Por polêmica, Disney e Google rompem com maior youtuber do mundo
Piadas antissemitas e vídeos com referências nazistas fizeram Felix Kjellberg, conhecido como PewDiePie, perder alguns dos seus mais valiosos contratos
Da Redação
Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 10h39.
Última atualização em 15 de fevereiro de 2017 às 12h31.
Com estilos irreverentes que transitam numa linha tênue entre o humor e a polêmica, muitos youtubers colecionam não apenas uma incrível legião de fãs, como também conseguem receber propostas milionárias de diversas marcas interessadas em sua capacidade de engajamento. Em alguns casos, entretanto, o tiro sai pela culatra.
Com mais de 53 milhões de seguidores em seu canal, Felix Kjellberg, conhecido como PewDiePie, considerado o maior youtuber do mundo, perdeu neste inicio de semana alguns de seus maios valiosos contratos, incluindo parcerias com a Disney , o Google e consequentemente o Youtube.
O motivo? Piadas antissemitas e vídeos com referências nazistas. A primeira empresa a tomar a atitude foi a Disney, que mantinha relações com Felix através da produtora Maker Studios. Na sequência, Google e o Youtube também se posicionaram contra o polêmico youtuber.
Um porta-voz do Youtube confirmou hoje (14) ao The Washington Post que o site de compartilhamento de vídeo decidiu cancelar o lançamento da segunda temporada da série original de Kjellberg, "Scare PewDiePie". A plataforma também está removendo o canal PewDiePie do Google Preferred, programa de anúncios do próprio Google que mostra os canais mais influentes ao público.
O calvário de Pewdiepie começou no sábado (11), após a publicação de um vídeo que mostra dois homens indianos pagos pelo apresentador que seguram um cartaz com os seguintes dizeres: "morte a todos os judeus". Diante das primeiras críticas, o youtuber deletou o vídeo, mas não conseguiu apagar o avanço da polêmica.
O youtuber ficou famoso por falar sobre games, mas o The Wall Street Journal fez um levantamento que aponta nove vídeos com piadas antissemitas e referências nazistas desde agosto. Um deles, por exemplo, mostra um homem vestido como Jesus dizendo: “Hitler não fez absolutamente nada ruim”.
Resta agora saber se outras marcas seguirão os passos dessa debandada e, além disso, o que as empresa tirarão de lição, neste caso, sobre a relação de suas imagens com youtubers, que apesar do grande sucesso, são jovens e propensos a grandes polêmicas.
Este conteúdo foi originalmente publicado no portal AdNews.