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Publicidade de crédito alertará sobre superendividamento

Haverá uma frase de alerta, assim como ocorre nas propagandas de bebidas, cigarros e remédios


	Cartão de crédito: em relação à publicidade, avaliação de instituições financeiras é que a propaganda, muitas vezes, é muito ostensiva e não passa informação adequada
 (Raul Junior/EXAME.com)

Cartão de crédito: em relação à publicidade, avaliação de instituições financeiras é que a propaganda, muitas vezes, é muito ostensiva e não passa informação adequada (Raul Junior/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2013 às 14h35.

Fortaleza - A publicidade de crédito bancário passará a ser acompanhada de uma mensagem sobre os riscos do superendividamento.

Haverá uma frase de alerta, assim como ocorre nas propagandas de bebidas, cigarros e remédios. A mudança faz parte de um manual sobre crédito sustentável elaborado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) que será lançado em 2014.

A norma de autorregulação deve abordar também questões como treinamento de pessoal e critérios para concessão de empréstimos.

Em relação à publicidade, a avaliação das instituições financeiras é que a propaganda, muitas vezes, é muito ostensiva e não passa a informação adequada.

"Eu poderia fazer uma analogia com a publicidade sobre bebidas: o crédito, em excesso, pode gerar prejuízo", afirmou Gustavo José Marrone de Castro Sampaio, diretor de autorregulação da Febraban, que participa do V Fórum Banco Central sobre Inclusão Financeira, em Fortaleza (CE).

Os bancos também tentam aperfeiçoar critérios para concessão, de forma a melhor adequar o produto ao tipo de cliente. Haverá ainda normas sobre informação disponível nos diferentes canais em que o empréstimo pode ser diretamente contratado, como agências, internet e caixa eletrônico.

Também haverá orientação para casos de inadimplência e liquidação antecipada. "Hoje, vários canais estão disponíveis, com seus limites de informação e você precisa regular isso." O manual também deve abordar questões sobre treinamento de pessoal e o aumento de canais para renegociação de dívidas.

Sampaio afirmou que o manual é apenas o início de um processo para melhorar a concessão do crédito. "Não existe uma bala de prata que mude o cenário que nós temos hoje. Não vai acabar com o problema do superendividamento. Esse primeiro texto inicia um programa para o futuro", afirmou.

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