Ensinamentos de Tom Peters, Michael Porter e Fabio Barbosa
Liderança, competitividade e sustentabilidade devem entrar na pauta do marketing
Da Redação
Publicado em 4 de setembro de 2013 às 13h15.
São Paulo - Tom Peters acertaria em cheio caso apostasse que poucos líderes de marketing perguntam a seus funcionários o que eles acham sobre determinado projeto e realmente os ouvem. Assim como questionou aos executivos presentes no Fórum HSM de Estratégia, agradecer pelo trabalho ou pedir desculpas também são atitudes raras no mundo comparativo capaz de minar a competitividade das companhias. Até das maiores organizações.
Como a Ambev, por exemplo, poderia aumentar a sua competitividade, questiona Michael Porter, professor Harvard Business School, no mesmo evento. Ela precisa ter uma cultura de alta performance, responde, para ter sucesso com produtos realmente diferentes. Desenvolver estratégia hoje não é como antigamente. Num mundo em constantes transformações, o modelo tem que ser desenvolvido dia após dia de acordo com o mercado.
Engenheiros e profissionais de marketing devem trabalhar juntos, ouvindo os consumidores. Enquanto as empresas buscam inovações, os consumidores são conservadores em geral. Por isso, o design ganha importância. O exemplo da Apple é o mais batido, porém, o mais emblemático. Outro atributo cada vez mais importante é a sustentabilidade.
Sustentabilidade em pauta
Mesmo conservador, as necessidades, valores e desejos dos consumidores têm mudando com mais frequência. A consciência ambiental e sustentável mudará a forma de consumir. As empresas terão que repensar seus modelos de negócio. Porter acredita que esta será, ao contrário do que muitos imaginam, uma oportunidade para melhorar a eficiência das companhias. Isso, se feita pelo caminho certo.
"A sustentabilidade tem que estar no planejamento estratégico, não apenas na comunicação", afirma Porter. A frase soa como música aos ouvidos de Fabio Barbosa. "Estamos num mundo cada vez mais interdependente, com uma sociedade conectada em rede e as empresas serão julgadas pelos seus atos", aponta o presidente do Santander no Fórum da HSM. O executivo combate o que chama de falso dilema que diz ser impossível ganhar dinheiro fazendo negócio do jeito certo.
Este cenário exige um novo modelo de gestão, envolvendo a economia, a sociedade e o meio ambiente. Os novos mercados exigem novas demandas, novas ofertas e novos modelos de negócios. O caminho, no entanto, não tem atalhos. "Essa filosofia tem que estar na cultura da empresa a partir do presidente que tem com missão engajar a todos".
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