Brasil é um dos principais mercados para diversidade no marketing
Nove entre dez profissionais de marketing acreditam que campanhas com diversidade podem aumentar a reputação de uma marca
Vanessa Barbosa
Publicado em 15 de novembro de 2018 às 07h59.
Última atualização em 19 de novembro de 2018 às 16h24.
São Paulo - Você já deve ter reparado que várias marcas têm colocado uma ênfase maior na inclusão e diversidade em seu conteúdo de marketing e publicidade , com imagens que apresentam modelos racialmente diversos, casais do mesmo sexo, transgêneros e pessoas com deficiências.
Se as audiências são diversas, é preciso alcançar e ressoar com esses diversos públicos. E as marcas quedefenderem a diversidade não apenas serão líderes na criação de mudanças, mas também serão vistas com bons olhos pelos consumidores.
É o que aponta uma pesquisa realizada pelaCensuswide a pedido da Shutterstock, plataforma criativa fornecedora de imagens digitais comerciais, que entrevistou 502 profissionais do marketing no Brasil sobre a inclusão da diversidadenas campanhas.
Nove entre dez profissionais de marketing acreditam que campanhas com diversidade podem aumentar a reputação de uma marca e32% dos profissionais ouvidos disseram que começaram a usar mais imagens de pessoas com deficiências nos últimos 12 meses.
É um número alto quando comparado a outros mercados proeminentes pesquisados, como o Reino Unido (25%), os EUA (20%), a Austrália (18%) e a Alemanha (13%).
Espaço para crescer
A tendência de inclusão do tema da diversidade nas ações criativas é ascendente:95% dos profissionais brasileiros acreditam que ainda há um potencial de crescimento para o uso de diversas imagens em campanhas de marketing, aponta o estudo.
E a disputa pelo espaço cativo na mente dos consumidores está só começando. Uma pesquisa realizadapela consultoria Croma Marketing Solutions, e obtida com exclusividade por EXAME, mostrou que 47% dos consumidores não lembram espontaneamente de nenhuma marca que promove assuntos ligados à diversidade por aqui.
Diferentes gerações
A pesquisa daShutterstock, que também foi realizada em outros países, mostra uma diferença na perspectiva dos profissionais de marketing de gerações diferentes, com os mais novos liderando a inclusão da diversidade nas campanhas.
Os da Geração Z (pessoas nascidas no fim da década de 1990 até 2010)e Millennials (de 80 até os anos 2000)usaram mais imagens com modelos racialmente diversos, pares do mesmo sexo, pessoas com deficiências e transgêneros, modelos de sexo fluido, não binários ou andróginos em campanhas no último ano, quando comparados aos profissionais da Geração X (1961 - 1981) e Baby Boomers (nascidos após a Segunda Guerra Mundial até1964).