Cerveja: bebidas da Ambev ficarão mais caras a partir desta sexta-feira, 1º de outubro. (Jon Hicks/Getty Images)
Agência O Globo
Publicado em 29 de setembro de 2021 às 14h53.
Última atualização em 30 de setembro de 2021 às 12h14.
A cerveja ficará mais cara. A Ambev, dona de marcas como Skol, Brahma, Antarctica, Bohemia e Stella Artois, aumentou o preço de seus produtos e já repassou o reajuste a lojistas e distribuidores. Para O Globo, a cervejaria confirmou que os ajustes vão variar "de acordo com as regiões, marca, canal de venda e embalagem".
Via assessoria de imprensa, a empresa afirmou que os novos valores serão praticados já em outubro, a partir de sexta-feira, e que faz, periodicamente, ajustes nos preços de seus produtos. Não deu, no entanto, nenhum outro detalhe.
"Há uma pressão dos custos muito grande, tanto para a Ambev, neste caso específico, quanto para os bares e restaurantes. O combustível, a energia, os insumos, entre outros, estão mais caros. Por isso, acredito que este reajuste chegará ao consumidor final imediatamente", disse Paulo Solmucci, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), que cita dado de São Paulo sobre o mercado: "Cerca de 37% dos bares e restaurantes do país estão tendo prejuízo. Em São Paulo, essa porcentagem é de 50%. Por isso, acredito que o aumento da cerveja em São Paulo será de até 10%. No Rio, acredito que esse reajuste será menor, em torno de 7%".
Via nota, a associação comentou que "todo aumento de custo dificulta ainda mais a vida do setor, sobretudo em um momento em que este está pressionado por aumento no custo de alimentos, luz, aluguel e, inclusive, o combustível, que afeta diretamente o delivery"
Assim, "é mais um custo que vai pesar para o setor, o que certamente não é positivo, e que é muito difícil não repassar custo".
Donos de bares e restaurantes receberam comunicado da Ambev sobre o reajuste nos últimos dias. E o texto, distribuído nacionalmente, diz que o reajuste vai seguir, "em linhas gerais, a variação da inflação, variação de custos, câmbio e carga tributária".
O comunicado é encerrado com "reforçamos o nosso compromisso com a competitividade de nossas marcas no mercado, visando sempre a boa performance do volume de vendas da indústria”.
Segundo a Abrasel, o aumento da cerveja em âmbito nacional, que deve vir alinhado com a inflação acumulada nos últimos 12 meses, deve girar em torno de 10%.
"Com a retomada da economia, a volta dos eventos e a proximidade do verão, as vendas de cerveja aumentarão. Já estão indo muito bem, cerca de 3% mais do que o segundo semestre de 2019", comentou Paulo.
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