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Carro com 111 marcas de balas lembra massacre no RJ

A ação "Carro evidência" quer lembrar à sociedade carioca sobre o caso Costa Barros, onde cinco jovens foram assassinados com 111 tiros

Ação "Carro evidência" lembra o massacre de cinco jovens durante uma ação policial (Reprodução)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2016 às 19h50.

Você estranharia se estivesse andando pela cidade e se deparasse com um carro com 111 buracos de balas? Provavelmente sim.

De fato, não é normal nem aceitável que qualquer objeto (ou pessoas) seja alvo desta quantidade de tiros sem que nada seja feito a respeito.

Por este motivo, a ação "Carro evidência" quer lembrar à sociedade carioca sobre o caso Costa Barros, onde cinco jovens foram assassinados com 111 tiros durante uma ação policial.

Desenvolvida pela agência Casa Digital, o carro rodou as ruas da zona sul do Rio de Janeiro no último final de semana chamando a atenção do público.

A trilha sonora foi a música "112/111 (Gueto Clama", composição do rapper Marcelo Dughetu que faz o papel de manifesto contra a violência policial e a ausência de justiça que em geral marcam esse tipo de caso.

O projeto da produtora e gravadora Duto foi liderado pelo cantor e contou com a participação dos artistas da iniciativa Ghettu Musi Camp. A música versão sobre a realidade violenta enfrentada pelos jovens da periferia carioca e pela juventude negra.

"O carro é utilizado como uma mídia para divulgação da música e na exposição da causa", afirma Luiz Kuhner, diretor de criação da Casa Digital.

Além do impacto na ideia em si, o carro traz ainda um SnapCode que permite ao público saber mais sobre o caso usando as câmeras de seus smartphones para baixar e assistir vídeos postados no Snapchat de Marcelo Dughetu. Os vídeos trazem entrevistas com familiares das vítimas de Costa Barros, que contam suas histórias e revelam como suas vidas foram afetadas pelo massacre .

O caso

Em novembro de 2015, policiais militares foram acusados de assassinar cinco jovens negros, entre 16 e 20 anos de idade, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Segundo testemunhas, as vítimas não estavam armadas e não ofereceram qualquer resistência aos PMs, que dispararam 111 tiros no veículo onde os jovens estavam.

A Polícia Civil informa que os quatro agentes envolvidos no crime foram presos, sendo três por homicídio doloso e fraude processual e um por fraude processual.

Ouça a trilha sonora:

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Você estranharia se estivesse andando pela cidade e se deparasse com um carro com 111 buracos de balas? Provavelmente sim.

De fato, não é normal nem aceitável que qualquer objeto (ou pessoas) seja alvo desta quantidade de tiros sem que nada seja feito a respeito.

Por este motivo, a ação "Carro evidência" quer lembrar à sociedade carioca sobre o caso Costa Barros, onde cinco jovens foram assassinados com 111 tiros durante uma ação policial.

Desenvolvida pela agência Casa Digital, o carro rodou as ruas da zona sul do Rio de Janeiro no último final de semana chamando a atenção do público.

A trilha sonora foi a música "112/111 (Gueto Clama", composição do rapper Marcelo Dughetu que faz o papel de manifesto contra a violência policial e a ausência de justiça que em geral marcam esse tipo de caso.

O projeto da produtora e gravadora Duto foi liderado pelo cantor e contou com a participação dos artistas da iniciativa Ghettu Musi Camp. A música versão sobre a realidade violenta enfrentada pelos jovens da periferia carioca e pela juventude negra.

"O carro é utilizado como uma mídia para divulgação da música e na exposição da causa", afirma Luiz Kuhner, diretor de criação da Casa Digital.

Além do impacto na ideia em si, o carro traz ainda um SnapCode que permite ao público saber mais sobre o caso usando as câmeras de seus smartphones para baixar e assistir vídeos postados no Snapchat de Marcelo Dughetu. Os vídeos trazem entrevistas com familiares das vítimas de Costa Barros, que contam suas histórias e revelam como suas vidas foram afetadas pelo massacre .

O caso

Em novembro de 2015, policiais militares foram acusados de assassinar cinco jovens negros, entre 16 e 20 anos de idade, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Segundo testemunhas, as vítimas não estavam armadas e não ofereceram qualquer resistência aos PMs, que dispararam 111 tiros no veículo onde os jovens estavam.

A Polícia Civil informa que os quatro agentes envolvidos no crime foram presos, sendo três por homicídio doloso e fraude processual e um por fraude processual.

Ouça a trilha sonora:

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