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Tesouro Direto fica mais barato e passa a render mais hoje

Taxa de negociação cobrada a cada compra de títulos pela internet foi extinta e rentabilidade fica mais alta; veja a diferença


	Uma taxa aparentemente tão baixa faz diferença no bolso do investidor
 (Sergio Moraes/Reuters)

Uma taxa aparentemente tão baixa faz diferença no bolso do investidor (Sergio Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2013 às 05h36.

São Paulo – A partir desta quarta-feira, a negociação de títulos públicos via Tesouro Direto não sofrerá mais a cobrança da taxa de negociação de 0,1%. A taxa era cobrada pela BM&FBovespa uma única vez a cada compra de títulos por quem investe nos papéis do governo por meio da plataforma online de negociação do Tesouro Nacional. Isso significa que aplicar em títulos do governo ficará ainda mais barato, o que aumentará a rentabilidade e deixará a aplicação ainda mais vantajosa em relação à poupança.

Agora, a única taxa obrigatória é a taxa de custódia de 0,3% ao ano, cobrada pela Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). A corretora por meio da qual o investidor operar pode eventualmente cobrar uma taxa de administração. Atualmente essas taxas variam de 0,05% ao ano a 2,00% ao ano, mas já existem corretoras que não fazem essa cobrança. Veja quanto cobra cada corretora habilitada a operar o Tesouro Direto.

A mudança vale para a negociação de qualquer título do Tesouro. A seguir, EXAME.com fez uma simulação de um único aporte de 10.000 reais em Letras Financeiras do Tesouro (LFT), o mais conservador dos títulos públicos, que é remunerado segundo a variação da taxa básica de juros, a Selic. Compare a rentabilidade entre o que era, o que passou a ser e a caderneta de poupança na tabela a seguir. Foi considerada a Selic atual de 7,25% ao ano, uma corretora que não cobre taxa de administração, e a rentabilidade líquida para todo período de investimento:

Prazo Alíquota de IR para o Tesouro Direto Tesouro Direto com a taxa (%) Tesouro Direto com a taxa (R$) Tesouro Direto sem a taxa (%)* Tesouro Direto sem a taxa (R$)* Poupança (%)** Poupança (R$)**
6 meses 22,5% 2,56% 256,31 2,64% 264,06 2,48% 248,22
12 meses 20,0% 5,46% 546,44 5,54% 554,44 5,03% 502,60
24 meses 17,5% 11,75% 1.174,92 11,83% 1.183,17 10,30% 1.030,45
25 meses 15,0% 12,65% 1.264,95 12,73% 1.273,45 10,76% 1.075,62

(*) A partir de 02/01/2013.
(**) A caderneta de poupança é isenta de IR

A novidade vai beneficiar principalmente quem costuma aplicar no Tesouro Direto periodicamente. Uma aplicação em LFT, por exemplo, é similar à caderneta de poupança em segurança e liquidez. A taxa de negociação era cobrada a cada aporte, mas agora o investidor poderá comprar títulos todo mês sem preocupação com esse custo, independentemente de reinvestir ou não os rendimentos.


Para quem deseja fazer isso já existem, aliás, a compra e a venda programada de títulos, bem como o reinvestimento automático dos rendimentos, funcionalidades implantadas no Tesouro Direto em 2012. Veja a lista de corretoras que oferecem a modalidade de compra programada.

O Tesouro Direto é uma plataforma online de negociação de títulos públicos diretamente pelo pequeno investidor. Para isso, é preciso que ele opere por meio de uma corretora. A aplicação mínima é de 30 reais ou 10% do valor de um título. Assim, se o título custa 300 reais, é possível aplicar o mínimo de 30 reais; mas se o título mais barato custar, por exemplo, 700 reais, então será necessário aplicar um valor mínimo de 70 reais. Para compras programadas, é possível comprar, no mínimo, 1% do valor do título, desde que respeitada a quantia de 30 reais.

Já o aporte máximo em um único mês é de 1.000.000 de reais, mesmo que a compra tenha sido agendada. Não existe limite de valor em carteira para um único investidor pessoa física.

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