Hope: marca reforça conceito de sensualidade (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 28 de setembro de 2011 às 13h51.
São Paulo - A Hope enviou hoje uma carta à Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) em que se defende das acusações de que a campanha publicitária "Hope ensina", com Gisele Bündchen, "promove o reforço do estereótipo equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido", argumento que a SPM usou para manifestar repúdio à campanha.
Por meio da nota encaminhada ao órgão, a Hope esclarece os comerciais dizendo que "os exemplos nunca tiveram a intenção de parecer sexistas, mas sim, cotidianos de um casal: "Bater o carro, extrapolar nas compras ou ter que receber uma nova pessoa em sua casa por tempo indeterminado são fatos desagradáveis que podem acontecer na vida de qualquer casal, seja o agente da ação homem ou mulher", diz a nota.
Criada pela Giovanni+Draftfcb, o filme em questão foi ao ar no dia 20 deste mês e tem Gisele Bündchen como protagonista. Nas cenas, a modelo mostrar às mulheres brasileiras como fazerem uso de seu "charme" para amenizar reações de seus companheiros em contratempos cotidianos.
Frente às reclamações de indignação que vem recebendo em sua Ouvidoria, a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) enviou ofícios ao Conar, pedindo a suspensão da propaganda, e ao diretor na Hope Lingerie, Sylvio Korytowski, manifestando repúdio à campanha.
Leia a nota enviada pela à Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM):
"Em relação às denúncias recebidas por essa Secretaria por conta da campanha publicitária HOPE ensina, a HOPE, empresa com 45 anos de história e que sempre primou pela excelente relação com as suas consumidoras, esclarece que a propaganda teve o objetivo claro e bem definido de mostrar, de forma bem-humorada, que a sensualidade natural da mulher brasileira, reconhecida mundialmente, pode ser uma arma eficaz no momento de dar uma má notícia. E que utilizando uma lingerie HOPE seu poder de convencimento será ainda maior.
Os exemplos nunca tiveram a intenção de parecer sexistas, mas sim, cotidianos de um casal. Bater o carro, extrapolar nas compras ou ter que receber uma nova pessoa em sua casa por tempo indeterminado são fatos desagradáveis que podem acontecer na vida de qualquer casal, seja o agente da ação homem ou mulher.
Foi exatamente para evitar que fôssemos analisados sob o viés da subserviência ou dependência financeira da mulher que utilizamos a modelo Gisele Bundchen, uma das brasileiras mais bem sucedidas internacionalmente. Gisele está ali para evidenciar que todas as situações apresentadas na campanha são brincadeiras, piadas do dia-a-dia, e em hipótese alguma devem ser tomadas como depreciativas da figura feminina. Seria absurdo se nós, que vivemos da preferência das mulheres, tomássemos qualquer atitude que desvalorizasse nosso público consumidor."
Assista a um dos comerciais: