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Selic sobe para 10,5%; veja como ficam poupança e renda fixa

Elevação deixa aplicações atreladas à Selic mais vantajosas; confira as rentabilidades dos CDBs, fundos DI, Tesouro Direto e da poupança em diferentes prazos


	Escada: Com a Selic aos 10,5%, a LFT, título do Tesouro Direto, rende mais do que a poupança em qualquer prazo
 (Stock.xchng)

Escada: Com a Selic aos 10,5%, a LFT, título do Tesouro Direto, rende mais do que a poupança em qualquer prazo (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2014 às 19h39.

São Paulo – O Banco Central elevou, nesta quarta-feira (15), a taxa básica de juros (Selic) de 10,00% para 10,50% ao ano, favorecendo ainda mais as aplicações de renda fixa atreladas a ela, como os CDBs pós-fixados, os fundos DI e as Letras Financeiras do Tesouro (LFT), títulos negociados via Tesouro Direto.

O rendimento da poupança, no entanto, não foi alterado pela alta da Selic, já que quando a taxa é maior ou igual a 8,50% ao ano, a poupança paga sempre 0,50% ao mês mais Taxa Referencial (TR), a mesma remuneração atribuída aos depósitos feitos até 4 de maio de 2012, que seguem a regra antiga.

Apesar da alta de 0,50 ponto percentual, analistas consultados pela pesquisa Focus do Banco Central projetavam uma elevação de apenas 0,25 ponto percentual da Selic nesta primeira reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) do ano. 

Veja as rentabilidades das aplicações de renda fixa pós-fixadas (atreladas à Selic) com a Selic aos 10,50%:

Período Velha Poupança* Nova Poupança* CDB 90% do CDI Fundo DI com taxa de 1,0% a.a. Tesouro Direto
6 meses 3,22% 3,22% 3,56% 3,58% 3,85%
12 meses 6,55% 6,55% 7,53% 7,60% 8,14%
18 meses 9,98% 9,98% 11,91% 12,08% 12,90%
24 meses 13,53% 13,53% 16,25% 16,57% 17,64%
25 meses 14,13% 14,13% 17,51% 17,87% 19,01%

(*) Foi considerada uma TR de 0,03% ao mês, que é a TR média dos últimos 30 dias, segundo cálculo feito na ferramenta Calculadora do Cidadão do Banco Central. Mesmo assim, como a TR varia diariamente, ela pode ser diferente para cada poupador, pois vale a TR da data de aniversário da poupança.

(**) Foi considerado o investimento por meio de corretoras que não cobram taxa de administração para aplicações no Tesouro Direto.

As rentabilidades estão líquidas de Imposto de Renda (IR), que é cobrado em todas as aplicações de renda fixa mostradas na tabela, à exceção da poupança. Foi considerada uma taxa de CDI equivalente à taxa Selic, uma vez que as duas taxas costumam ficar próximas.

As simulações mostram que, mesmo em um prazo de até seis meses, quando a alíquota de IR é a mais alta (22,50%), todas as aplicações relacionadas na tabela têm rendimento superior ao da poupança.

Isso ocorre porque, enquanto o rendimento da poupança não muda depois que a Selic atinge os 8,50% ao ano, as outras aplicações acompanham as variações da taxa em qualquer patamar que ela estiver. 


Para serem mais rentáveis que a poupança em qualquer prazo, os CDBs devem pagar pelo menos 82% do CDI. Se os bancos oferecerem remunerações menores do que essa já compensa mais investir na caderneta.

Já os fundos DI só deixam de ser mais vantajosos do que a poupança se tiverem taxa de administração igual ou superior a 1,90% ao ano. Isso considerando um fundo que renda 100% do CDI.

E para que as LFTs sejam mais vantajosas do que a poupança em qualquer prazo, a taxa de administração não pode ser maior que 1,50% ao ano. Algumas corretoras, inclusive, chegam a isentar o investidor dessa taxa (veja o ranking das taxas cobradas por cada corretora). 

Já se o investimento for feito em um período maior do que um ano, quando o IR vai para 17,50%, mesmo com uma taxa de até 2,00% ao ano - taxa máxima cobrada pelas corretoras para negociação via Tesouro Direto - a LFT vai superar a poupança.

Vale lembrar que o Tesouro Direto já tem um custo fixo, a taxa de custódia de 0,30% ao ano, que é cobrada pela Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). Atualmente, nenhuma corretora cobra mais que 2,00% ao ano de taxa de administração pelo Tesouro Direto.

Veja no vídeo a seguir por que as LFTs são os títulos do Tesouro Nacional mais indicados para quem é conservador. 

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