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10 megaforças que afetarão os negócios até 2030

Estudo da KPMG aponta que elementos como mudanças climáticas, escassez de recurso e crescimento populacional influenciarão diretamente a operação das companhias

A primeira megaforça indicada pelo levantamento são as mudanças climáticas (NASA)

A primeira megaforça indicada pelo levantamento são as mudanças climáticas (NASA)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2012 às 15h26.

Rio de Janeiro - Um estudo da KPMG aponta as 10 “megaforças” relacionadas à sustentabilidade e à responsabilidade social que afetarão os negócios das empresas nas próximas duas décadas.

De acordo com a pesquisa “Expect the Unexpected: Building Businesses in a Changing World”, os governos sozinhos não serão capazes de dar conta das mudanças que o planeta enfrentará e o papel das companhias será fundamental neste processo.

A primeira megaforça indicada pelo levantamento são as mudanças climáticas. Segundo estimativas da KPMG, este fenômeno gera perda de 1% ao ano para os negócios das empresas e a previsão é que, se não forem tomadas as medidas adequadas, esse valor possa chegar a 5%.

A questão energética e dos combustíveis aparece em segundo lugar, devido ao aumento da demanda global, sobretudo nos países em desenvolvimento. Estes fatores podem gerar mudanças no padrão mundial de consumo e provocar o encarecimento dos combustíveis, além de intensificar medidas regulatórias.

Em seguida aparece a escassez dos recursos materiais, resultado também da industrialização veloz dos países em desenvolvimento. Os líderes empresariais devem enfrentar restrições comerciais, aumento da competição global pelos recursos. Por outro lado, esse fator pode estimular a pesquisa e a produção de materiais alternativos.

Recursos escassos aumentam os desafios

A redução da oferta de água é outro elemento presente no relatório. De acordo com a pesquisa, até 2030, a demanda pelo recurso excederá em 40% as provisões presentes. A falta de água pode tornar as empresas mais frágeis, devido à volatilidade do preço, aos riscos relacionados à reputação e à queda da qualidade da água.


O crescimento populacional deve ser mais uma preocupação na agenda das companhias. Em 2032, a expectativa é que a população mundial alcance o total de 8,4 milhões de habitantes, intensificando a disputa por recursos. O aumento do número de pessoas no planeta pode afetar a agricultura, mas também é uma oportunidade para a expandir o comércio, gerar empregos e estimular a inovação.

O estudo aponta ainda uma alta de 172% no número de indivíduos pertencentes à classe média, entre 2010 e 2030. O desafio para as companhias é atender a este mercado em um período de redução das fontes e reservas de recursos disponíveis. A urbanização também está entre as megaforças que afetarão os negócios das empresas nos próximos anos. É preciso ater para as melhorias das cidades, que exigirão mais infraestrutura, sobretudo em relação à construção civil, saúde, conectividade à internet e telefonia.

A segurança alimentar é um dos desafios intimamente ligados ao sistema global de alimentos. Os preço mundiais deverão sofrer uma flutuação entre 70% e 90% até 2030, segundo previsão da KPMG, influenciado pela escassez de água. É preciso intervir para evitar a expansão da subnutrição da população mundial, que do final dos anos 1990 a 2009, aumentou de 842 milhões para 1 bilhão.

Já o declínio do ecossistema global é um dos problemas que mais afeta a reputação das corporações. A deterioração do meio ambiente influenciará no aumento dos preços dos alimentos, medicamentos, além de afetar o setor do turismo.

Ao lado deste fator, está o desmatamento, que poderá colaborar para o encarecimento dos produtos derivados das florestas. Segundo a expectativa da KPMG, as áreas florestais diminuirão 13% até 2030, principalmente no sul da Ásia e da África, caso não seja tomada nenhuma medida preventiva.

O problema, entretanto, pode incentivar oportunidades de negócios como o desenvolvimento de mecanismo de mercado para reduzir o desmatamento.

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