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Campanha mostra metas do milênio da ONU

Percival Caropreso percorre o País apresentando “Oito jeitos de mudar o mundo”. Projeto já foi adaptado em 25 países

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2010 às 15h16.

São Paulo - "Oito jeitos de mudar o mundo – você pode fazer parte desse projeto". Para falar sobre o sucesso desta campanha, que teve início em 2003 quando a ONU (Organização das Nações Unidas) criou os objetivos sustentáveis do milênio, o publicitário Percival Caropreso esteve semana passada em Blumenau a convite da Fundação Fritz Müller, associada à Fundação Dom Cabral. Caropreso vem percorrendo uma série de cidades apresentando os resultados da campanha brasileira, que já foi adaptada em mais de 25 países.

Caropreso é o idealizador da campanha de divulgação dos Objetivos do Milênio no Brasil. Com 36 anos de experiência em marketing e fundador da Setor 2 1/2, assessoria em responsabilidade social e planejamento estratégico para empresas e ONGs, ele vê a comunicação como forma de levar conhecimento e conscientização às pessoas.

A agência de publicidade McCann, da qual Caropreso era diretor, foi convidada pelo PNUD, da ONU, e Instituto Ethos para fazer o trabalho de divulgação das metas do milênio. Para enfrentar o desafio, mais de 70 profissionais se envolveram voluntariamente no desenvolvimento da ação. A campanha tinha por objetivo informar, sensibilizar, conscientizar e mobilizar.

Caropreso contou que o principal desafio era conseguir fazer com que cada pessoa se sentisse motivada a contribuir de algum jeito para melhorar o mundo. “Por isso, as mesmas técnicas das campanhas de lançamento de produto foram usadas na ação”, contou, acrescentando: “A campanha brasileira teve por objetivo fazer com que qualquer cidadão do mundo entendesse que todos fazem parte do planeta Terra e devem lutar por uma vida melhor aqui”. Além disso, qualquer ação para minimizar a fome, reduzir a poluição ou mortalidade infantil em qualquer parte reflete no restante. “O importante é que todos entendam que podem fazer a sua parte contribuindo com um dos objetivos”, disse. Com uma linguagem simples e iconografia é fácil entender os objetivos do milênio e contribuir de forma ativa. A campanha deu tão certo que foi cedida e mais de 25 países a adaptaram.

Mais de 12 milhões de pessoas já foram impactadas com o projeto e mais de cinco milhões de escolas, cooperativas e ONGs já desenvolveram projetos pautados nos objetivos do milênio. “Essa campanha não tem dono. Trabalhei tanto tempo vendendo marcas globais, que, agora, desenvolvemos um pensamento estratégico central e fizemos questão de perder o controle local para o caminho que cada um quisesse fazer. Para um lançamento global dificilmente isso acontece. Mas neste caso nós temos de perder o controle da campanha”, conta. O material está disponível no site.

O publicitário tem realizado palestras pelo Brasil com o objetivo de levantar a discussão em torno da questão. Mais de 190 países fazem parte do Pacto da ONU que trabalha os oito itens junto a governos, empresas e organizações sociais, além da comunidade.

“O Brasil é um dos países que mais tem avançado na execução dos objetivos. Ano a ano vai avançando, mais que a maior parte dos países. Seria muita pretensão dizer que é só pela campanha. Tem muito a ver com o trabalho das ONGs, redes e associações. O trabalho de comunicação foi um combustível inicial para que esse rastro de pólvora se alastrasse nas bases. Só assim começaram a trabalhar localmente”, concluiu.

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