São Paulo – Uma das maiores empresas de refrigerantes e petiscos do mundo resolveu abrir um restaurante próprio em um descolado bairro de Nova York.
O menu ainda não está fechado, mas a PepsiCo já sabe o que não quer incluir no local: nada de logos ostensivos, nem de bebidas e produtos da marca no cardápio.
Noz-de-cola, a semente que contém cafeína e dá nome à marca, será a estrela dos pratos e drinks exclusivos. Produtos inéditos da fabricante também serão servidos.
A ideia é fazer com que o Kola House seja um espaço para degustações premium, destinado a pessoas influentes nas redes sociais. Shows e eventos também poderão acontecer ali.
"As pessoas consomem conteúdo com uma velocidade impressionante hoje", disse Mauro Porcini, chefe de design para a PepsiCo, em entrevista ao jornal NY Times. "É por isso que, para ser relevante on-line, as empresas precisam se relacionar off-line da melhor maneira possível."
A tendência é a mesma que tem sido adotada por outras grandes marcas, como Starbucks, com suas cafeterias que vendem até vinhos, e Nike, que inaugurou um estúdio de fitness.
É uma mostra de como as empresas tentam hoje se conectar com os consumidores, além de apenas investir em comerciais de tevê ou publicidades online.
“Se as marcas não fizerem isso hoje, elas se tornarão irrelevantes amanhã, seja lá qual for o amanhã”, afirmou Seth Kaufman, diretor de marketing da PepsiCo para bebidas na América do Norte.
Ainda em construção, o restaurante da Pepsi ficará no bairro de Meatpacking District e contará com algum logo discreto da companhia “para não estragar a sofisticação do lugar”.
A previsão é de que ele seja inaugurado até maio deste ano e a empresa não informou quanto investiu no projeto, nem se pretende ampliar para outras capitais pelo mundo.
São Paulo – Do que é feito um dos salgadinhos mais famosos do mundo? Como ele adquire a forma triangular e a textura crocante? E o cheiro? Vem de onde? EXAME.com visitou a fábrica da
Pepsico em Itu para responder a essas e outras questões sobre o Doritos. Veja, a seguir, como ele é feito:
2. 1. Carregamento 2 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
Milho. O principal e praticamente único ingrediente do Doritos é o milho. Ele é transgênico, vem de fazendas do Paraná especializadas em fornecer para a Pepsico e é transportado por meio dessas empilhadeiras.
3. 2. Silos 3 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
O milho é jogado em dois silos que, juntos, são capazes de armazenar até 190 toneladas.
4. 3. Peneira 4 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
O milho passa por uma peneira para evitar que os grãos quebrados ou fora do tamanho considerado padrão de qualidade entrem na linha de produção.
5. 4. No caldeirão 5 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
Depois de peneirado, o milho é fervido em água por cerca de 12 minutos junto a uma pequena porcentagem de cal, para que a casca se solte do grão.
6. 5. No descanso 6 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
Depois de cozido, o milho repousa por cerca de 12 horas em um tambor, para que a casca seja retirada e ele amoleça o suficiente.
7. 6. Em linha 7 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
A fábrica de Itu tem 12 desses tambores, que se revezam nos estágios de produção. Dentro dessa área, sente-se um forte cheiro de milho cozido.
8. 7. Sem casca 8 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
Durante as 12 horas de descanso, o milho vai lentamente amolecendo e perdendo a casca.
9. 8. Pelo cano 9 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
Depois das 12 horas, o milho é drenado para os canos que o levarão para a linha de produção propriamente dita.
10. 9. Por baixo 10 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
Estes são os tambores de descanso vistos por baixo. O milho vai lentamente sendo levado para os canos que o conduzirão até a linha de produção.
11. 10. Para a lavagem 11 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
O milho passa então por uma lavagem, para que qualquer resquício de casca ou cal seja retirado dos grãos.
12. 11. Na esteira 12 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
Depois disso, o milho passa por uma esteira para a retirada do excesso de água e é levado até um moinho de pedras.
13. 12. Triturado 13 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
Nessa máquina, o milho é triturado até que vire uma massa uniforme. O processo não dura mais de 30 segundos e o barulho é bastante alto.
14. 13. Massa 14 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
O milho sai da trituradora com essa aparência: uma massa ainda mole e mais grossa, que se desfaz na mão.
15. 14. Rolo compressor 15 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
A massa passa por rolos compressores, que a deixarão na espessura exata de um Doritos.
16. 15. Para o forno 16 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
A massa, além de comprimida, também é cortada em triângulos no caminho para o forno, onde será assada por cerca de 2 minutos.
17. 16. Resfriando 17 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
Depois de assado, cada triângulo já recebe o nome de “chip”. O próximo passo é passar por uma esteira longa enquanto é resfriado.
18. 17. Trilhos 18 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
A esteira tem três andares e sua velocidade pode ser regulada de acordo com a velocidade da produção da fábrica.
19. 18. Para a fritura 19 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
Terminada a esteira, os chips são levados para a fritura em óleo de palma, onde permanecem por cerca de dois minutos.
20. 19. Textura 20 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
Depois de assado e frito, o chip já está crocante e adquire a textura conhecida. Ele está pronto para receber a aromatização.
21. 20. Aromatização 21 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
Neste tambor é que os chips recebem o pó que contém o aroma característico do Doritos. Ele pode ser Tradicional, Pimenta ou Nachos. As fórmulas dos sabores são secretas e importadas do Uruguai.
22. 21. No tambor 22 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
O pó é borrifado em cima dos chips enquanto o tambor roda, para que nenhuma parte fique sem o contato com ele.
23. 22. Sabores 23 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
Na fábrica de Itu, só se trabalha com o sabor Nacho. Nas outras fábricas da Pepsico, em Sete Lagoas, no interior de Minas Gerais, e Curitiba, também são fabricados os sabores Tradicional e Pimenta. Os aromas são os mesmos em todo o mundo.
24. 23. Para a pesagem 24 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
Os chips são então levados para a sala de pesagem e embalagem, através dessas esteiras. Toda a sala onde se aplica o sabor tem um cheiro fortíssimo e parece que tudo fica um pouco laranja.
25. 24. Nas balanças 25 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
Os chips são então divididos em diversas balanças, que operam da mesma maneira e simultaneamente.
26. 25. Por partes 26 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
Cada balança é programada para uma pesagem. Na fábrica de Itu, são produzidos os sacos de 30, 55 e 110 gramas.
27. 26. Dosagem 27 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
Os chips vão caindo dentro dessas caixas e, quando atingem a pesagem programada, elas abrem e deixam cair a quantidade exata dentro do saco, que vai abaixo. Da lavagem até a embalagem, o processo leva apenas 12 minutos.
28. 27. Embalagem 28 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
Ao mesmo tempo em que ocorre a pesagem, também são montadas as embalagens. Elas começam com o rolo de filme metalizado dessa forma, sem cortes ou dobras.
29. 28. Dobradura 29 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
Quando entra na máquina, a folha de alumínio é dobrada e colada no formato cilíndrico da embalagem.
30. 29. Cortes 30 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
A embalagem recebe a dosagem programada de chips e, em seguida, a máquina sela e divide os saquinhos.
31. 30. Pesagem 31 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
Depois de embalados, os sacos passam por uma última pesagem, para conferir se a dosagem programada está de acordo. Ao todo, é produzida uma tonelada de Doritos por hora na fábrica de Itu.
32. 31. Nas caixas 32 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
Depois disso, os sacos de salgadinho são colocados em caixas, que serão entregues aos fornecedores.
33. 32. Estoques 33 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
As caixas são levadas para o estoque por meio dessas empilhadeiras e, lá, são separadas entre as que vão direto para os caminhões e as que esperarão o próximo carregamento.
34. 33. Para o caminhão 34 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)
As caixas são levadas até os caminhões, onde é feita uma última conferência sobre os pedidos que chegarão aos distribuidores. A fábrica de Itu abastece toda a região sudeste.
35. Agora, veja como é feito um monitor 35 /35(Julia Carvalho/EXAME.com)