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Inteligência artificial cria rosto do corrupto no Brasil

Campanha da Forbes Brasil e da Ogilvy criou corrupto a partir de inteligência artificial

Sr. Ric Brasil: criação da Forbes, a partir da inteligência artificial, para dar rosto à corrupção (Forbes/Ogilvy/Divulgação)

Sr. Ric Brasil: criação da Forbes, a partir da inteligência artificial, para dar rosto à corrupção (Forbes/Ogilvy/Divulgação)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 12 de março de 2018 às 12h12.

Última atualização em 13 de março de 2018 às 11h53.

São Paulo - E se todo o dinheiro desviado pela corrupção no Brasil fosse desviado por uma única pessoa? E se todo esse dinheiro fosse parar em um único bolso?

Bem, primeiramente essa pessoa teria R$ 200 bilhões, o que faria dela a quinta pessoa mais rica do mundo, figurando no topo da lista anual da Forbes dos mais ricos.

Em segundo lugar, ele seria um homem de meia idade e branco.

Uma campanha para a Forbes, criada pela Ogilvy Brasil e pela empresa de tecnologia Nexo, deu nome fictício e rosto a esse corrupto-mor: Sr. Ric Brasil.

Com a ideia de alertar os brasileiros para o problema da corrupção (não que o povo brasileiro precise de mais alerta sobre isso, mas enfim...) e, também, para se posicionar contra diante do problema, a Forbes se valeu da inteligência artificial o do conceito de "machine learning" para criar esse personagem.

A máquina deu a ele características físicas a partir da análise de 150 fotos de corruptos conhecidos do público e condenados, chegando a uma média de idade e de cor de pele, cabelo e olho, por exemplo.

Para moldar a personalidade, a máquina fez o cruzamento de milhares de dados vindos de notícias de jornal, depoimentos, entrevistas e obras literárias em torno de condenados e de investigações, como a Lava Jato.

Em fase de finalização, a Ogilvy promete que a imprensa poderá entrevistar, até o final de março, o Sr. Ric Brasil.

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"Pensamos nessa campanha como uma forma de valorizar o empresário sério, aquele que cumpre seriamente com os seus deveres, que paga impostos e não precisa usufruir de dinheiro público para construir fortunas. Que não se deixa seduzir pela corrupção”, disse Antonio Camarotti, CEO da revista Forbes Brasil.

Desde o ano passado, ao publicar a lista dos mais ricos do Brasil, a revista faz um alerta ao lado do nome caso aquela pessoa esteja sendo investigada.

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