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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h54.
Se você pensava que vender livros em máquinas automáticas era a maior ousadia que uma empresa poderia imaginar, a Grendene está disposta a provar que não. A partir de fevereiro, não se assuste se você topar com uma máquina de vender sandálias no corredor de sua academia de ginástica ou no shopping center que freqüenta. Esta é a nova jogada de marketing da companhia para divulgar a marca Rider.
O projeto envolve a instalação de uma dezena de vending machines adaptadas para a venda de sandálias Rider. Cada equipamento comportará 48 pares. Após depositar o dinheiro no coletor de notas, o cliente digitará o número do calçado e pegará o par no recipiente indicado, como faz ao comprar uma lata de refrigerante. O projeto está em fase de testes, envolvendo duas máquinas -- uma instalada na Couromoda, feira do setor couro-calçadista que ocorre nesta semana em São Paulo, e outra na Ilha de Caras, o resort da revista Caras publicada no Brasil pela Editora Abril.
"Inicialmente, este não é um projeto comercial, mas de marketing. Não queremos gerar volume de venda, mas sim trabalhar a imagem da nossa marca", afirma Márcio Cócaro, gerente de Marketing do Rider. Segundo Cócaro, a Grendene não deseja criar um novo canal de distribuição para competir com os varejistas. Para evitar que a iniciativa fosse mal interpretada pelos lojistas, a empresa realizou uma pesquisa prévia para testar a receptividade da idéia.
"A intenção é reforçar nossa marca junto ao público jovem, de 18 a 24 anos", afirma Cócaro. Por isso, as máquinas, batizadas de Rider Machine Express, serão instaladas em locais de grande concentração jovem, como shopping centers, academias e hotéis. Não há uma estimativa de quantas máquinas poderão ser implantadas, mas pelo menos uma dezena delas serão distribuídas em três capitais no próximo mês. "Queremos fazer um rodízio entre os locais, já que não haverá muitas máquinas", afirma.
A idéia de oferecer sandálias em vending machines surgiu de uma campanha publicitária veiculada pela Grendene nos últimos meses. Nela, havia uma máquina na qual era possível comprar os produtos. O equipamento fez sucesso e estimulou a empresa a desenvolver o projeto "na vida real", segundo Cócaro. Para tanto, foi feita uma parceria com uma fabricante de vending machines, responsável pelo desenvolvimento dos equipamentos.