Exame Logo

América Latina deve superar atraso na publicidade digital

Ex-vice-presidente de Facebook e Google para a região diz que AL não está mal preparada, pois houve avanços na penetração da internet

Especialista diz que AL não está mal preparada para avançar em publicidade digital (shutter_m/Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2016 às 15h08.

Bogotá - A América Latina só poderá superar os anos de "atraso" no setor da publicidade digital caso se dedique ao desenvolvimento de suas novas ferramentas, afirmou Alexandre Hohagen, ex-vice-presidente de Facebook e Google para a região.

"Assim como a Ásia, a América Latina está sempre atrás das tendências mundiais", considerou o brasileiro, agora CEO da agência Nobox, para quem a "América Latina é uma das regiões mais promissoras" por sua capacidade de adoção de produtos que já transitaram pelo tradicional caminho de desenvolvimento.

Um percurso no qual, de forma regular, as novas ferramentas "sempre saem dos Estados Unidos e, após provarem que têm boa aceitação no mercado americano, se expandem à Europa , da Europa à Ásia e, por último, à América Latina", explicou.

"Para mim, está claro que há uma oportunidade. O importante é superar a distância que existe hoje no mercado entre o que é implementado nos EUA e trazê-lo antecipadamente à América Latina. Acelerar o tempo entre o que vemos que está evoluindo nesses países mais avançados e trazê-lo antes à América Latina", analisou.

De acordo com Hohagen, a região não está mal preparada para a tarefa, pois houve avanços significativos na penetração da internet, na qualidade da mão de obra e, sobretudo, na capacidade de aceitar as novas maneiras de se fazer publicidade.

Na opinião do executivo, "culturalmente, os latino-americanos são muito sociais e entendem como usar a tecnologia para seus próprios problemas, como para fazer negócios".

"Somos uma região com 650 milhões de pessoas e quase 400 milhões já estão conectadas. Então tem uma relevância bastante grande" para a indústria da publicidade digital, considerou.

Hohagen disse lamentar que as empresas latino-americanas não alinhem seus investimentos "com o volume de consumo que se tem hoje na internet", já que, segundo sua experiência, a quantidade de pessoas na região e sua adoção de novas ferramentas são uma boa "oportunidade" para investir na publicidade digital.

"É impossível pensar em estratégias sem pensar na migração da publicidade do mundo offline (a tradicional) para o mundo online. É verdade que as empresas têm muita dificuldade em manter seus investimentos em publicidade. Mas não podem parar", comentou, ao destacar que pelas mãos de Nobox, sua companhia com mais de 13 anos no mercado, viu que "há muito interesse" pelo tema.

Entre as inovações utilizadas pela indústria de publicidade, o brasileiro citou os chamados "bots, ou softwares que realizam tarefas específicas e, em certas ocasiões, podem substituir o trabalho humano na internet ".

Para Hohagen, os "bots" que várias empresas desenvolvem para conversar por chat com humanos podem ser o futuro do setor, sendo a primeira aplicação social da inteligência artificial.

Outros destaques apontados pelo executivo foram a importância do vídeo na publicidade digital e a capacidade do "live stream" (transmissões ao vivo), que como exemplo citou o vídeo de 360 graus já apresentado pelo Facebook e sua integração com a rede social, o que explica como "a relação entre as marcas, os produtos e as pessoas mudou radicalmente".

Diante dessa nova situação, Hohagen recomendou que "as empresas não só adotem o conceito digital", o que acredita já ter sido feito, mas invistam em agilizar a adesão às novas tecnologias.

Veja também

Bogotá - A América Latina só poderá superar os anos de "atraso" no setor da publicidade digital caso se dedique ao desenvolvimento de suas novas ferramentas, afirmou Alexandre Hohagen, ex-vice-presidente de Facebook e Google para a região.

"Assim como a Ásia, a América Latina está sempre atrás das tendências mundiais", considerou o brasileiro, agora CEO da agência Nobox, para quem a "América Latina é uma das regiões mais promissoras" por sua capacidade de adoção de produtos que já transitaram pelo tradicional caminho de desenvolvimento.

Um percurso no qual, de forma regular, as novas ferramentas "sempre saem dos Estados Unidos e, após provarem que têm boa aceitação no mercado americano, se expandem à Europa , da Europa à Ásia e, por último, à América Latina", explicou.

"Para mim, está claro que há uma oportunidade. O importante é superar a distância que existe hoje no mercado entre o que é implementado nos EUA e trazê-lo antecipadamente à América Latina. Acelerar o tempo entre o que vemos que está evoluindo nesses países mais avançados e trazê-lo antes à América Latina", analisou.

De acordo com Hohagen, a região não está mal preparada para a tarefa, pois houve avanços significativos na penetração da internet, na qualidade da mão de obra e, sobretudo, na capacidade de aceitar as novas maneiras de se fazer publicidade.

Na opinião do executivo, "culturalmente, os latino-americanos são muito sociais e entendem como usar a tecnologia para seus próprios problemas, como para fazer negócios".

"Somos uma região com 650 milhões de pessoas e quase 400 milhões já estão conectadas. Então tem uma relevância bastante grande" para a indústria da publicidade digital, considerou.

Hohagen disse lamentar que as empresas latino-americanas não alinhem seus investimentos "com o volume de consumo que se tem hoje na internet", já que, segundo sua experiência, a quantidade de pessoas na região e sua adoção de novas ferramentas são uma boa "oportunidade" para investir na publicidade digital.

"É impossível pensar em estratégias sem pensar na migração da publicidade do mundo offline (a tradicional) para o mundo online. É verdade que as empresas têm muita dificuldade em manter seus investimentos em publicidade. Mas não podem parar", comentou, ao destacar que pelas mãos de Nobox, sua companhia com mais de 13 anos no mercado, viu que "há muito interesse" pelo tema.

Entre as inovações utilizadas pela indústria de publicidade, o brasileiro citou os chamados "bots, ou softwares que realizam tarefas específicas e, em certas ocasiões, podem substituir o trabalho humano na internet ".

Para Hohagen, os "bots" que várias empresas desenvolvem para conversar por chat com humanos podem ser o futuro do setor, sendo a primeira aplicação social da inteligência artificial.

Outros destaques apontados pelo executivo foram a importância do vídeo na publicidade digital e a capacidade do "live stream" (transmissões ao vivo), que como exemplo citou o vídeo de 360 graus já apresentado pelo Facebook e sua integração com a rede social, o que explica como "a relação entre as marcas, os produtos e as pessoas mudou radicalmente".

Diante dessa nova situação, Hohagen recomendou que "as empresas não só adotem o conceito digital", o que acredita já ter sido feito, mas invistam em agilizar a adesão às novas tecnologias.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaEntrevistasInclusão digitalInternetPublicidade

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Marketing

Mais na Exame