Loja da Claro no shopping Morumbi: as empresas também anunciaram o lançamento da tecnologia sem contato Near Field Communication (NFC) (Antonio Milena/Exame)
Da Redação
Publicado em 22 de novembro de 2012 às 17h16.
São Paulo - A operadora móvel Claro e o banco Bradesco anunciaram nesta quinta-feira um cartão pré-pago para transações financeiras e apresentaram também uma tecnologia destinada a facilitar a realização de pagamentos via celular.
O cartão co-branded, que poderá ser usado para compras, pagamentos, saques e consultas de saldo e transferências, é o primeiro resultado da joint venture anunciada pelas duas empresas em 2011.
As empresas também anunciaram o lançamento da tecnologia sem contato Near Field Communication (NFC), que permite transações de cartões de crédito e de débito pela aproximação de celulares ao terminal em estabelecimentos habilitados.
A expectativa das empresas é lançar o cartão no segundo trimestre do ano que vem, enquanto para a tecnologia NFC a previsão é de que a tecnologia tenha maior escala na segunda metade de 2013.
Segundo o diretor da Bradesco Cartões, Marcio Parizotto, os ganhos obtidos com a parceria serão igualmente divididos entre o banco e a operadora, e seu principal objetivo é atingir os mais de 46 milhões de pessoas não bancarizadas no Brasil.
Ainda assim, o executivo ressaltou que a tecnologia NFC será destinada principalmente a clientes de maior poder aquisitivo, enquanto o cartão pré-pago, chamado de "moedeiro", será um produto de baixo custo, com limite de transação a ser definido.
"Ainda não temos esse valor (limite), mas a princípio vai ter limite de segurança", disse ele, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira.
De acordo com Parizotto, o NFC será aceito na rede da Cielo. "A rede de aceitação, que é relevante, é a da Cielo", disse.
Segundo ele, apesar de não existir uma regulamentação específica para esse tipo de pagamento, os produtos deverão obedecer diretrizes dos órgãos reguladores.
"É importante que a gente esteja sempre alinhado com diretrizes regulatórias, ainda que a regulação efetivamente não exista," acrescentou.
Carlos Zenteno, presidente da Claro, ressaltou que o serviço não deverá sobrecarregar a rede da empresa, que também será utilizada.
"São transações muito simples, e os sistemas estão preparados para isso", disse a jornalistas.
Zenteno evitou entrar em detalhes, mas afirmou que a expectativa é de que os produtos "tenham uma aceitação muito boa".