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Chinesas hostilizadas por não serem casadas se defendem

Comercial dá voz às mulheres chinesas que sofrem preconceito no país por ainda não terem se casado

Comercial chinês: campanha para acabar com o preconceito contra as mulheres solteiras (Reprodução)

Guilherme Dearo

Publicado em 11 de abril de 2016 às 12h58.

São Paulo - Na China , poucas coisas podem ser pior para uma mulher que não ser casada.

Na cultura local, muito tradicional, uma mulher solteira é considerada uma "mulher incompleta".

As mulheres acima de 25 anos e solteiras até têm um apelido específico: "sheng nu", que significa literalmente "mulher-resto", aquela que foi deixada de lado, sobrou.

No Ano Novo, a pressão só aumenta: qualquer mulher terá sua idade questionada. Se solteira, será chamada de "velha".

O ponto máximo dessa tradição sexista é o "mercado de casamento". Em Xangai, há um bem famoso. Centenas de pais se reúnem para vender suas filhas.

Eles espalham cartazes e folders com as "fichas" das filhas: idade, peso, altura, profissão, salário. Tudo atrás de um pretendente.

Mas a marca de cosméticos SK-II resolveu lutar contra isso e dizer para as mulheres solteiras que não há nada de errado.

Um comercial-documentário de quatro minutos conta a história de algumas dessas jovens. Elas choram em frente às câmeras, são humilhadas pelos pais.

Alguns são cruéis. Dizem que a filha "não é muito bonita, por isso não se casa" ou falam que a filha não se casar seria "como uma doença do coração".

Mas o vídeo "Marriage Market Takeover" vira o jogo: leva as meninas para o tal mercado de casamentos.

Não para se venderem, sim para elas deixarem uma mensagem poderosa aos pais.

Nas mensagens: "Não quero me casar apenas por casar" ou "Não serei feliz dessa maneira".

Outra diz: "Eu tenho uma carreira. O termo contrário a 'mulher-resto' é 'mulher poderosa'".

Ao final, a mensagem da marca: "Não deixe a pressão decidir o seu futuro. Celebre as mulheres independentes em todos os lugares".

Assista (coloque a legenda nas configurações):

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Na cultura local, muito tradicional, uma mulher solteira é considerada uma "mulher incompleta".

As mulheres acima de 25 anos e solteiras até têm um apelido específico: "sheng nu", que significa literalmente "mulher-resto", aquela que foi deixada de lado, sobrou.

No Ano Novo, a pressão só aumenta: qualquer mulher terá sua idade questionada. Se solteira, será chamada de "velha".

O ponto máximo dessa tradição sexista é o "mercado de casamento". Em Xangai, há um bem famoso. Centenas de pais se reúnem para vender suas filhas.

Eles espalham cartazes e folders com as "fichas" das filhas: idade, peso, altura, profissão, salário. Tudo atrás de um pretendente.

Mas a marca de cosméticos SK-II resolveu lutar contra isso e dizer para as mulheres solteiras que não há nada de errado.

Um comercial-documentário de quatro minutos conta a história de algumas dessas jovens. Elas choram em frente às câmeras, são humilhadas pelos pais.

Alguns são cruéis. Dizem que a filha "não é muito bonita, por isso não se casa" ou falam que a filha não se casar seria "como uma doença do coração".

Mas o vídeo "Marriage Market Takeover" vira o jogo: leva as meninas para o tal mercado de casamentos.

Não para se venderem, sim para elas deixarem uma mensagem poderosa aos pais.

Nas mensagens: "Não quero me casar apenas por casar" ou "Não serei feliz dessa maneira".

Outra diz: "Eu tenho uma carreira. O termo contrário a 'mulher-resto' é 'mulher poderosa'".

Ao final, a mensagem da marca: "Não deixe a pressão decidir o seu futuro. Celebre as mulheres independentes em todos os lugares".

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