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Cervejaria é acusada de racismo após estampar rosto de escrava em lata

A embalagem da bebida, que segundo a Cervejaria Dogma não está disponível desde o início do ano, foi criticada nas redes sociais

Cerveja Cafuza, da Dogma tem escrava estampada na lata (//Reprodução)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2020 às 14h25.

Última atualização em 26 de junho de 2020 às 19h25.

A cerveja Cafuza Imperial India Black Ale, leva na embalagem uma foto de uma escrava feita pelo fotógrafo do período colonial Alberto Henschel, segundo a colorista Marina Amaral.

Segundo ela, a foto é de domínio público, e o absurdo é utilizar a imagem de uma mulher escravizada na embalagem da bebida.

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“Vocês se lembram dessa foto tirada pelo Alberto Henschel que eu restaurei e colorizei? Pois é, alguém achou que seria uma boa ideia transformar o rosto dessa mulher escravizada, violentada, explorada e subjugada em imagem ilustrativa de lata de cerveja”, escreveu Marina no Twitter.

Após a denúncia, a Cervejaria Dogma, que foi criada em 2015 por três cervejeiros independentes e hoje está localizada no centro de São Paulo, foi criticada por racismo pelos internautas.

Em resposta a uma internauta, a cervejaria afirmou no Instagram que o rótulo foi desenvolvido "há muito tempo" e que no "início deste ano o produto foi retirado da linha fixa após um reposicionamento da empresa."

A cerveja não está disponível no site da empresa, e quando comercializada custava cerca de 40 reais a lata com 473 ml. Segundo sites que comercializam cervejas, "acerveja artesanal Dogma Cafuza é uma Imperial Black Ipa e reflete a miscigenação brasileira em sua receita. É originalmente uma Imperial IPA com adição de maltes escuros de uma Stout e um dos principais ícones da marca."

A Dogma afirmou ainda que "a decisão de retirar essa cerveja de nossa linha já havia sido tomada. Tínhamos outra informação sobre a origem da ilustração. Espero que entenda que sempre vamos estar evoluindo."

No início da tarde desta sexta-feira, a empresa se pronunciou no Facebook e afirmou que irá elaborar novas estratégias para "entender como aprender e colaborar." Veja abaixo:

 

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