O e-mail marketing está com os dias contados?
Especialistas derrubam teorias que põem em dúvida a efetividade da ferramenta
Da Redação
Publicado em 29 de março de 2011 às 17h40.
Rio de Janeiro - Algumas teorias põem em dúvida o prazo de vida do e-mail marketing. Será que ele vai acabar? Os dados de empresas especializadas no assunto como Virid e Dinamize desmentem as previsões e mostram um crescimento exponencial da ferramenta. Por ano, este tipo de ação de marketing cresce cerca de 150% e atinge os consumidores em estratégias de relacionamento e promoção.
As empresas investem cada vez mais em ações com esse formato, como nos casos da Wine e da Lopes, que trabalham desta forma para se aproximar de seus consumidores. As marcas destinam parte do faturamento à utilização da plataforma e não acreditam na sua extinção.
Um dos motivos para o crescimento do e-mail marketing é o fato de que a maior parte da população está conectada por conta do barateamento da banda larga e do aumento do número de smartphones.
A previsão é que nos próximos três anos esta e outras ferramentas expandam ainda mais a presença na internet “É preciso acabar com a ideia de que para uma mídia existir, outra tem de sumir. O Google, o e-mail marketing, o chat corporativo, tudo isso vai crescer”, diz Jonatas Abbott, diretor executivo da Dinamize.
Informal x Formal
De forma geral, uma empresa brasileira de médio porte que atua neste mercado envia cerca de 200 milhões de e-mails por mês. O número é alto, mas tem pouco destaque quando comparado a empresas norte-americanas que chegam a enviar oito bilhões. A ferramenta é utilizada pelas marcas de maneira pró-ativa, visando ampliar o relacionamento e fazendo promoções.
As teorias que envolvem o fim do e-mail marketing estão diretamente relacionadas às mídias sociais, que são mais informais e disseminam as informações com mais rapidez. Contudo, os especialistas afirmam que o e-mail tem características únicas e funciona com a identidade do consumidor na internet.
O principal uso é para trabalho e até para entrar em uma rede social é preciso dar seu endereço eletrônico para cadastro. “As marcas já descobriram que as pessoas não ficam no Facebook o tempo todo, mas a caixa postal está sempre aberta”, afirma Jonatas.
O e-mail agrega valor às redes sociais que, por sua vez, aumentam o consumo de e-mail marketing. As ferramentas se somam e ampliam o número de contatos. “Tudo o que dizem está relacionado à conversa informal de e-mail. Estas sim perderão espaço para as redes sociais pela rapidez e informalidade. Na minha visão, é muito difícil o e-mail marketing acabar pelo potencial que representa para as empresas e por não encontrar outra ferramenta que o substitua”, diz Walter Sabini Junior, CEO da Virid.
Outra característica marcante do e-mail marketing é o fato de ser uma forma de comunicação barata. O custo para enviar um milhão de e-mails é baixo e a eficiência grande. Esse também é um dos motivos para o crescimento. Já a má fama do e-mail marketing está atribuída ao mau uso feito por algumas empresas e aos spans. Quando bem trabalhado, o canal é relevante.
Porta a porta online
Um exemplo de marca que investe no setor é a Wine, que vende seus produtos exclusivamente pela internet e utiliza o e-mail marketing como ferramenta principal de relacionamento com o consumidor. A marca classifica a iniciativa como um "porta a porta online" que já conta com 35 mil endereços eletrônicos cadastrados. "Das pessoas que recebem o e-mail, 70% compram no site. A taxa de conversão media é de 6% e em dezembro chegou a 20%”, diz Aloisio Sotero, diretor de marketing da Wine.
Outro exemplo são os sites de compras coletivas que investem fortemente nesta ferramenta. Os consumidores se interessam em receber as promoções, mesmo que não comprem. A classe C, por exemplo, vê no e-mail marketing uma forma de acompanhar as novidades de maneira cômoda. Este segmento pode ficar seis meses sem comprar, mas se mantém informado sobre preço e produto.
"Nem todos os sites de compras coletivas é que não vão durar muito. Há 10 anos, os sites de leilão eram febres e hoje não temos nenhum. Nem o Mercado Livre pode ser considerado um deles, é de compras”, afirma Marcelo Sant'Iago, consultor da VIRID Interatividade Digital.
Cuidados para não errar
A Lopes também investe na ferramenta e não acredita na extinção do e-mail marketing. A decisão de utilizar o e-mail marketing ocorreu por ser um canal rápido de comunicação com os clientes para garantir que ficassem sabendo sobre o início da venda de um produto. “Também queríamos enriquecer o relacionamento e esta ferramenta cobre a deficiência de comunicação, já que o consumidor pode retornar o e-mail com alguma dúvida”, diz Arthur Sindoni, gerente executivo de gestão de clientes e gestão de processos de negócios da Lopes.
O retorno em vendas é positivo. Cerca de 6% do faturamento é gerado a partir do e-mail marketing. Mas é preciso certas precauções para não prestar um desserviço. A empresa toma o cuidado em não mandar mais do que um e-mail por semana para os clientes. “São cerca de três milhões por mês, sendo que cada endereço recebe apenas dois durante o período”, diz Sindoni.
Rio de Janeiro - Algumas teorias põem em dúvida o prazo de vida do e-mail marketing. Será que ele vai acabar? Os dados de empresas especializadas no assunto como Virid e Dinamize desmentem as previsões e mostram um crescimento exponencial da ferramenta. Por ano, este tipo de ação de marketing cresce cerca de 150% e atinge os consumidores em estratégias de relacionamento e promoção.
As empresas investem cada vez mais em ações com esse formato, como nos casos da Wine e da Lopes, que trabalham desta forma para se aproximar de seus consumidores. As marcas destinam parte do faturamento à utilização da plataforma e não acreditam na sua extinção.
Um dos motivos para o crescimento do e-mail marketing é o fato de que a maior parte da população está conectada por conta do barateamento da banda larga e do aumento do número de smartphones.
A previsão é que nos próximos três anos esta e outras ferramentas expandam ainda mais a presença na internet “É preciso acabar com a ideia de que para uma mídia existir, outra tem de sumir. O Google, o e-mail marketing, o chat corporativo, tudo isso vai crescer”, diz Jonatas Abbott, diretor executivo da Dinamize.
Informal x Formal
De forma geral, uma empresa brasileira de médio porte que atua neste mercado envia cerca de 200 milhões de e-mails por mês. O número é alto, mas tem pouco destaque quando comparado a empresas norte-americanas que chegam a enviar oito bilhões. A ferramenta é utilizada pelas marcas de maneira pró-ativa, visando ampliar o relacionamento e fazendo promoções.
As teorias que envolvem o fim do e-mail marketing estão diretamente relacionadas às mídias sociais, que são mais informais e disseminam as informações com mais rapidez. Contudo, os especialistas afirmam que o e-mail tem características únicas e funciona com a identidade do consumidor na internet.
O principal uso é para trabalho e até para entrar em uma rede social é preciso dar seu endereço eletrônico para cadastro. “As marcas já descobriram que as pessoas não ficam no Facebook o tempo todo, mas a caixa postal está sempre aberta”, afirma Jonatas.
O e-mail agrega valor às redes sociais que, por sua vez, aumentam o consumo de e-mail marketing. As ferramentas se somam e ampliam o número de contatos. “Tudo o que dizem está relacionado à conversa informal de e-mail. Estas sim perderão espaço para as redes sociais pela rapidez e informalidade. Na minha visão, é muito difícil o e-mail marketing acabar pelo potencial que representa para as empresas e por não encontrar outra ferramenta que o substitua”, diz Walter Sabini Junior, CEO da Virid.
Outra característica marcante do e-mail marketing é o fato de ser uma forma de comunicação barata. O custo para enviar um milhão de e-mails é baixo e a eficiência grande. Esse também é um dos motivos para o crescimento. Já a má fama do e-mail marketing está atribuída ao mau uso feito por algumas empresas e aos spans. Quando bem trabalhado, o canal é relevante.
Porta a porta online
Um exemplo de marca que investe no setor é a Wine, que vende seus produtos exclusivamente pela internet e utiliza o e-mail marketing como ferramenta principal de relacionamento com o consumidor. A marca classifica a iniciativa como um "porta a porta online" que já conta com 35 mil endereços eletrônicos cadastrados. "Das pessoas que recebem o e-mail, 70% compram no site. A taxa de conversão media é de 6% e em dezembro chegou a 20%”, diz Aloisio Sotero, diretor de marketing da Wine.
Outro exemplo são os sites de compras coletivas que investem fortemente nesta ferramenta. Os consumidores se interessam em receber as promoções, mesmo que não comprem. A classe C, por exemplo, vê no e-mail marketing uma forma de acompanhar as novidades de maneira cômoda. Este segmento pode ficar seis meses sem comprar, mas se mantém informado sobre preço e produto.
"Nem todos os sites de compras coletivas é que não vão durar muito. Há 10 anos, os sites de leilão eram febres e hoje não temos nenhum. Nem o Mercado Livre pode ser considerado um deles, é de compras”, afirma Marcelo Sant'Iago, consultor da VIRID Interatividade Digital.
Cuidados para não errar
A Lopes também investe na ferramenta e não acredita na extinção do e-mail marketing. A decisão de utilizar o e-mail marketing ocorreu por ser um canal rápido de comunicação com os clientes para garantir que ficassem sabendo sobre o início da venda de um produto. “Também queríamos enriquecer o relacionamento e esta ferramenta cobre a deficiência de comunicação, já que o consumidor pode retornar o e-mail com alguma dúvida”, diz Arthur Sindoni, gerente executivo de gestão de clientes e gestão de processos de negócios da Lopes.
O retorno em vendas é positivo. Cerca de 6% do faturamento é gerado a partir do e-mail marketing. Mas é preciso certas precauções para não prestar um desserviço. A empresa toma o cuidado em não mandar mais do que um e-mail por semana para os clientes. “São cerca de três milhões por mês, sendo que cada endereço recebe apenas dois durante o período”, diz Sindoni.