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Volume de crédito sobe 2,3% em maio e soma R$ 436,1 bi

Contratos com recursos livres foram os principais responsáveis para o aumento das operações. Inadimplência e spread registram queda

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

O volume de crédito do sistema financeiro atingiu, em maio, 436,1 bilhões de reais. A cifra é 2,3% superior ao montante de abril. Segundo o Banco Central (BC), o desempenho foi estimulado pela carteira de crédito com recursos livres - aquela em que os juros e prazos são livremente negociados entre as instituições financeiras e os tomadores.

O saldo total de crédito com recursos livres cresceu 3,6% no mês passado, em relação a abril, e somou 248,4 bilhões de reais. As operações com pessoas jurídicas subiram 4,3%, para 150 bilhões. O destaque ficou com os empréstimos referenciados em moeda estrangeira, que aumentaram 7,6% e alcançaram 57,5 bilhões de reais em maio. Já as concessões com recursos externos subiram 5%, para 11,8 bilhões de reais.

Os recursos livres destinados a pessoas físicas avançaram 2,5% em maio sobre abril e representaram 98,3 bilhões de reais. Dentro desta categoria, o BC chamou a atenção para o aumento dos empréstimos consignados com desconto em folha de pagamento. Esse tipo de operação contribuiu para que a carteira de crédito pessoal crescesse 3,9% no mês passado.

Juros médios

A ampliação das operações com desconto em folha de pagamento foi a principal responsável pela queda da taxa média de juros do crédito com recursos livres. Em maio, a taxa média das operações recuou 0,5 ponto percentual, situando-se em 44,2% ao ano. Os contratos com pessoas físicas ficaram 0,9 ponto percentual mais baratos e encerraram o último mês em 62,4% ao ano. Os empréstimos em folha contribuíram para reduzir em 2,6 ponto percentual a taxa do crédito pessoal.

Já para as empresas, o patamar médio de juros permaneceu praticamente estável em 30% ao ano. Segundo o BC, a manutenção das taxas médias refletiu o aumento de 1,9 ponto percentual nos encargos de operações pós-fixadas baseadas no câmbio, devido à volatilidade do real. Esse reajuste foi compensado pela redução de 0,4 ponto percentual nas taxas de contratos com juros prefixados e de 0,5 ponto nos contratos com juros flutuantes.

O spread bancário para crédito com recursos livres ficou em 27,2 pontos percentuais em maio, um decréscimo de 1,8 ponto. Para as empresas, o spread caiu 0,8 ponto e para as pessoas físicas, 2,7 pontos.

O BC também informou que a inadimplência foi menor no mês passado na carteira de recursos livres. Os atrasos superiores a 15 dias baixaram 0,4 ponto percentual, situando-se em 7,4%. Trata-se do menor valor desde setembro de 2001. As empresas foram as mais pontuais no pagamento de suas parcelas. O índice de inadimplência situou-se em 3,5%, uma queda de 0,5 ponto percentual. Para as pessoas físicas, os atrasos envolveram 13% dos contratos, 0,4 ponto menor que em abril.

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