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Kebabs recheados de humor mostram poder do Twitter

Restaurante conseguiu atrair clientes com comentários audaciosos e cheios de palavrões na rede, mostrando seu poder para impulsionar marcas

Twitter no celular: com mais de 11.000 seguidores, Mangal 2 mostra que o marketing esperto nem sempre é o segredo para aumentar o conhecimento de marca (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de março de 2014 às 17h24.

Londres - Richard Easton adora o prato especial de grelhado misto do Mangal 2, um restaurante familiar turco na vizinhança de Dalston, no leste de Londres, um bairro que está se valorizando. Contudo, a primeira coisa que o atraiu não foi a comida. Foram os comentários audaciosos e cheios de palavrões da conta de Twitter do restaurante.

“Tem um foco muito grande na vida de Londres e em zombar tribos urbanas, como os hipsters”, disse Easton, 26, que finalmente foi ao restaurante no mês passado, depois de segui-lo no Twitter desde o ano passado. “A comida foi realmente boa e eu fiquei impressionado”, disse ele – embora ele se surpreendesse pela seriedade do pessoal, dado o tom da conta de Twitter.

Os tweets de Mangal 2, criados pelo filho de 25 anos do dono, falam tanto sobre futebol e atualidades quanto sobre kebabs ou koftas. “Não se surpreenda demais se a Facebook comprar sua mãe por US$ 3 bilhões”, declara um. Durante os Jogos Olímpicos, ele publicou: “O especial de hoje é o Kebab de Sochi: o mesmo kebab de sempre, mas servido gelado. Clientes gays têm 40 por cento de desconto. Putin não é bem-vindo”.

Com mais de 11.000 seguidores, Mangal 2 mostra que o marketing esperto nem sempre é o segredo para aumentar o conhecimento de marca. Já não mais um simples fórum para contemplações egocêntricas, o Twitter se tornou um lugar onde pequenas empresas como bares, livrarias e floristas se conectam com fãs e clientes – e se divertem com isso.

“Alguns dos tweets são um tanto grosseiros e provocativos, mas a conta é real e tem uma voz, em vez de simplesmente publicar fotos de comida no Instagram e dizer que o especial de hoje é tal ou coisas do tipo”, disse Ferhat Dirik, o mestre do Twitter do Mangal 2. Em dezembro, seus tweets lhe conseguiram um emprego como editor de redes sociais no jornal britânico Daily Mail.

Distúrbios em Londres

À meia hora de caminhada do Mangal 2 fica The Dolphin, um pub que reuniu quase 22.000 seguidores. Sua conta é administrada por David Levin, 33, ex-roteirista da MTV que frequentemente para no The Dolphin para beber um ou dois chopps. Durante os distúrbios de 2011 em Londres, Levin criou @The_Dolphin_pub, quando surgiu o boato de que o prédio tinha sido incendiado.


No dia seguinte, a conta tinha 1.000 seguidores, e logo ganhou reconhecimento por tweets humorísticos como: “Para sua informação: pelo preço da matrícula de uma academia, você poderia levar uma corda de pular ao pub três vezes por semana e beber gim enquanto malha”.

Levin também transformou em trabalho sua experiência no Twitter. Ele fez tweets para Adidas, L’Oréal e Ikea, onde ele interpretava uma mãe solteira de vinte e poucos anos como parte de uma campanha publicitária para aproveitar espaços pequenos.

Orações concisas

Donos de comércios pequenos sem filhos atrevidos que conheçam as redes ou que tenham talento para escrever orações concisas podem contratar alguém para administrar sua conta de Twitter. Will Wynne, ex-banqueiro de private equity da Crédit Agricole e fundador de uma floricultura on-line chamada ArenaFlowers.com, recorreu a um profissional para escrever na sua conta de Twitter. Desde que foi lançada há 18 meses, a conta atraiu mais de 22.000 seguidores.

A meta de Wynne era fazer com que os leitores pensassem em flores além das duas ou três vezes por ano em que a maioria das pessoas costuma comprá-las. Ele diz que as vendas aumentaram 30 por cento desde que sua conta de Twitter começou a publicar tweets como “quando perguntarem quais as suas fraquezas numa entrevista de trabalho, olhe-os amorosamente nos olhos, coloque suas mãos sobre as deles e diga ‘você’”.

Embora Wynne não atribua o crescimento das vendas exclusivamente aos tweets, “sem dúvida Twitter ajudou”, disse. “Twitter humanizou a nossa marca e, afinal de contas, a vida é curta demais e gostamos de nos divertir um pouco”.

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Londres - Richard Easton adora o prato especial de grelhado misto do Mangal 2, um restaurante familiar turco na vizinhança de Dalston, no leste de Londres, um bairro que está se valorizando. Contudo, a primeira coisa que o atraiu não foi a comida. Foram os comentários audaciosos e cheios de palavrões da conta de Twitter do restaurante.

“Tem um foco muito grande na vida de Londres e em zombar tribos urbanas, como os hipsters”, disse Easton, 26, que finalmente foi ao restaurante no mês passado, depois de segui-lo no Twitter desde o ano passado. “A comida foi realmente boa e eu fiquei impressionado”, disse ele – embora ele se surpreendesse pela seriedade do pessoal, dado o tom da conta de Twitter.

Os tweets de Mangal 2, criados pelo filho de 25 anos do dono, falam tanto sobre futebol e atualidades quanto sobre kebabs ou koftas. “Não se surpreenda demais se a Facebook comprar sua mãe por US$ 3 bilhões”, declara um. Durante os Jogos Olímpicos, ele publicou: “O especial de hoje é o Kebab de Sochi: o mesmo kebab de sempre, mas servido gelado. Clientes gays têm 40 por cento de desconto. Putin não é bem-vindo”.

Com mais de 11.000 seguidores, Mangal 2 mostra que o marketing esperto nem sempre é o segredo para aumentar o conhecimento de marca. Já não mais um simples fórum para contemplações egocêntricas, o Twitter se tornou um lugar onde pequenas empresas como bares, livrarias e floristas se conectam com fãs e clientes – e se divertem com isso.

“Alguns dos tweets são um tanto grosseiros e provocativos, mas a conta é real e tem uma voz, em vez de simplesmente publicar fotos de comida no Instagram e dizer que o especial de hoje é tal ou coisas do tipo”, disse Ferhat Dirik, o mestre do Twitter do Mangal 2. Em dezembro, seus tweets lhe conseguiram um emprego como editor de redes sociais no jornal britânico Daily Mail.

Distúrbios em Londres

À meia hora de caminhada do Mangal 2 fica The Dolphin, um pub que reuniu quase 22.000 seguidores. Sua conta é administrada por David Levin, 33, ex-roteirista da MTV que frequentemente para no The Dolphin para beber um ou dois chopps. Durante os distúrbios de 2011 em Londres, Levin criou @The_Dolphin_pub, quando surgiu o boato de que o prédio tinha sido incendiado.


No dia seguinte, a conta tinha 1.000 seguidores, e logo ganhou reconhecimento por tweets humorísticos como: “Para sua informação: pelo preço da matrícula de uma academia, você poderia levar uma corda de pular ao pub três vezes por semana e beber gim enquanto malha”.

Levin também transformou em trabalho sua experiência no Twitter. Ele fez tweets para Adidas, L’Oréal e Ikea, onde ele interpretava uma mãe solteira de vinte e poucos anos como parte de uma campanha publicitária para aproveitar espaços pequenos.

Orações concisas

Donos de comércios pequenos sem filhos atrevidos que conheçam as redes ou que tenham talento para escrever orações concisas podem contratar alguém para administrar sua conta de Twitter. Will Wynne, ex-banqueiro de private equity da Crédit Agricole e fundador de uma floricultura on-line chamada ArenaFlowers.com, recorreu a um profissional para escrever na sua conta de Twitter. Desde que foi lançada há 18 meses, a conta atraiu mais de 22.000 seguidores.

A meta de Wynne era fazer com que os leitores pensassem em flores além das duas ou três vezes por ano em que a maioria das pessoas costuma comprá-las. Ele diz que as vendas aumentaram 30 por cento desde que sua conta de Twitter começou a publicar tweets como “quando perguntarem quais as suas fraquezas numa entrevista de trabalho, olhe-os amorosamente nos olhos, coloque suas mãos sobre as deles e diga ‘você’”.

Embora Wynne não atribua o crescimento das vendas exclusivamente aos tweets, “sem dúvida Twitter ajudou”, disse. “Twitter humanizou a nossa marca e, afinal de contas, a vida é curta demais e gostamos de nos divertir um pouco”.

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