Prêmio do Cinema Brasileiro consagra 'Tropa de Elite 2'
Longa-metragem de José Padilha levou nove dos 15 troféus da premiação
Da Redação
Publicado em 21 de setembro de 2011 às 10h56.
São Paulo - Num Grande Prêmio do Cinema Brasileiro sem surpresas, em que "Tropa de Elite 2", o filme nacional mais visto da história, recebeu nove dos 15 troféus aos quais concorria, foram as homenagens a lendas de nossa cinematografia que deram emoção. Luiz Carlos e Lucy Barreto, produtores há 50 anos, receberam o grande tributo da noite.
O casal, que produziu de "Vidas Secas" a "Lula, O Filho do Brasil", passando pelos filmes de Glauber Rocha, Cacá Diegues e dos filhos Bruno e Fabio Barreto, "sucessos e fracassos", "filmes bons e ruins", brincou que cinema é coisa de família. "Somos a família Titanic: se o cinema não der certo, afunda tudo!", disse Barretão.
Barretão divertiu, mas foi Norma Bengell, levada ao centro do palco numa cadeira de rodas, depois de um clipe em que aparecia esplendorosa em cenas de 50 anos atrás, quem comoveu a plateia. "Eu queria ficar de pé para agradecer." Foi levantada pelos apresentadores, Bruno Mazzeo e Fabiula Nascimento, e pôde ver o Teatro João Caetano todo de pé também. "Vocês não sabem a felicidade de estar aqui. São 8 meses que não saio de casa", disse a atriz, de 76 anos, doente e endividada.
A homenagem a Remo Usai, compositor de 82 anos que fez trilhas para 122 filmes, também foi cativante. Assim como os discursos emocionados de vencedores, como o de Denise Dumont, produtora de "O Homem Que Engarrafava Nuvens". Padilha parecia blasé tão esperada era a consagração de "Tropa 2". "Nem tenho mais o que dizer...", disse, ao subir para receber o Grande Otelo de melhor diretor.
Cheio de méritos, "Tropa de Elite 2" atropelou concorrentes como "Chico Xavier", "Quincas Berro D´Água" e "Nosso Lar". Levou o mesmo número de troféus do primeiro "Tropa", três anos atrás. Em sua décima edição, a premiação é realizada pela Academia Brasileira de Cinema. As escolhas são feitas pelos sócios (cineastas, produtores, atores) e todo o processo é auditado. Em três categorias apenas, a votação do público foi pela internet e pelo celular. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Principais prêmios:
Melhor filme de ficção: "Tropa de Elite 2", de José Padilha (também eleito melhor diretor);
Ator: Wagner Moura ("Tropa de Elite 2");
Atriz: Gloria Pires ("Lula, O Filho do Brasil");
Ator coadjuvante: Caio Blat ("As Melhores Coisas do Mundo") e André Mattos ("Tropa de Elite 2");
Atriz coadjuvante: Cassia Kiss ("Chico Xavier").
São Paulo - Num Grande Prêmio do Cinema Brasileiro sem surpresas, em que "Tropa de Elite 2", o filme nacional mais visto da história, recebeu nove dos 15 troféus aos quais concorria, foram as homenagens a lendas de nossa cinematografia que deram emoção. Luiz Carlos e Lucy Barreto, produtores há 50 anos, receberam o grande tributo da noite.
O casal, que produziu de "Vidas Secas" a "Lula, O Filho do Brasil", passando pelos filmes de Glauber Rocha, Cacá Diegues e dos filhos Bruno e Fabio Barreto, "sucessos e fracassos", "filmes bons e ruins", brincou que cinema é coisa de família. "Somos a família Titanic: se o cinema não der certo, afunda tudo!", disse Barretão.
Barretão divertiu, mas foi Norma Bengell, levada ao centro do palco numa cadeira de rodas, depois de um clipe em que aparecia esplendorosa em cenas de 50 anos atrás, quem comoveu a plateia. "Eu queria ficar de pé para agradecer." Foi levantada pelos apresentadores, Bruno Mazzeo e Fabiula Nascimento, e pôde ver o Teatro João Caetano todo de pé também. "Vocês não sabem a felicidade de estar aqui. São 8 meses que não saio de casa", disse a atriz, de 76 anos, doente e endividada.
A homenagem a Remo Usai, compositor de 82 anos que fez trilhas para 122 filmes, também foi cativante. Assim como os discursos emocionados de vencedores, como o de Denise Dumont, produtora de "O Homem Que Engarrafava Nuvens". Padilha parecia blasé tão esperada era a consagração de "Tropa 2". "Nem tenho mais o que dizer...", disse, ao subir para receber o Grande Otelo de melhor diretor.
Cheio de méritos, "Tropa de Elite 2" atropelou concorrentes como "Chico Xavier", "Quincas Berro D´Água" e "Nosso Lar". Levou o mesmo número de troféus do primeiro "Tropa", três anos atrás. Em sua décima edição, a premiação é realizada pela Academia Brasileira de Cinema. As escolhas são feitas pelos sócios (cineastas, produtores, atores) e todo o processo é auditado. Em três categorias apenas, a votação do público foi pela internet e pelo celular. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Principais prêmios:
Melhor filme de ficção: "Tropa de Elite 2", de José Padilha (também eleito melhor diretor);
Ator: Wagner Moura ("Tropa de Elite 2");
Atriz: Gloria Pires ("Lula, O Filho do Brasil");
Ator coadjuvante: Caio Blat ("As Melhores Coisas do Mundo") e André Mattos ("Tropa de Elite 2");
Atriz coadjuvante: Cassia Kiss ("Chico Xavier").