Lollapalooza Brasil foi um dos eventos adiados durante a pandemia da covid-19 (Lollapalooza 2018/Divulgação)
Marina Filippe
Publicado em 20 de abril de 2020 às 12h48.
Com a pandemia da covid-19, empresas e pessoas físicas deixaram de realizar eventos. Neste cenário, as empresas que organizam promoções, campanhas e lançamentos em eventos sofrem com perdas parciais e totais de contratos.
Segundo uma pesquisa online da Associação de Marketing Promocional realizada entre 30 de março e 6 de abril com cerca de 40 agências do setor no país constatou que 90% delas sofre com cancelamento parcial ou total de atividades.
"Algumas conseguiram rever o formato dos eventos planejados para uma solução virtual", diz Alexis Pagliarini, presidente da AMPRO.
O maior problema é em relação ao adiamento ou cancelamento dos contratos, que deixou grande parte dos prestadores de serviço com a receita comprometida.
A maior parte das empresas que cancelaram seus eventos pagaram parte das despesas e honorários.
Segundo Pagliarini, o desafio neste momento é manter uma estrutura mínima nas agências para dar conta de retomada. "É preciso ter capital para superar o período, algumas agências conseguiram manter seus ativos ao migrar para outras frentes, com as de programas de incentivo e promoções de produtos", diz.
O setor que movimenta cerca de 44 bilhões de reais ao ano no Brasil já mostra os impactos da crise. Um exemplo é da startup Eventbrite, que fechou sua operação no Brasil e demitiu cerca de 40 pessoas em um plano global que contou com a demissão de mais de 400 funcionários.
Segundo a empresa a decisão fez parte também de um plano anual de corte de despesas em 100 milhões de dólares, que ajudará a resistir aos impactos da covid-19.
Ainda segundo a Ampro, o setor gera 25 milhões de empregos diretos e indiretos que foram drasticamente comprometidos na pandemia.