Marketing

A vez dos advergames na internet

Mistura de games com publicidade, mercado movimentou mais de US$ 3 bilhões em 2011

Game Pepsi Invaders, criado pela Coca-Cola: a projeção é que os advergames movimentem mais de US$ 7,2 bilhões (Reprodução)

Game Pepsi Invaders, criado pela Coca-Cola: a projeção é que os advergames movimentem mais de US$ 7,2 bilhões (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2012 às 10h28.

São Paulo – Sucesso em redes sociais e dispositivos móveis, os jogos para internet conquistam cada vez mais espaço no Brasil. Com o crescimento de jogadores casuais, surge também games que permitem criar uma nova conexão entre consumidor e marca.

Em ampla ascensão no Brasil desde o início dos anos 2000, os advergames (união de advertisement, publicidade em inglês, e games) giram um nicho de mercado que movimentou mais de US$ 3 bilhões em 2011.

“No Brasil temos a proporção de 20 casual gamers para cada um hard core gamer. [Advergame] É um mercado que tem uma projeção para 2016 de capitalizar mais de US$ 7,2 bilhões”, afirma Mitikazu Lisboa, diretor da desenvolvedora de games Hive Digital.

Segundo Lisboa, em média cada game desenvolvido fica ativo durante três meses, mas pode durar mais tempo se a empresa mantiver um investimento no projeto. Atualmente, cada jogador passa em média 1,2 minuto em um advergame e visita o aplicativo 1,7 vez.

Os números, no entanto, não representam necessariamente um baixo aproveitamento da plataforma. De acordo com os especialistas, 5% das ações são eficientes, o restante da porcentagem fica a critério da qualidade do jogo.

“Quando o advergame é levado a sério e há uma estratégia bem desenhada, o resultado pode ser muito interessante. Por exemplo, a empresa pode atingir a milhões de usuários e causar mais impacto do que utilizar um banner na internet”, argumenta Túlio Soria, CEO da desenvolvedora de software Mother Gaia.

Novas mídias

Esta opção pelo game publicitário, no entanto, não é recente. Na década de 1980 empresas aderiram a esse formato com games desenvolvidos inclusive para consoles.


Foi o caso do Atari e do game Pepsi Invaders, um jogo exclusivo criado pela Coca-Cola em referência ao clássico Space Invaders e que fez bastante sucesso na época e marcou uma mudança no mercado de publicidade.

Porém, com o uso de novas tecnologias móveis e por conta da inclusão digital esse mercado ganhou um novo formato, com o Facebook sendo a plataforma mais utilizada pelas empresas para divulgar sua marca por meio de games.

A concepção de um advergame é bastante complexa e exige conhecimento do público que será atingido. Embora seu visual lembre alguns jogos casuais existentes em redes sociais, os jogos publicitários seguem outra lógica.

“A Zynga, por exemplo, passa meses criando um game e investe milhares de dólares nele. Por consequência o game fica mais complexo do que um advergame, com fases, níveis e seguindo uma narrativa. Por isso também tem mais usuários e que ficam mais tempo conectados”, explica Soria.

Desenvolvimento

Antes de fechar o negócio a empresa precisa definir o formato do jogo e a plataforma que irá utilizar – redes sociais, intranet, smartphones. Em média o advergame é desenvolvido em dois meses e a partir de 25 mil reais já é possível desenvolver um game simples e que passe a mensagem sobre a marca ou serviço.

“Hoje a grande maioria dos usuários de advergames são mulheres de 25 a 30 anos e adolescentes. Não existe um produto que não possa se adequar, basta ter uma estratégia bem definida”, aponta Lisboa.

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