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Campanha cria Monopoly com regras injustas e rebate desigualdade

Ação de associação francesa cria regras injustas para jogo que refletem dados reais da desigualdade social

Campanha do Observatoire des Inégalités: Monopoly com regras injustas para debater meritocracia e desigualdade (YouTube/Reprodução)

Campanha do Observatoire des Inégalités: Monopoly com regras injustas para debater meritocracia e desigualdade (YouTube/Reprodução)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 4 de maio de 2017 às 16h37.

Última atualização em 8 de maio de 2017 às 18h03.

São Paulo — Jogar Monopoly (também conhecido como Banco Imobiliário), um "jogo social" que simula a vida (bens, dinheiro, compra e venda de imóveis e até cadeia), pode ser jogado de muitas maneiras.

A associação Observatoire des Inégalités, francesa, resolveu jogá-lo de uma maneira cheia de regras injustas como forma de debater a desigualdade social na sociedade e a ausência da meritocracia. 

Na campanha criada pela agência Herezie, diversas crianças foram chamadas para jogar Monopoly. Mas elas já começam o jogo desiguais.

Metade começa com 1500 euros, por exemplo, enquanto a outra metade só começa com 750.

Já uma garota branca recebe uma carta para nunca ir para a prisão. O menino negro, por outro lado, já começa o jogo preso.

Ainda há uma série de outras regras injustas que exploram desigualdades, raciais e de gênero. Uma menina ganha menos dinheiro que um menino, por exemplo. 23%, precisamente. Uma estatística real.

Em outro caso, os participantes negros ganham regras que os impede de comprar imóveis no jogo com a mesma facilidade que as outras crianças - outro reflexo real do mercado imobiliário.

Já um menino de muletas não consegue comprar estações ferroviárias (já que apenas 30% das estações na França têm pleno acesso para deficientes).

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