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Campanha estimula mais bonecas negras no mercado

Embora os dados mais recentes do IBGE confirmem que o Brasil é um país com maioria de pessoas negras, o racismo ainda é uma realidade da nossa sociedade

Campanha por maior quantidade de bonecas negras no mercado (Reprodução)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2016 às 20h55.

Embora os dados mais recentes do IBGE , divulgados em 2015, confirmem que o Brasil é um país com maioria de pessoas negras (quase 54% da população se identifica como negra ou parda), o racismo ainda é uma realidade da nossa sociedade, que se manifesta de muitas formas, desde as mais bruscas às mais sutis.

Um dos reflexos desse estigma dos tempos escravocratas é a escassa representatividade das pessoas negras em espaços como a TV e a moda.

Pode parecer algo pouco relevante, mas a representatividade é uma questão essencial para a formação de identidade, principalmente na infância. Neste caso, a falta de uma representação está justamente na diferença gritante entre a quantidade de bonecas negras disponíveis para compra no mercado.

Diante da necessidade de trazer esse debate à tona e incentivar a maior representatividade das crianças negras, a organização não governamental Avante, da Bahia, acaba de lançar a campanha "Cadê nossa boneca?".

O projeto foi criado pelas amigas Ana Marcilio, Mylene Alves e Raquel Rocha, durante uma arrecadação de brinquedos para doação, na cidade de Salvador. A ideia surgiu ao perceberem que, apesar da grande quantidade e variedade de bonecas, não havia nenhuma negra.

A fim de sensibilizar a sociedade, a indústria e o varejo de brinquedos para a necessidade de diversificação, a iniciativa vai utilizar canais como Facebook e Instagram para disponibilizar conteúdos levantando a questão e incentivando a interação dos seguidores. Além disso, também estão previstas algumas intervenções urbanas.

"Mudanças sutis como estas são capazes de gerar um impacto positivo nos pequenos. A oportunidade de brincar com bonecas negras é um grande passo na construção de uma sociedade que respeita e aceita suas diferenças raciais, contribuindo assim para que haja diminuição do preconceito, além de elevar a autoestima das crianças, que passarão a ver a si mesmas representadas nos brinquedos", explica Ana Marcilio, idealizadora da ação.

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Um dos reflexos desse estigma dos tempos escravocratas é a escassa representatividade das pessoas negras em espaços como a TV e a moda.

Pode parecer algo pouco relevante, mas a representatividade é uma questão essencial para a formação de identidade, principalmente na infância. Neste caso, a falta de uma representação está justamente na diferença gritante entre a quantidade de bonecas negras disponíveis para compra no mercado.

Diante da necessidade de trazer esse debate à tona e incentivar a maior representatividade das crianças negras, a organização não governamental Avante, da Bahia, acaba de lançar a campanha "Cadê nossa boneca?".

O projeto foi criado pelas amigas Ana Marcilio, Mylene Alves e Raquel Rocha, durante uma arrecadação de brinquedos para doação, na cidade de Salvador. A ideia surgiu ao perceberem que, apesar da grande quantidade e variedade de bonecas, não havia nenhuma negra.

A fim de sensibilizar a sociedade, a indústria e o varejo de brinquedos para a necessidade de diversificação, a iniciativa vai utilizar canais como Facebook e Instagram para disponibilizar conteúdos levantando a questão e incentivando a interação dos seguidores. Além disso, também estão previstas algumas intervenções urbanas.

"Mudanças sutis como estas são capazes de gerar um impacto positivo nos pequenos. A oportunidade de brincar com bonecas negras é um grande passo na construção de uma sociedade que respeita e aceita suas diferenças raciais, contribuindo assim para que haja diminuição do preconceito, além de elevar a autoestima das crianças, que passarão a ver a si mesmas representadas nos brinquedos", explica Ana Marcilio, idealizadora da ação.

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