São Paulo - A taxa básica de juros (Selic) subiu 0,50 ponto porcentual, para 13,75%, conforme anunciou nesta quarta-feira (3) o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
A alta dos juros deixa as aplicações na poupança menos atrativas se comparadas a outros investimentos de renda fixa, também considerados seguros (veja os melhores investimentos para quem não quer correr riscos).
Os rendimentos de CDBs com taxas pós-fixadas, fundos DI e Tesouro Selic (LFTs), negociado no programa de compra e venda de títulos públicos Tesouro Direto, aumentam conforme a Selic é elevada.
Já a caderneta deixou de acompanhar os juros quando a Selic passou dos 8,5% ao ano. Quando a taxa é maior do que 8,5%, o rendimento da caderneta é fixado em 0,5% ao mês mais o valor da Taxa Referencial (TR).
Quando a Selic é menor ou igual a 8,5%, depósitos na poupança realizados a partir do dia 4 de maio de 2012 rendem 70% da taxa básica de juros mais o valor da TR. Depósitos feitos antes dessa data rendem 0,5% ao mês mais o valor da TR.
A alta de 0,50 ponto porcentual da taxa básica de juros já era esperada por instituições financeiras e analistas que participaram da pesquisa Focus do Banco Central.
Veja a seguir a rentabilidade das aplicações de renda fixa que acompanham as variações da taxa básica de juros com a Selic a 13,75%:
(*) Foi considerado o valor de 0,06% ao mês para a TR, segundo parâmetros adotados pela Anefac
(**) Rendimentos válidos para investimentos em corretoras que não cobram taxas de administração para aplicações no Tesouro Direto.
Os valores apresentados na simulação já são líquidos de Imposto de Renda (IR), cobrado em todas as aplicações, exceto a poupança, que é isenta do imposto.
A simulação mostra que as rentabilidades de CDBs, fundos DI e LFTs são maiores do que a registrada pela caderneta mesmo no caso de aplicações com prazo de até seis meses.
Nesse período de investimento é cobrada a alíquota máxima do Imposto de Renda (IR) sobre as aplicações, de 22,5%. Quanto maior o tempo da aplicação, menor é a alíquota do IR cobrada, o que aumenta ainda mais a atratividade desses investimentos em comparação à caderneta.
De acordo com a tabela regressiva do IR, o valor de aplicações a partir de seis meses e inferiores a 12 meses é tributado em 20%. Se o investimento tiver prazo maior do que 12 meses e menor do que 24 meses, a alíquota cai para 17,5%. Já aplicações acima de 24 meses são tributadas em 15%.
A simulação considera o mesmo valor para a taxa DI e a Selic, que costumam ter comportamento semelhante. No entanto, existe uma pequena variação entre as duas taxas, que servem como referência para o rendimento das aplicações de renda fixa. Nos últimos 12 meses, por exemplo, a taxa DI rendeu 11,59% e a Selic 11,66%.
Ou seja, os rendimentos de aplicações em CDBs e fundos DI, que acompanham a taxa DI, podem ser um pouco menores do que os apontados na tabela que utiliza como parâmetro a taxa Selic, principalmente no caso de investimentos em prazos maiores.
Já a rentabilidade das LFTs é a mesma apontada na simulação, pois sua remuneração é igual à variação da Selic.
Quando os rendimentos das aplicações são maiores do que o da caderneta
Para ser mais rentável do que a poupança, independentemente do prazo de investimento, os CDBs oferecidos pelos bancos devem pagar, ao menos, 68% da taxa DI.
Caso a instituição financeira ofereça uma remuneração menor pela aplicação, pode valer mais a pena deixar o dinheiro aplicado na poupança (calcule o rendimento da caderneta).
Fundos DI que tenham rendimento de 100% do CDI são mais vantajosos do que a poupança caso as taxas de administração cobradas não passem de 4,2% ao ano.
As LFTs são mais rentáveis do que a poupança se o valor da taxa de administração cobrado pela instituição financeira for de até 4,1% ao ano.
O porcentual máximo cobrado na compra de títulos pelo Tesouro Direto atualmente é de 2%. Mas a maioria das corretoras cobra até 0,5% pelo encargo e algumas até isentam investidores da taxa (veja o ranking das taxas cobradas para a compra e venda de títulos).
Além disso, vale lembrar que o investidor paga uma taxa fixa de 0,3% ao ano para custódia dos títulos na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC).
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1. Leitura recomendada
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1/12 (Freeimages.com)
São Paulo -
Livros são boas fontes de informação para quem deseja conhecer melhor o universo das finanças, principalmente em momentos de incertezas sobre a economia. Os dez títulos selecionados por EXAME foram lançados recentemente, entre o final de 2013 e ao longo do ano passado. Mas quem quiser se aprofundar ainda mais também pode conferir a lista de alguns livros mais antigos,
considerados essenciais para quem quer começar a investir. As sugestões servem tanto para quem quer se livrar de
dívidas e organizar melhor o
orçamento doméstico, como para quem pretende iniciar novos
investimentos ou aprimorar seus conhecimentos sobre as
aplicações financeiras. As publicações também mostram tendências que têm impacto sobre as aplicações e explicam conceitos econômicos e termos utilizados no
mercado financeiro. Confira as sugestões a seguir e tenha uma boa leitura.
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2. "Adeus Aposentadoria"
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2/12 (Divulgação/Editora Sextante)
Autor: Gustavo Cerbasi Editora: Sextante Para Gustavo Cerbasi, consultor financeiro e autor do livro
"Casais inteligentes enriquecem juntos", o conceito de
aposentadoria está mudando. O aumento da expectativa de vida dos brasileiros e a redução
dos benefícios previdenciários pagos pelo governo restringem a renda na fase mais avançada na vida e, portanto, tornam ainda mais importante a preocupação com os investimentos para conquistar a tranquilidade financeira nesse período. O autor explica como é possível se preparar para obter renda suficiente para a aposentadoria e quais são as melhores opções de aplicações financeiras para o longo prazo.
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3. "Em Busca do Tesouro Direto"
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3/12 (Divulgação/Editora Campus Elsevier)
Autores: Samy Dana e Miguel Longuini Editora: Saraiva
O livro explica como funciona o investimento nos títulos do Tesouro Nacional e quais são as diferenças entre as opções disponíveis no Tesouro Direto, plataforma de compra e venda dos títulos.
Criado em 2002, o Tesouro Direto vendeu mais de 14 bilhões de reais em títulos no ano passado. A aplicação de baixo risco é uma boa opção para investidores que buscam retornos maiores do que a poupança e não gostam de correr muito risco.
O livro mostra o funcionamento dos títulos nos mínimos detalhes e utiliza conceitos de matemática financeira para explicar as formas de remuneração dos títulos.
É uma leitura essencial para quem pretende investir nos títulos públicos por conta própria, sem depender do auxílio de consultores financeiros.
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4. "Finanças pessoais: o que fazer com o meu dinheiro"
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4/12 (Divulgação/Editora Trevisan)
Autora: Marcia Dessen Editora: Trevisan Marcia Dessen, autora de artigos e livros de finanças pessoais e diretora do Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF), explica nesse guia como planejar o uso do dinheiro, investir, encarar dívidas e ter tranquilidade financeira no futuro.
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5. “Tudo ou Nada. Eike Batista e a verdadeira história do Grupo X”
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5/12 (Divulgação/Editora Record)
Autora: Malu Gaspar
Editora: Record
A trajetória do ex-bilionário Eike Batista, protagonista do maior escândalo financeiro do Brasil no ano passado, é contada pela jornalista Malu Gaspar, que tem passagens pela Revista Exame e pelo jornal Folha de S.Paulo e é editora da revista Veja. Malu cobriu a ascensão e decadência do grupo "X" nos últimos oito anos e explica como o empresário convenceu investidores e utilizou a bolsa de valores para levantar bilhões de reais. A autora também busca comprovar, com base em documentos, que o empresário sabia que estava divulgando informações fantasiosas a investidores quando suas empresas começaram a dar prejuízo. Eike é investigado por crimes contra o mercado financeiro e levou pequenos investidores a perderem dinheiro com ações de suas empresas. O livro serve como alerta para quem aplica na Bolsa, ou pretende começar a investir em ações.
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6. “Flash boys: Revolta em Wall Street”
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6/12 (Divulgação/Editora Intrínseca)
Autor: Michael Lewis
Editora: Intrínseca
O jornalista americano Michael Lewis conta nesse livro a trajetória do canadense Brad Katsuyama, que chegou à conclusão de que computadores podem competir com
grandes investidores nos investimentos em bolsa. Katsuyama começou a trabalhar como funcionário de uma corretora em Wall Street a partir de 2008, aos 29 anos, e, desde então, estuda como o uso de softwares e computadores potentes está mudando o modo de investir em
ações no mundo. A tecnologia já permite emitir ordens de compra e venda de papéis em milésimos de segundos. Dessa forma, é possível ampliar ganhos na bolsa com pequenas e rápidas distorções de preços. Essas operações, chamadas de trades de alta frequência, já sofreram restrições de órgãos reguladores em alguns países, que temem que as transações aumentem a especulação no mercado acionário, o que pode ter impacto negativo para quem investe na bolsa.
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7. “How to speak money “
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7/12 (Divulgação/Faber & Faber)
Autor: John Lanchester Editora: Faber & Faber Os termos e conceitos usados no mercado financeiro parecem muito complicados? O escritor inglês, autor do best seller sobre a crise econômica de 2008 "I.O.U", busca traduzir nesse livro os principais jargões utilizados por bancos, corretoras e gestoras de investimentos. Com uma linguagem leve para manter a atenção do leitor, ele explica desde conceitos mais simples, que podem fazer parte de um financiamento ou contrato de cartão de crédito, até termos mais sofisticados, que se tornaram mais conhecidos durante a crise. O objetivo do autor é fazer com que clientes de bancos e investidores se sintam menos intimidados por esses conceitos e possam questionar e entender melhor o que está previsto em contratos de serviços financeiros e investimentos. A versão digital em inglês do livro pode ser adquirida em sites que atuam no Brasil.
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8. “Risk Savvy: How to Make Good Decisions”
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8/12 (Divulgação/Viking Adult)
Autor: Gerd Gigerenzer Editora: Viking Adult Psicólogo alemão especialista em risco, o autor demonstra como tomar boas decisões no mercado financeiro e com relação a diversos assuntos, como saúde e relacionamentos. Para isso, recomenda regras simples que podem diminuir a necessidade de uma grande quantidade de informação ao mesmo tempo em que evitam riscos. A versão em inglês do livro, tanto impressa como digital, pode ser
comprada pela internet.
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9. “Investir em Imóveis. Entenda os segredos práticos desse mercado”
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9/12 (Divulgação/Editora Évora)
Autores: Gilberto Benevides e Wang Chi Hsin Editora: Évora Os autores, um engenheiro civil e um arquiteto, listam no livro cuidados que devem ser tomados por quem pretende comprar um
imóvel para morar ou investir. O livro também busca responder dúvidas sobre qual o melhor tipo de imóvel, como se relacionar com corretores e como escolher a unidade mais adequada.
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10. “Macroeconomia para executivos”
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10/12 (Divulgação/Editora Campus Elsevier)
Autores: Fabio Giambiagi e Cristiane Schmidt
Editora: Campus Elsevier Entender conceitos macroeconômicos, como inflação e juros, auxilia na análise
sobre onde investir. Além de traduzir o “economês” de cada termo, os autores demonstram como os indicadores de atividade econômica têm impacto no cotidiano. Para isso, utilizam linguagem simples e didática, além de exemplos concretos.
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11. “Microeconomics: A Very Short Introduction”
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11/12 (Divulgação/Oxford University)
Autor: Avinash Dixit Editora: Oxford University O professor de economia da universidade americana de Princeton explica no livro como entender conceitos microeconômicos, que têm impactos no cotidiano e devem ser monitorados por quem precisa tomar decisões financeiras. Para o autor, entender essa esfera da ciência econômica, que estuda o comportamento de indivíduos e empresas com relação a investimentos e ao consumo de produtos e serviços, é tão importante quanto analisar dados macroeconômicos, como o crescimento do país. A versão digital em inglês do livro pode ser
comprada pela internet.
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12. Agora veja 8 conselhos de grandes investidores para enriquecer
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12/12 (Rick Wilking/Reuters)