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Como as marcas estão enfrentando a guerra dos tablets no Brasil

Concorrência no segmento cresce com entrada de nomes como Samsung e Motorola

O tablet Life, da Multilaser: preço como forma de atrair os consumidores (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2011 às 12h46.

Rio de Janeiro - Os tablets estão ganhando cada vez mais espaço no mercado brasileiro. Impulsionada pelo iPad, da Apple, a categoria recebe o investimento de marcas como Samsung, Motorola, LG, HP e a brasileira Multilaser, que estão de olho no potencial do segmento.

Segundo uma pesquisa realizada pela International Data Corporation (IDC), foram vendidos 100 mil aparelhos, e a projeção para 2011 é de que esse número cresça para cerca de 350 mil unidades.

Lançado em abril de 2010, o iPad conquistou o mercado mundial se tornando uma febre entre os aficionados por tecnologia. No fim do ano passado, no entanto, a Apple começou a perder sua soberania.

Durante o último trimestre de 2010, a companhia caiu dos 93% de market share para 73%, enquanto a concorrente Samsung, que havia lançando em novembro o Galaxy Tab, encerrou 2010 com 13% de participação. Ainda assim, a Apple vendeu 4,69 milhões de iPads no primeiro trimestre de 2011 e, em maio, apresentou o iPad 2.

Obstáculo do preço começa a ser vencido

Um dos primeiros desafios para a comercialização do tablets no Brasil foi o preço elevado. Com a aprovação da Medida Provisória 534 pelo Governo brasileiro, no último dia 23 de maio, empresas estrangeiras conquistaram o direito de produzir os aparelhos no Brasil, o que pode reduzir o preço dos aparelhos em até 30%.

Mesmo antes da aprovação da chamada “Lei do Bem”, companhias como a Motorola, que lançou o tablet Motorola Xoom em abril, já comemoram a vendas.

“O desempenho do produto tem sido muito satisfatório e acima das previsões iniciais, considerando que contávamos com a aprovação dos incentivos fiscais em abril. O preço ficou um pouco acima do que desejávamos, mas estamos confiantes de que poderemos muito em breve oferecer o Xoom por um valor mais acessível ao consumidor brasileiro”, diz Rodrigo Vidigal, diretor de marketing da Motorola Mobility para a América Latina Leste.


Para atrair o consumidor, a Motorola aposta na oferta de conteúdos. Quem adquirir o produto da empresa ganha assinatura grátis de até cinco revistas durante três meses e download de seis best sellers. Outro diferencial que o aparelho possui são as saídas HDMI e Mini USB, que dão liberdade de conexão aos usuários para equipamentos da marca e de outros fabricantes.

Samsung aposta na diversificação do mercado

Outra marca que investe neste mercado é a Samsung, que trouxe o  Galaxy Tab em 2010 para o Brasil. Para atingir diversos públicos, a empresa pretende diversificar sua produção de tablets e retirar alguns recursos de alguns produtos para tornar o preço mais acessível, de acordo com a segmentação do mercado e as necessidades dos consumidores.

Em 2011 estão previstos lançamentos de modelos de 5, 8.9 e 10 polegadas.

“Acreditamos que na medida em que a oferta no mercado se amplia, os consumidores procurarão tablets segundo necessidades específicas. Haverá aqueles que buscarão mais conectividade, outros desempenho e preço. Os lançamentos da Samsung têm o objetivo de atender a todas essas expectativas”, acredita Benjamin Sicsú, vice-presidente de novos negócios da Samsung.

Não é apenas a Samsung que tem preparado lançamentos para este ano. Outra empresa que aposta no mercado brasileiro é a LG, que trará para o país o LG Optimus Pad, com o diferencial da gravação de imagens em 3D.

A novidade estará disponível no Brasil neste semestre e será produzida na fábrica da empresa, em Taubaté, no estado de São Paulo.

Concorrência começa a aumentar

Marcas como HP também entraram no segmento. A empresa lançou este ano o TouchPad, tablet que usa o sistema operacional WebOS, diferente da maioria do mercado, que opera com a plataforma Android.

A HP tem planos de comercializar o aparelho no Brasil ainda em 2011. Já a Flyer, se diferencia da concorrência oferecendo uma caneta que permite ao usuário escrever ou desenhar na tela do equipamento, sem precisar usar os dedos.

O produto foi lançado no Estado Unidos em maio e ainda não tem previsão de chegar ao Brasil.

Outras novidades que devem estreiar no varejo brasileiro entre julho e agosto são os tablets Win Touch, da CCE, e o Eee Pad Transformer, da Asus.


Os produtos foram apresentados na Eletrolar Show 2011, feira de informática, eletroeletrônicos e eletrodomésticos da América Latina, voltada para o segmento de B2B.

Neste mercado há ainda espaço para concorrentes nacionais, como o Oasis e o Life, da Multilaser. Os produtos utilizam o preço como forma de atrair os consumidores e estão sendo comercializados na internet e nos pontos de venda por valores que variam entre R$ 500,00 e R$800,00.

Outra empresa que adotou inicialmente essa estratégia foi a ZTE, ao lançar o V9 em 2010, que chegou ao país custando cerca de R$ 900,00.

A tendência, entretanto, é que preço deixe de ser considerado um atrativo daqui para frente.

“No início do ano, vimos o consumidor comprar tablets mais estimulado pela curiosidade do que pelo entendimento dos reais benefícios do produto. Hoje, começamos a enxergar um comportamento diferente, em que os clientes primeiro procuram compreender as vantagens para depois adquirir um tablet”, afirma o executivo da Motorola.

Tablets e a sustentabilidade

Os tablets também poderão ser grandes aliados da sustentabilidade, colaborando para a redução do uso de papel, principalmente no segmento educacional.

O Ministério da Educação, Ciência e Tecnologia da Coreia do Sul, por exemplo, assumiu o compromisso de trocar os livros escolares por tablets até 2015.

O projeto deve custar cerca de US$ 2 milhões ao país e prevê também a instalação de redes wireless nas escolas.

A Universidade Estácio de Sá realiza uma iniciativa semelhante no Brasil.

Os estudantes que se matricularam em 2011 nos cursos de Direito, Gastronomia e Hotelaria da instituição ganharam o material didático em um tablet Android.

O projeto-piloto, que beneficiará os alunos das unidades do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo, pretende gerar uma economia de seis milhões de folhas de papel e, para os próximos cinco anos, a previsão é que sejam reduzidas 240 milhões, quando a universidade ampliará o programa para todos os campi.

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Rio de Janeiro - Os tablets estão ganhando cada vez mais espaço no mercado brasileiro. Impulsionada pelo iPad, da Apple, a categoria recebe o investimento de marcas como Samsung, Motorola, LG, HP e a brasileira Multilaser, que estão de olho no potencial do segmento.

Segundo uma pesquisa realizada pela International Data Corporation (IDC), foram vendidos 100 mil aparelhos, e a projeção para 2011 é de que esse número cresça para cerca de 350 mil unidades.

Lançado em abril de 2010, o iPad conquistou o mercado mundial se tornando uma febre entre os aficionados por tecnologia. No fim do ano passado, no entanto, a Apple começou a perder sua soberania.

Durante o último trimestre de 2010, a companhia caiu dos 93% de market share para 73%, enquanto a concorrente Samsung, que havia lançando em novembro o Galaxy Tab, encerrou 2010 com 13% de participação. Ainda assim, a Apple vendeu 4,69 milhões de iPads no primeiro trimestre de 2011 e, em maio, apresentou o iPad 2.

Obstáculo do preço começa a ser vencido

Um dos primeiros desafios para a comercialização do tablets no Brasil foi o preço elevado. Com a aprovação da Medida Provisória 534 pelo Governo brasileiro, no último dia 23 de maio, empresas estrangeiras conquistaram o direito de produzir os aparelhos no Brasil, o que pode reduzir o preço dos aparelhos em até 30%.

Mesmo antes da aprovação da chamada “Lei do Bem”, companhias como a Motorola, que lançou o tablet Motorola Xoom em abril, já comemoram a vendas.

“O desempenho do produto tem sido muito satisfatório e acima das previsões iniciais, considerando que contávamos com a aprovação dos incentivos fiscais em abril. O preço ficou um pouco acima do que desejávamos, mas estamos confiantes de que poderemos muito em breve oferecer o Xoom por um valor mais acessível ao consumidor brasileiro”, diz Rodrigo Vidigal, diretor de marketing da Motorola Mobility para a América Latina Leste.


Para atrair o consumidor, a Motorola aposta na oferta de conteúdos. Quem adquirir o produto da empresa ganha assinatura grátis de até cinco revistas durante três meses e download de seis best sellers. Outro diferencial que o aparelho possui são as saídas HDMI e Mini USB, que dão liberdade de conexão aos usuários para equipamentos da marca e de outros fabricantes.

Samsung aposta na diversificação do mercado

Outra marca que investe neste mercado é a Samsung, que trouxe o  Galaxy Tab em 2010 para o Brasil. Para atingir diversos públicos, a empresa pretende diversificar sua produção de tablets e retirar alguns recursos de alguns produtos para tornar o preço mais acessível, de acordo com a segmentação do mercado e as necessidades dos consumidores.

Em 2011 estão previstos lançamentos de modelos de 5, 8.9 e 10 polegadas.

“Acreditamos que na medida em que a oferta no mercado se amplia, os consumidores procurarão tablets segundo necessidades específicas. Haverá aqueles que buscarão mais conectividade, outros desempenho e preço. Os lançamentos da Samsung têm o objetivo de atender a todas essas expectativas”, acredita Benjamin Sicsú, vice-presidente de novos negócios da Samsung.

Não é apenas a Samsung que tem preparado lançamentos para este ano. Outra empresa que aposta no mercado brasileiro é a LG, que trará para o país o LG Optimus Pad, com o diferencial da gravação de imagens em 3D.

A novidade estará disponível no Brasil neste semestre e será produzida na fábrica da empresa, em Taubaté, no estado de São Paulo.

Concorrência começa a aumentar

Marcas como HP também entraram no segmento. A empresa lançou este ano o TouchPad, tablet que usa o sistema operacional WebOS, diferente da maioria do mercado, que opera com a plataforma Android.

A HP tem planos de comercializar o aparelho no Brasil ainda em 2011. Já a Flyer, se diferencia da concorrência oferecendo uma caneta que permite ao usuário escrever ou desenhar na tela do equipamento, sem precisar usar os dedos.

O produto foi lançado no Estado Unidos em maio e ainda não tem previsão de chegar ao Brasil.

Outras novidades que devem estreiar no varejo brasileiro entre julho e agosto são os tablets Win Touch, da CCE, e o Eee Pad Transformer, da Asus.


Os produtos foram apresentados na Eletrolar Show 2011, feira de informática, eletroeletrônicos e eletrodomésticos da América Latina, voltada para o segmento de B2B.

Neste mercado há ainda espaço para concorrentes nacionais, como o Oasis e o Life, da Multilaser. Os produtos utilizam o preço como forma de atrair os consumidores e estão sendo comercializados na internet e nos pontos de venda por valores que variam entre R$ 500,00 e R$800,00.

Outra empresa que adotou inicialmente essa estratégia foi a ZTE, ao lançar o V9 em 2010, que chegou ao país custando cerca de R$ 900,00.

A tendência, entretanto, é que preço deixe de ser considerado um atrativo daqui para frente.

“No início do ano, vimos o consumidor comprar tablets mais estimulado pela curiosidade do que pelo entendimento dos reais benefícios do produto. Hoje, começamos a enxergar um comportamento diferente, em que os clientes primeiro procuram compreender as vantagens para depois adquirir um tablet”, afirma o executivo da Motorola.

Tablets e a sustentabilidade

Os tablets também poderão ser grandes aliados da sustentabilidade, colaborando para a redução do uso de papel, principalmente no segmento educacional.

O Ministério da Educação, Ciência e Tecnologia da Coreia do Sul, por exemplo, assumiu o compromisso de trocar os livros escolares por tablets até 2015.

O projeto deve custar cerca de US$ 2 milhões ao país e prevê também a instalação de redes wireless nas escolas.

A Universidade Estácio de Sá realiza uma iniciativa semelhante no Brasil.

Os estudantes que se matricularam em 2011 nos cursos de Direito, Gastronomia e Hotelaria da instituição ganharam o material didático em um tablet Android.

O projeto-piloto, que beneficiará os alunos das unidades do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo, pretende gerar uma economia de seis milhões de folhas de papel e, para os próximos cinco anos, a previsão é que sejam reduzidas 240 milhões, quando a universidade ampliará o programa para todos os campi.

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