Marketing

Covid-19 tem impacto drástico na publicidade offline e digital

Pesquisa com mais 400 gestores do ramo aponta redução massiva de investimentos em mídia offline; Cortes em publicidade digital devem superar 60%

Publicidade offline: com a quarentena, modelo deve perder investimentos (Mario Gutiérrez/Getty Images)

Publicidade offline: com a quarentena, modelo deve perder investimentos (Mario Gutiérrez/Getty Images)

Publicidade deve sofrer cortes drásticos

Publicidade offline: com a quarentena, modelo deve perder investimentos (Mario Gutiérrez/Getty Images)

À medida que a pandemia do novo coronavírus avança no Brasil e coloca o país como novo epicentro da covid-19, os setores vão sentindo a intensificação dos impactos. Com a publicidade não é diferente. Uma pesquisa publicada nesta quarta-feira, 27, aponta a queda de receitas voltadas não apenas para a mídia offline, mas também no marketing digital.

O estudo foi feito pelo Interactive Advertising Bureau (IAB Brasil) em parceria com a consultoria Nielsen, e envolveu mais de 400 gestores do mercado da publicidade. Entre os entrevistados, 80% manifestaram intenção de reduzir os investimentos offline. Os cortes de verbas em marketing digital devem chegar a 64%.

A verba investida em anúncios, agências e concorrências deve ser reduzida por 48% dos participantes da pesquisa. O maior impacto, no entanto, será relacionado a pessoas: 60% dos entrevistados afirmam reduzir contratações, promoções e treinamentos.

Segundo Cris Camargo, presidente do IAB Brasil, o investimento total em publicidade deve ser reduzido, mas o digital deve receber uma fatia maior da verba restante.

Entre os anunciantes e agências — parte do mercado publicitário que compra mídia —, 72% dos líderes afirmam que devem cortar os investimentos em ações publicitárias, e 66% apontam redução de pessoal. Apenas 2% se mantêm otimistas em relação a cortes e necessidade de mudanças de planos.

Novas estratégias

Além do impacto financeiro, as estratégias de comunicação também mudaram desde o início da pandemia, e devem ser reavaliadas até o momento de retomada do mercado.

As alterações foram registradas por 89% dos gestores, sendo que, destes, 73% fizeram ajustes nas mensagens transmitidas ao público e 16% pausaram campanhas prévias à pandemia.

A tendência da publicidade para os próximos seis meses é um investimento mais voltado para vídeo online e redes sociais. O resultado reforça outra pesquisa, que apontou o YouTube como a rede social que mais cresceu no último ano.

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