Black Friday tem apagão de sites e maquiagem de preços
Além dos entraves de acesso aos sites, a prática de maquiagem de preços tem figurado como um dos problemas da Black Friday no país
Da Redação
Publicado em 23 de novembro de 2012 às 16h26.
São Paulo - A terceira edição da " Black Friday " no Brasil teve as primeiras 12 horas de duração marcadas por um cenário de apagão em uma parcela dos sites participantes, contrário ao objetivo proposto de beneficiar varejistas e consumidores com descontos em produtos de diversos segmentos.
O portal Busca Descontos, que trouxe ao Brasil o evento herdado dos norte-americanos e reúne todas as ofertas em um único site (www.blackfriday.com.br), identificou congestionamento durante a primeira hora de abertura, quando foram registrados mais de 75 mil acessos simultâneos, sete vezes superior ao volume visto no ano passado.
"Isso causou muita lentidão, mas, por volta da 1h desta sexta-feira o acesso foi normalizado e, até agora, está normal", disse um porta-voz do Busca Descontos, sobre o portal.
A situação das principais varejistas participantes do evento, no entanto, é outra. Um consumidor que falou à Reuters sob condição de anonimato disse não ter conseguido realizar uma compra no site Submarino --da B2W-- após diversas tentativas por horas consecutivas.
Ao procurar o atendimento telefônico da empresa, o consumidor foi informado sobre uma queda generalizada do sistema, impedindo que a compra fosse realizada também por telefone.
Procurada pela Reuters, a B2W, que também detém os sites Americanas.com e Shop Time, informou que "se preparou para um enorme volume de acessos em função da Black Friday, porém o surpreendente aumento de visitas causou dificuldades de compras para alguns clientes. As equipes do Submarino estão totalmente empenhadas em minimizar os impactos para os clientes o mais rápido possível".
Os sites de outras varejistas como Wal-Mart, Magazine Luiza e Extra também apresentavam lentidão.
A Nova Pontocom, que reúne as operações de eletroeletrônicos e varejo online do Grupo Pão de Açúcar, informou via assessoria de imprensa que "em nome do Extra.com.br e do Pontofrio.com, não houve problemas em relação ao sistema, que está funcionando normalmente, apesar da demanda elevada".
Executivos da Magazine Luiza confirmaram mais cedo em encontro com analistas e investidores que o site vem sofrendo lentidão. Representantes do Wal-Mart não estavam imediatamente disponíveis para comentar.
Segundo dados da ClearSale, empresa especializada em autenticação de compras virtuais, nas primeiras 12 horas de Black Friday no Brasil já foram superadas as vendas da edição de 2011, quando o faturamento foi de 100 milhões de reais.
A consultoria e-bit projeta vendas de 135 milhões de reais para a edição deste ano. Se o valor for confirmado, marcará o maior faturamento diário na história do comércio eletrônico brasileiro. As ofertas se encerram às 2h de sábado.
O Pão de Açúcar informou que as vendas do Extra foram seis vezes maior em toda rede durante a última madrugada, comparadas a uma sexta-feira comum. A expectativa da empresa é de que, até o fim do dia, as vendas aumentem em 70 por cento ante um dia regular de compras.
MAQUIAGEM DE PREÇOS Além dos entraves de acesso aos sites, a prática de maquiagem de preços tem figurado como um dos problemas da Black Friday no Brasil. Ao maquiar o valor de um produto, a empresa eleva o valor do mesmo na véspera do evento para que o desconto pareça maior do que é de fato.
O Procon-SP informou ter notificado nesta sexta-feira as empresas Extra (lojas física e virtual), Ponto Frio, Submarino, Americanas.com, Wal-Mart, Saraiva e Fast Shop "por indícios de maquiagem nos descontos, com base em denúncias que chegaram do consumidor nos tradicionais canais de atendimento e redes sociais do órgão".
O Procon-SP deu prazo para receber respostas até 30 de novembro.
O Busca Descontos, por sua vez, disse ter retirado do ar mais de 500 ofertas maquiadas.
"É lamentável que algumas lojas ainda insistam em fazer maquiagem de preço. Contamos com a ajuda dos consumidores nesse momento, para que denunciem as ofertas falsas", afirmou o presidente do Busca Descontos, Pedro Eugênio.
A Nova Pontocom informou que os sites Extra e Ponto Frio "não receberam notificação oficial do Procon".
Já a B2W não retornou imediatamente com comentários sobre esse assunto.
Nos Estados Unidos, a Black Friday é uma das datas mais importantes para o varejo e envolve também lojas físicas, onde os consumidores fazem fila à espera da abertura das portas.
O evento acontece na sexta-feira seguinte ao feriado de Ação de Graças e marca o início da temporada de vendas de fim de ano, quando os varejistas aproveitam para limpar os estoques e sair do vermelho.
No Brasil, segundo o Busca Descontos, a edição deste ano da Black Friday tem mais de 300 sites participantes --mais de seis vezes o número de 2011.
São Paulo - A terceira edição da " Black Friday " no Brasil teve as primeiras 12 horas de duração marcadas por um cenário de apagão em uma parcela dos sites participantes, contrário ao objetivo proposto de beneficiar varejistas e consumidores com descontos em produtos de diversos segmentos.
O portal Busca Descontos, que trouxe ao Brasil o evento herdado dos norte-americanos e reúne todas as ofertas em um único site (www.blackfriday.com.br), identificou congestionamento durante a primeira hora de abertura, quando foram registrados mais de 75 mil acessos simultâneos, sete vezes superior ao volume visto no ano passado.
"Isso causou muita lentidão, mas, por volta da 1h desta sexta-feira o acesso foi normalizado e, até agora, está normal", disse um porta-voz do Busca Descontos, sobre o portal.
A situação das principais varejistas participantes do evento, no entanto, é outra. Um consumidor que falou à Reuters sob condição de anonimato disse não ter conseguido realizar uma compra no site Submarino --da B2W-- após diversas tentativas por horas consecutivas.
Ao procurar o atendimento telefônico da empresa, o consumidor foi informado sobre uma queda generalizada do sistema, impedindo que a compra fosse realizada também por telefone.
Procurada pela Reuters, a B2W, que também detém os sites Americanas.com e Shop Time, informou que "se preparou para um enorme volume de acessos em função da Black Friday, porém o surpreendente aumento de visitas causou dificuldades de compras para alguns clientes. As equipes do Submarino estão totalmente empenhadas em minimizar os impactos para os clientes o mais rápido possível".
Os sites de outras varejistas como Wal-Mart, Magazine Luiza e Extra também apresentavam lentidão.
A Nova Pontocom, que reúne as operações de eletroeletrônicos e varejo online do Grupo Pão de Açúcar, informou via assessoria de imprensa que "em nome do Extra.com.br e do Pontofrio.com, não houve problemas em relação ao sistema, que está funcionando normalmente, apesar da demanda elevada".
Executivos da Magazine Luiza confirmaram mais cedo em encontro com analistas e investidores que o site vem sofrendo lentidão. Representantes do Wal-Mart não estavam imediatamente disponíveis para comentar.
Segundo dados da ClearSale, empresa especializada em autenticação de compras virtuais, nas primeiras 12 horas de Black Friday no Brasil já foram superadas as vendas da edição de 2011, quando o faturamento foi de 100 milhões de reais.
A consultoria e-bit projeta vendas de 135 milhões de reais para a edição deste ano. Se o valor for confirmado, marcará o maior faturamento diário na história do comércio eletrônico brasileiro. As ofertas se encerram às 2h de sábado.
O Pão de Açúcar informou que as vendas do Extra foram seis vezes maior em toda rede durante a última madrugada, comparadas a uma sexta-feira comum. A expectativa da empresa é de que, até o fim do dia, as vendas aumentem em 70 por cento ante um dia regular de compras.
MAQUIAGEM DE PREÇOS Além dos entraves de acesso aos sites, a prática de maquiagem de preços tem figurado como um dos problemas da Black Friday no Brasil. Ao maquiar o valor de um produto, a empresa eleva o valor do mesmo na véspera do evento para que o desconto pareça maior do que é de fato.
O Procon-SP informou ter notificado nesta sexta-feira as empresas Extra (lojas física e virtual), Ponto Frio, Submarino, Americanas.com, Wal-Mart, Saraiva e Fast Shop "por indícios de maquiagem nos descontos, com base em denúncias que chegaram do consumidor nos tradicionais canais de atendimento e redes sociais do órgão".
O Procon-SP deu prazo para receber respostas até 30 de novembro.
O Busca Descontos, por sua vez, disse ter retirado do ar mais de 500 ofertas maquiadas.
"É lamentável que algumas lojas ainda insistam em fazer maquiagem de preço. Contamos com a ajuda dos consumidores nesse momento, para que denunciem as ofertas falsas", afirmou o presidente do Busca Descontos, Pedro Eugênio.
A Nova Pontocom informou que os sites Extra e Ponto Frio "não receberam notificação oficial do Procon".
Já a B2W não retornou imediatamente com comentários sobre esse assunto.
Nos Estados Unidos, a Black Friday é uma das datas mais importantes para o varejo e envolve também lojas físicas, onde os consumidores fazem fila à espera da abertura das portas.
O evento acontece na sexta-feira seguinte ao feriado de Ação de Graças e marca o início da temporada de vendas de fim de ano, quando os varejistas aproveitam para limpar os estoques e sair do vermelho.
No Brasil, segundo o Busca Descontos, a edição deste ano da Black Friday tem mais de 300 sites participantes --mais de seis vezes o número de 2011.