Diversificar os investimentos ajuda a proteger seu patrimônio e potencializar os ganhos (Frank Ramspott/Getty Images)
EXAME Solutions
Publicado em 24 de maio de 2024 às 16h00.
Última atualização em 20 de junho de 2024 às 11h13.
Investir, seja em fundos de renda fixa, variável, moeda estrangeira ou ações, é o caminho escolhido por muitas pessoas que querem aumentar seu patrimônio. Para construir essa riqueza, no entanto, é recomendado diversificar os investimentos. A diversificação é importante para ajudar os investidores a alcançar o equilíbrio adequado entre crescimento e risco.
A diversificação é alcançada por meio da alocação de seus investimentos entre vários tipos de ativos, como ações na bolsa de valores, fundos de renda fixa, fundos de renda variável, títulos públicos, dólar etc.
Podemos adicionar, ainda, a diversificação geográfica, o que significa investir não somente em ativos domésticos (no Brasil), mas também no exterior.
A diversificação faz jus àquela antiga frase: não coloque todos os ovos em uma cesta só. Afinal, se a cesta cair, você ficará sem ovos. Com os investimentos, a lógica é a mesma.
A partir do momento que você tem seus investimentos alocados em diferentes ativos consegue proteger seu patrimônio em relação a diferentes indicadores, como inflação, dólar e taxa de juros.
Agora, determinar qual é a mistura de ativos ideal para o seu portfólio é algo muito pessoal, pois vai depender do seu apetite por risco e do seu momento de vida. É por isso que quando você começa a investir é importante fazer uma avaliação para entender qual é o seu perfil de investidor. Normalmente é um teste rápido, feito de forma on-line.
Com base nesse perfil é possível entender a alocação de ativos que funciona melhor para você no seu atual momento de vida.
Se você considera diversificar o seu portfólio de investimentos, veja algumas opções.
Ações e fundos de investimento podem se comportar de maneira diferente sob circunstâncias de mercado e econômicas semelhantes. E isso também vale entre os fundos – que podem ser atrelados a indicadores diferentes, como inflação, CDI ou taxa de juros – e entre as ações de empresas negociadas em bolsa de valores. O mesmo cenário macroeconômico pode interferir de maneira distinta na ação de uma empresa do setor de petróleo e em um papel de uma companhia de saúde, por exemplo.
Sendo assim, é possível diversificar os investimentos dentro de uma só categoria de ativos, como fundos ou ações, e também entre categorias.
Ao determinar a alocação de ativos certa para o seu portfólio você precisará considerar o potencial de risco e retorno geral. Além disso, é interessante observar como diferentes classes de ativos se correlacionam entre si.
Essas são tarefas que você pode fazer sozinho, se tiver o conhecimento, ou pode contratar os serviços de um consultor financeiro.
A diversificação do portfólio de investimentos também pode ser feita ao investir parte de seu patrimônio fora do Brasil. Hoje é bastante simples investir no exterior.
Algumas opções são comprar ações de empresas na bolsa americana; investir em ETFs - sigla para Exchange Traded Fund -, que são fundos negociados na bolsa de valores; e investir no mercado imobiliário americano por meio dos REITs, sigla para Real Estate Investment Trust.
Investir no exterior é uma forma de dolarizar o patrimônio e minimizar o risco da carteira de investimentos.
Para começar a investir no exterior, o investidor brasileiro precisa abrir uma conta em uma corretora de valores que atua globalmente. É essa empresa que vai enviar o dinheiro para o exterior, convertendo-o de reais para dólares.
Por meio dessa conta global o investidor tem acesso a diferentes tipos de investimentos. Muito simples.
Especialmente para aqueles que investem em ações, os setores das empresas escolhidas podem ter um impacto importante na carteira de investimentos. Os fatores que podem influenciar o desempenho de uma ação no setor de tecnologia podem impactar de forma muito diferente as ações de empresas do setor de energia. Então, vale diversificar os setores quando você escolhe investir em ações.
Não há uma resposta única para essa pergunta, pois é preciso entender o seu momento de vida e a sua necessidade de liquidez, seu objetivo com os investimentos e sua disposição a correr riscos.
Então, com base no nível de risco com o qual você se sente confortável e no horizonte de tempo de seus investimentos, você pode querer incluir alguns investimentos em ações, títulos públicos e fundos de renda fixa, além de avaliar investir no exterior e dolarizar parte do seu patrimônio.
O importante é ter em mente que a carteira deve ser diversificada, tanto para minimizar a exposição a riscos quanto para maximizar os ganhos.
Estabeleça objetivos claros: Determine o que deseja alcançar com seus investimentos, levando em consideração seus planos de curto, médio e longo prazo. Pode ser uma viagem no final do ano, pagar a faculdade de um filho, a compra da casa própria ou uma aposentadoria tranquila... Essas metas são fundamentais para orientar suas decisões.
Avalie seu perfil de investidor: Entenda o quão avesso ao risco você é. Plataformas de investimentos oferecem testes simples para ajudá-lo a definir seu perfil.
Explore os principais ativos: Familiarize-se com diversos tipos de investimentos, renda fixa, renda variável, ações, no Brasil e no exterior, e analise as recomendações de acordo com seu perfil de investidor.
Selecione os produtos de investimento: Escolha os produtos que melhor se adequam às suas necessidades, considerando a diversificação entre ativos com diferentes prazos e níveis de liquidez.
Equilibre sua carteira: Distribua seus recursos de forma equilibrada entre diferentes tipos de ativos, respeitando seu perfil de investidor. Evite concentrar todos os seus investimentos em uma única opção, pois diversificar é essencial para construir uma carteira saudável e equilibrada.