Associação de Gays e Lésbicas pede retirada de comercial da Nova Schin
ABGLT enviou carta ao Conselho de Autorregulamentação Publicitária afirmando que propaganda é discriminatória
Da Redação
Publicado em 28 de maio de 2012 às 17h56.
São Paulo - A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais - ABGLT - enviou nesta segunda-feira uma carta ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, o Conar, pedindo a imediata retirada do ar do comercial Festa de São João, da cerveja Nova Schin.
Narrada por um repentista, a propaganda se passa durante uma festa de São João e envolve um grupo de cinco amigos que consomem a cerveja.
Em determinado momento, uma mulher aparece. Marcão, um dos amigos, supostamente se apaixona por ela, mas após uma "análise", percebe que se trata de um homem travestido de mulher. Marcão mostra-se então constrangido, enquanto os quatro amigos acham graça da situação.
Segundo uma nota divulgada pela associação em seu site, o personagem travestido de mulher no comercial "é objeto de escárnio, piada e deboche" na passagem em que o narrador diz que de noite era Maria e de dia era João. "O comercial da Nova Schin contribui para referendar e banalizar essa discriminação, ridicularizando a personagem travestida", diz a ABGLT.
"Para entender nosso posicionamento, bastaria ridicularizar a personagem do comercial por causa da cor de sua pele ou por causa de sua raça, para perceber que o conteúdo é discriminatório", escreveu Toni Reis, presidente da associação.
"Ao mesmo tempo em que entendemos que é preciso ter bom humor, não se deve utilizar-se da fragilidade de uma população para vender um produto. Isto não é condizente com o preceito constitucional da dignidade humana."
Procurada por EXAME.com, a Schincariol, fabricante da cerveja Nova Schin, enviou uma nota afirmando que "conduz seus negócios com retidão, ética, integridade e respeito pela dignidade de cada indivíduo e, portanto, não tolera qualquer discriminação. Sendo assim, a Schincariol esclarece que não houve intenção de ofender ou discriminar qualquer pessoa em seu filme publicitário 'Maria Bonita'. Além disso, a Schincariol informa que, até o momento, não recebeu nenhuma notificação do CONAR acerca do anúncio em comento."
Assista ao filme
https://youtube.com/watch?v=odTpXf20jE4
São Paulo - A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais - ABGLT - enviou nesta segunda-feira uma carta ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, o Conar, pedindo a imediata retirada do ar do comercial Festa de São João, da cerveja Nova Schin.
Narrada por um repentista, a propaganda se passa durante uma festa de São João e envolve um grupo de cinco amigos que consomem a cerveja.
Em determinado momento, uma mulher aparece. Marcão, um dos amigos, supostamente se apaixona por ela, mas após uma "análise", percebe que se trata de um homem travestido de mulher. Marcão mostra-se então constrangido, enquanto os quatro amigos acham graça da situação.
Segundo uma nota divulgada pela associação em seu site, o personagem travestido de mulher no comercial "é objeto de escárnio, piada e deboche" na passagem em que o narrador diz que de noite era Maria e de dia era João. "O comercial da Nova Schin contribui para referendar e banalizar essa discriminação, ridicularizando a personagem travestida", diz a ABGLT.
"Para entender nosso posicionamento, bastaria ridicularizar a personagem do comercial por causa da cor de sua pele ou por causa de sua raça, para perceber que o conteúdo é discriminatório", escreveu Toni Reis, presidente da associação.
"Ao mesmo tempo em que entendemos que é preciso ter bom humor, não se deve utilizar-se da fragilidade de uma população para vender um produto. Isto não é condizente com o preceito constitucional da dignidade humana."
Procurada por EXAME.com, a Schincariol, fabricante da cerveja Nova Schin, enviou uma nota afirmando que "conduz seus negócios com retidão, ética, integridade e respeito pela dignidade de cada indivíduo e, portanto, não tolera qualquer discriminação. Sendo assim, a Schincariol esclarece que não houve intenção de ofender ou discriminar qualquer pessoa em seu filme publicitário 'Maria Bonita'. Além disso, a Schincariol informa que, até o momento, não recebeu nenhuma notificação do CONAR acerca do anúncio em comento."
Assista ao filme