuda entrar na Justiça para transmitir Copas

Emissora divulgou comunicado em que se diz "surpresa com a decisão da Fifa" em prorrogar acordo com Globo sem licitação

Record: emissora pretende estudar medidas judiciais para garantir transmissão dos Mundiais (Alexandre Battibugli/Placar)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de fevereiro de 2012 às 18h13.

São Paulo - Depois de ver a Globo anunciar a compra dos direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2018 e 2022, a Rede Record enviou um comunicado à imprensa em que manifesta "absoluta surpresa com a decisão da Fifa de prorrogar o acordo de direitos de transmissão com uma outra emissora sem qualquer licitação".

Segundo a Record, o diretor de TV da Fifa, Niclas Ericson, havia informado em 2010, logo após o término do Mundial, que "haveria uma concorrência pelos direitos de transmissão" dos campeonatos de 2018 e 2022, o que, segundo a emissora, acabou não se concretizando.

Pelo comunicado, a rede afirma "que pretende estudar as melhores medidas judiciais cabíveis na Suíça e no Brasil que garantam os direitos internacionais de negociação".

Leia a nota, na íntegra

"A Rede Record vem a público manifestar absoluta surpresa com a decisão da Fifa de prorrogar o acordo de direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2018 e 2022 para o Brasil com uma outra emissora sem qualquer licitação.

A Record foi informada em 2010, logo após o término da Copa do Mundo, pelo diretor de TV da Fifa,  Sr. Niclas Ericson, de que haveria uma concorrência pelos direitos de transmissão dos eventos promovidos pela Fifa em 2018 e 2022, conforme provam e-mails trocados entre executivos da Record e da Fifa. No encontro realizado no Hotel Fasano, no Rio de Janeiro, a direção de nossa empresa ouviu garantias de que a licitação seria pública, transparente e aberta em regime semelhante ao que a Fifa realiza em países do mundo inteiro. Na oportunidade, a Record também entregou à Fifa um documento oficial afirmando que concorda com todas as condições para a aquisição dos eventos.

O acordo com a concorrência foi anunciado sem que qualquer outra empresa de comunicação brasileira tenha sido consultada, A informação foi divulgada no mesmo espaço de notícias em que a Fifa anuncia a abertura de licitação dos direitos para centenas de países da Europa, como Alemanha, Itália e Portugal; da Ásia como China e Índia; da Oceania como Austrália, da África, além de Estados Unidos, Canadá, América Central e da própria América do Sul.

É estranho verificar que para o Brasil o método seja outro. Um contrato sem concorrência decidido "fora do horário comercial", sem ser à luz do dia e de forma transparente.

Relevante, também, ressaltar que a empresa que teve seu acordo prorrogado com a FIFA gosta de se auto intitular como um dos maiores grupos de comunicação do mundo. Em contrapartida, mostra em seus métodos que não aceita concorrência livre em que a melhor proposta seja a vencedora.

A Record informa que pretende estudar as melhores medidas judiciais cabíveis na Suiça e no Brasil que garantam os direitos internacionais de negociação.

Acreditamos na justiça e nas entidades mundiais de defesa do livre comércio sediadas na Suiça. Organizações que, justamente, combatem práticas de monopólio, protecionismo e corrupção."

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São Paulo - Depois de ver a Globo anunciar a compra dos direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2018 e 2022, a Rede Record enviou um comunicado à imprensa em que manifesta "absoluta surpresa com a decisão da Fifa de prorrogar o acordo de direitos de transmissão com uma outra emissora sem qualquer licitação".

Segundo a Record, o diretor de TV da Fifa, Niclas Ericson, havia informado em 2010, logo após o término do Mundial, que "haveria uma concorrência pelos direitos de transmissão" dos campeonatos de 2018 e 2022, o que, segundo a emissora, acabou não se concretizando.

Pelo comunicado, a rede afirma "que pretende estudar as melhores medidas judiciais cabíveis na Suíça e no Brasil que garantam os direitos internacionais de negociação".

Leia a nota, na íntegra

"A Rede Record vem a público manifestar absoluta surpresa com a decisão da Fifa de prorrogar o acordo de direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2018 e 2022 para o Brasil com uma outra emissora sem qualquer licitação.

A Record foi informada em 2010, logo após o término da Copa do Mundo, pelo diretor de TV da Fifa,  Sr. Niclas Ericson, de que haveria uma concorrência pelos direitos de transmissão dos eventos promovidos pela Fifa em 2018 e 2022, conforme provam e-mails trocados entre executivos da Record e da Fifa. No encontro realizado no Hotel Fasano, no Rio de Janeiro, a direção de nossa empresa ouviu garantias de que a licitação seria pública, transparente e aberta em regime semelhante ao que a Fifa realiza em países do mundo inteiro. Na oportunidade, a Record também entregou à Fifa um documento oficial afirmando que concorda com todas as condições para a aquisição dos eventos.

O acordo com a concorrência foi anunciado sem que qualquer outra empresa de comunicação brasileira tenha sido consultada, A informação foi divulgada no mesmo espaço de notícias em que a Fifa anuncia a abertura de licitação dos direitos para centenas de países da Europa, como Alemanha, Itália e Portugal; da Ásia como China e Índia; da Oceania como Austrália, da África, além de Estados Unidos, Canadá, América Central e da própria América do Sul.

É estranho verificar que para o Brasil o método seja outro. Um contrato sem concorrência decidido "fora do horário comercial", sem ser à luz do dia e de forma transparente.

Relevante, também, ressaltar que a empresa que teve seu acordo prorrogado com a FIFA gosta de se auto intitular como um dos maiores grupos de comunicação do mundo. Em contrapartida, mostra em seus métodos que não aceita concorrência livre em que a melhor proposta seja a vencedora.

A Record informa que pretende estudar as melhores medidas judiciais cabíveis na Suiça e no Brasil que garantam os direitos internacionais de negociação.

Acreditamos na justiça e nas entidades mundiais de defesa do livre comércio sediadas na Suiça. Organizações que, justamente, combatem práticas de monopólio, protecionismo e corrupção."

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