Excessos na regulamentação podem empacar a mídia
Opinião é de alguns dos principais representantes do mercado, que se reuniram para debater o futuro da TV paga no país
Da Redação
Publicado em 10 de agosto de 2011 às 13h22.
São Paulo - O Brasil discute simultaneamente uma série de propostas para regulamentar os setores de mídia. Isso pode empacar um negócio em franca expansão, na opinião de alguns dos principais representantes do mercado, reunidos na tarde de terça-feira (9), em São Paulo, para debater sobre o futuro da TV paga no país.
O encontro foi realizado pela Feira e Congresso ABTA 2011 e contou com a presença de José Felix, presidente da Net Serviços; Paulo Cezar Teixeira, presidente da unidade mercado individual da Telefônica/Vivo; Alberto Pecegueiro, diretor geral da Globosat; Antônio João Filho, diretor geral da Via Embratel; e Fernando Medin, presidente da Discovery Brasil. Todos consideram um excesso a quantidade de propostas em discussão.
Enquanto representantes da sociedade tentam exigir metas mais rígidas e padrões claros de qualidade na oferta de serviços, as operadoras e programadoras argumentam que o consumidor está livre para escolher a empresa e pacote que lhe convém, por isso não precisa de tanta proteção.
"Qualquer cliente tem ampla possibilidade de escolha", argumentou João Filho, da Embratel. Ele comentou que antes, como só havia uma oferta no mercado, os clientes precisavam ser mais assessorados; hoje, não. Para João Filho, as regulamentações não precisam ser impostas de um dia para o outro, mas sim de maneira progressiva.
Como o Brasil vive uma onda de convergência, com empresas como Net e Telefônica atuando na telefonia, TV paga e internet (no caso da Telefônica, com a Vivo, também na telefonia móvel), não é só um PLC 116 que incomoda.
Este projeto trata especificamente da TV por assinatura, mas há também outros setores na mira - ainda mais com a implantação do PNBL (Plano Nacional de Banda Larga), que colocou a web em destaque para a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). "A competição está aí, estamos todos crescendo", comentou Felix.
"Vivemos no país uma pressão tremenda nos custos de mão de obra", continuou o presidente da Net, justificando que sua empresa, por "viver de serviços", precisa se preocupar com tiros que vêm por todos os lados. Até por isso, o ideal seria que o próprio mercado se autorregulamentasse, pois as propostas apresentadas possuem metas consideradas fora da realidade. "Nem sempre as coisas são como parecem ser."
Teixeira, da Telefônica, concordou com o concorrente e disse que a regulamentação precisa ser pensada para não cometer injustiças com os players. "O mercado tem livre concorrência, então ninguém aqui está confortável", sentenciou.
São Paulo - O Brasil discute simultaneamente uma série de propostas para regulamentar os setores de mídia. Isso pode empacar um negócio em franca expansão, na opinião de alguns dos principais representantes do mercado, reunidos na tarde de terça-feira (9), em São Paulo, para debater sobre o futuro da TV paga no país.
O encontro foi realizado pela Feira e Congresso ABTA 2011 e contou com a presença de José Felix, presidente da Net Serviços; Paulo Cezar Teixeira, presidente da unidade mercado individual da Telefônica/Vivo; Alberto Pecegueiro, diretor geral da Globosat; Antônio João Filho, diretor geral da Via Embratel; e Fernando Medin, presidente da Discovery Brasil. Todos consideram um excesso a quantidade de propostas em discussão.
Enquanto representantes da sociedade tentam exigir metas mais rígidas e padrões claros de qualidade na oferta de serviços, as operadoras e programadoras argumentam que o consumidor está livre para escolher a empresa e pacote que lhe convém, por isso não precisa de tanta proteção.
"Qualquer cliente tem ampla possibilidade de escolha", argumentou João Filho, da Embratel. Ele comentou que antes, como só havia uma oferta no mercado, os clientes precisavam ser mais assessorados; hoje, não. Para João Filho, as regulamentações não precisam ser impostas de um dia para o outro, mas sim de maneira progressiva.
Como o Brasil vive uma onda de convergência, com empresas como Net e Telefônica atuando na telefonia, TV paga e internet (no caso da Telefônica, com a Vivo, também na telefonia móvel), não é só um PLC 116 que incomoda.
Este projeto trata especificamente da TV por assinatura, mas há também outros setores na mira - ainda mais com a implantação do PNBL (Plano Nacional de Banda Larga), que colocou a web em destaque para a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). "A competição está aí, estamos todos crescendo", comentou Felix.
"Vivemos no país uma pressão tremenda nos custos de mão de obra", continuou o presidente da Net, justificando que sua empresa, por "viver de serviços", precisa se preocupar com tiros que vêm por todos os lados. Até por isso, o ideal seria que o próprio mercado se autorregulamentasse, pois as propostas apresentadas possuem metas consideradas fora da realidade. "Nem sempre as coisas são como parecem ser."
Teixeira, da Telefônica, concordou com o concorrente e disse que a regulamentação precisa ser pensada para não cometer injustiças com os players. "O mercado tem livre concorrência, então ninguém aqui está confortável", sentenciou.