Comercial: segundo a ONG, a Pepsi compra toneladas de óleo de palma e a extração desse óleo destrói florestas e explora trabalhadores na indonésia (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2016 às 17h30.
Para chamar a atenção da audiência para uma causa sustentável vale tudo, inclusive parodiar comerciais. Foi o que fez a ONG SumOfUs ao reviver a propaganda da Pepsi com Cindy Crawford, criada em 1992 para o Super Bowl.
A fim de criticar o próprio anunciante, o filme criado pela instituição segue o mesmo roteiro do original, com uma mulher no papel de Cindy, que com muita sensualidade, para em um posto de gasolina para se refrescar com uma Pepsi.
Mas, diferentemente do original, o final mostra um líquido amarelo e viscoso saindo da garrafa de Crystal Pepsi, algo como um óleo. Na sequência perturbadora, a mulher despeja o conteúdo em seu corpo, enquanto os dois meninos que até então olhavam maravilhados, se apavoram com a cena.
A crítica tem tudo a ver com o líquido que refresca a jovem. Segundo a ONG, a PepsiCo compra mais de 470 mil toneladas de óleo de palma por ano para produzir produtos como Doritos e Cheetos. Ainda de acordo com a SumOfUs, a extração desse óleo destrói florestas para dar lugar a fazendas, explorando trabalhadores na Indonésia, um dos principais produtores, com baixos salários, além da extinção de animais, como orangotangos, tigres e elefantes.
Compare os dois comerciais:
https://youtube.com/watch?v=R2QRUN_gO74
A escolha da peça não aconteceu aleatoriamente. A própria Pepsi trouxe a clássico propaganda de volta ao reformulá-la para os millennials, com emojis no lugar de Cindy e dos meninos.
https://youtube.com/watch?v=Nzx5_Ub9i7Y
Essa não é uma prática nova. O Greenpeace, por exemplo, já fez isso mais de uma vez. Quem não se lembra do filme que mostra O Lado Negro da Wolkswagem, em que eles refazem a campanha clássica do menino vestido de Darth Vader, ou da mais recente paródia com Game of Thrones, em que eles brincam com o termo "The Winter is Comming".