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Tesouro Direto bate recorde com 1,9 mi de investidores

Além do número de cadastrados, o estoque do programa fechou janeiro com R$ 47,2 bilhões, aumento de 13% em relação a janeiro de 2017

Tesouro: o número de investidores ativos chegou a 542 mil, uma variação de 35,1% nos últimos 12 meses (feedough/Thinkstock)

Tesouro: o número de investidores ativos chegou a 542 mil, uma variação de 35,1% nos últimos 12 meses (feedough/Thinkstock)

AB

Agência Brasil

Publicado em 26 de fevereiro de 2018 às 12h45.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2018 às 13h52.

O Tesouro Direto tem recorde de novos participantes: foram 82.568 investidores que passaram a fazer parte do programa em janeiro deste ano, de acordo com balanço divulgado hoje (26), em Brasília, pelo Tesouro Nacional. Com isso, o Tesouro Direto atingiu 1,9 milhão de investidores cadastrados, um aumento de 60% nos últimos 12 meses.

O número de investidores ativos chegou a 542 mil, uma variação de 35,1% nos últimos 12 meses. A maior parte das operações do programa é de até R$ 5 mil e elas responderam por 79% do total do Tesouro Direto, revelando uma grande presença de pequenos investidores.

O Tesouro Direto é um programa do Tesouro Nacional - desenvolvido em parceria com a Bolsa de Mercadorias e Futuros e Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) - BM&F Bovespa - para a venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, por meio da internet. Ele foi criado em 2002 para democratizar o acesso aos títulos públicos, permitindo aplicações com apenas R$ 30.

Estoque cresce 13% em janeiro

O estoque do programa fechou janeiro com R$ 47,2 bilhões, aumento de 13% em relação a janeiro de 2017. Títulos indexados à inflação representaram mais de 60% do estoque.

Já o Tesouro Selic, indexado à taxa de juros básica da economia, concentrou os títulos mais demandados no mês passado: 41,2%.

Apesar do aumento no número de investidores, o Tesouro registra, desde agosto, emissão líquida negativa, ou seja, no período, foram feitos mais resgates do que emissões.

Números do programa

Em janeiro, esse resultado foi de R$ 1,668 bilhão negativo, decorrente de R$ 1,8 bilhão de vendas de títulos e R$ 3,4 bilhões de resgates. Em dezembro de 2017, esse resultado havia sido de R$ 42 milhões negativos. Em janeiro de 2017, R$ 268 milhões positivos, com mais vendas que resgates.

De acordo com o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Leandro Secunho, o resultado se deve em parte ao grande número de vencimentos no mês, cujo valor chegou a R$ 2 bilhões.

Além disso, há a possibilidade de investidores buscarem outros tipos de investimento. "Difícil fazer relação de um motivo ou outro", diz.

Ele ressalta que o programa tem mais caráter de educação financeira e nem tanto de financiamento da dívida pública, embora seja usado também para esse fim. Questionado sobre o impacto na dívida, ele diz que o resultado "não apresenta risco, nem alteração de estratégia".

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