Como as marcas podem ser feministas
Cabe às marcas, também, se engajar nas discussões públicas e levar novas mensagens à sociedade
Guilherme Dearo
Publicado em 9 de janeiro de 2015 às 11h47.
São Paulo - A publicidade pode ser, muitas vezes, palco dos mais bizarros exemplos de machismo e sexismo. Uma concepção social transmutada em imagem e vídeo de puro apelo estético e comercial.
Dos clássicos anúncios dos anos 50 e 60, quando cabia às moças servir a cerveja e limpar o chão, às produções modernas, cheias de trajes mínimos e Photoshop, não faltam casos da mulher subjugada ao homem.
Mas as coisas estão mudando. Não só, obviamente, as discussões feministas e o debate de gênero chegam com força às discussões públicas e à política, como tais debates atingem a mídia e a publicidade.
Uma recente campanha americana, por exemplo, compilou diversos bons e maus exemplos ao longo de 2014 de sexismo e machismo em telejornais, seriados, filmes, programas de TV e propagandas.
Recentemente, um artigo na revista AdWeek de Michele Morelli, vice-presidente de Marketing da AOL , listou alguns passos para mostrar como as marcas podem ser feministas também, aumentando o coro das políticas públicas.
"Os negócios são responsáveis também por impactar positivamente a sociedade. E adivinhe? Os consumidores percebem isso, inclusive pagando mais por marcas que apoiam uma causa com a qual eles se identificam", diz Morelli.
Morelli lista quatro passos para as marcas serem feministas:
Conteúdo que empodera a mulher
Cabe às marcas, ela diz, quebrar paradigmas e criar conteúdos que confrontem a desigualdade de gênero. A mulher na propaganda não é uma mulher de olhar provocante fazendo panquecas no café da manhã.
Mudar a conversa
Morelli diz que as marcas devem estar atentas ao conteúdo que estão produzindo, analisar profundamente a mensagem antes de divulgá-la. Uma propaganda mal feita pode levar a milhões uma mensagem que reforça os estereótipos de gênero.
Começar a mudança de dentro
A marca e a empresa que quer criar um conteúdo feminista precisa começar a mudar a sua própria realidade interna, seu ambiente de trabalho, diz Morelli. Criar ações que suportem a igualdade entre funcionários homens e mulheres. Reforçar políticas que afastem comportamentos de assédio e machismo. Acabar com o "mesmo trabalho, salários diferentes" etc.
Investir na comunidade
As marcas e empresas podem investir em mulheres e start ups de sua localidade. Investir e divulgar projetos feministas também é um caminho.
"Com recursos, atenção pública e comunicação de massa disponíveis, as marcas têm a oportunidade de criar um impacto significativo rumo à igualdade de gênero. Não é ir correndo para o coro feminista só porque é 'o assunto do momento'. É falar sobre isso porque é a coisa correta a se fazer", resume Michele Morelli.
Veja a seguir quatro exemplos recentes de campanhas feministas:
1. Always - "#LikeAGirl"
//www.youtube.com/embed/XjJQBjWYDTs
2. Beats by Dre - "Serena Williams"
//www.youtube.com/embed/UH8a6w8GQrw
3. LEGO - "Inspire Imagination and Keep Building"
//www.youtube.com/embed/BfhV3Q4LJPM
4. Gillette - "#UseYourAnd"
//www.youtube.com/embed/VFEaj2rNknU
São Paulo - A publicidade pode ser, muitas vezes, palco dos mais bizarros exemplos de machismo e sexismo. Uma concepção social transmutada em imagem e vídeo de puro apelo estético e comercial.
Dos clássicos anúncios dos anos 50 e 60, quando cabia às moças servir a cerveja e limpar o chão, às produções modernas, cheias de trajes mínimos e Photoshop, não faltam casos da mulher subjugada ao homem.
Mas as coisas estão mudando. Não só, obviamente, as discussões feministas e o debate de gênero chegam com força às discussões públicas e à política, como tais debates atingem a mídia e a publicidade.
Uma recente campanha americana, por exemplo, compilou diversos bons e maus exemplos ao longo de 2014 de sexismo e machismo em telejornais, seriados, filmes, programas de TV e propagandas.
Recentemente, um artigo na revista AdWeek de Michele Morelli, vice-presidente de Marketing da AOL , listou alguns passos para mostrar como as marcas podem ser feministas também, aumentando o coro das políticas públicas.
"Os negócios são responsáveis também por impactar positivamente a sociedade. E adivinhe? Os consumidores percebem isso, inclusive pagando mais por marcas que apoiam uma causa com a qual eles se identificam", diz Morelli.
Morelli lista quatro passos para as marcas serem feministas:
Conteúdo que empodera a mulher
Cabe às marcas, ela diz, quebrar paradigmas e criar conteúdos que confrontem a desigualdade de gênero. A mulher na propaganda não é uma mulher de olhar provocante fazendo panquecas no café da manhã.
Mudar a conversa
Morelli diz que as marcas devem estar atentas ao conteúdo que estão produzindo, analisar profundamente a mensagem antes de divulgá-la. Uma propaganda mal feita pode levar a milhões uma mensagem que reforça os estereótipos de gênero.
Começar a mudança de dentro
A marca e a empresa que quer criar um conteúdo feminista precisa começar a mudar a sua própria realidade interna, seu ambiente de trabalho, diz Morelli. Criar ações que suportem a igualdade entre funcionários homens e mulheres. Reforçar políticas que afastem comportamentos de assédio e machismo. Acabar com o "mesmo trabalho, salários diferentes" etc.
Investir na comunidade
As marcas e empresas podem investir em mulheres e start ups de sua localidade. Investir e divulgar projetos feministas também é um caminho.
"Com recursos, atenção pública e comunicação de massa disponíveis, as marcas têm a oportunidade de criar um impacto significativo rumo à igualdade de gênero. Não é ir correndo para o coro feminista só porque é 'o assunto do momento'. É falar sobre isso porque é a coisa correta a se fazer", resume Michele Morelli.
Veja a seguir quatro exemplos recentes de campanhas feministas:
1. Always - "#LikeAGirl"
//www.youtube.com/embed/XjJQBjWYDTs
2. Beats by Dre - "Serena Williams"
//www.youtube.com/embed/UH8a6w8GQrw
3. LEGO - "Inspire Imagination and Keep Building"
//www.youtube.com/embed/BfhV3Q4LJPM
4. Gillette - "#UseYourAnd"
//www.youtube.com/embed/VFEaj2rNknU