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Selic sobe a 12,25%. Veja como ficam poupança e renda fixa

Nem a isenção de Imposto de Renda torna o rendimento da poupança mais atrativo do que o de outras aplicações financeiras de baixo risco


	Segurança: Isenção de IR não é suficiente para tornar o rendimento da poupança mais atrativo do que o oferecido por outras aplicações seguras
 (weerapatkiatdumrong/ThinkStock)

Segurança: Isenção de IR não é suficiente para tornar o rendimento da poupança mais atrativo do que o oferecido por outras aplicações seguras (weerapatkiatdumrong/ThinkStock)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2015 às 07h48.

São Paulo - A taxa básica de juros (Selic) subiu para 12,25%, conforme anunciou o Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira (21). 

O aumento dos juros torna aplicações na poupança ainda mais desvantajosas se comparadas a outros investimentos em renda fixa, considerados seguros.

Investimentos como CDBs com taxas pós-fixadas, fundos DI e Letras Financeiras do Tesouro (LFTs), títulos públicos negociados pelo programa Tesouro Direto, acompanham os juros e ficam mais rentáveis quando a Selic aumenta (veja quais são os investimentos mais indicados para 2015 para quem não quer riscos).

Já a caderneta deixa de acompanhar a variação dos juros quando a Selic ultrapassa os 8,5%. Quando os juros são maiores do que 8,5%, as cadernetas rendem apenas 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial.

Quando a taxa de juros é menor ou igual a 8,5%, depósitos na caderneta feitos a partir de 4 de maio de 2012 rendem 70% da Selic mais a TR. Depósitos anteriores continuam a render 0,5% ao mês mais TR.

A alta de 0,5% da taxa básica de juros já era praticamente um consenso entre as estimativas feitas por instituições financeiras e analistas que participaram da pesquisa Focus do Banco Central.

Veja a seguir a rentabilidade de aplicações de renda fixa que acompanham as variações dos juros básicos com a Selic a 12,25%:

Período Velha Poupança* Nova Poupança* CDB 90% do CDI Fundo DI com taxa de 1% a.a. Tesouro Direto
  6 meses 3,35% 3,35% 4,14% 4,22% 4,49%
12 meses 6,80% 6,80% 8,77% 9,00% 9,53%
18 meses 10,38% 10,38% 13,94% 14,37% 15,18%
24 meses 14,07% 14,07% 19,09% 19,78% 20,83%
25 meses 14,70% 14,70% 20,58% 21,35% 22,47%

(*) Foi considerada TR de 0,05% ao mês.

(**) Foi considerado o investimento por meio de corretoras que não cobram taxa de administração para aplicações no Tesouro Direto.

Os rendimentos apresentados na simulação já são líquidos de Imposto de Renda (IR) cobrado em todas as aplicações da tabela, com exceção da poupança, que é isenta de IR.

A rentabilidade dos investimentos ainda é maior do que a registrada na poupança mesmo em aplicações feitas em até seis meses, quando a alíquota do IR cobrada nos investimentos é maior, de 22,5%.

Como a taxa CDI costuma ter valor semelhante ao da Selic, a simulação considera o mesmo valor para ambas as taxas. Mas em prazos mais longos pode ser registrada uma pequena variação entre as taxas, que servem como referência para o rendimento das aplicações financeiras de renda fixa.

No acumulado de 2014, a taxa CDI ficou em 10,80%, um pouco abaixo da Selic, que registrou 10,89% no período.

Ou seja, o rendimento de aplicações em CDBs e fundos DI, cuja rentabilidade acompanha a taxa CDI, podem ser um pouco menores do que os apresentados na tabela.

Já a rentabilidade das LFTs, negociadas no Tesouro Direto, é a mesma apontada na simulação, pois varia exatamente conforme a Selic.

Em quais casos os rendimentos das aplicações são maiores do que o da caderneta

Para ser mais rentável do que a poupança, independentemente do prazo da aplicação, os CDBs oferecidos pelos bancos devem pagar, ao menos, 75% do CDI. Caso a instituição financeira ofereça remunerações menores, a caderneta pode compensar mais (calcule o rendimento da poupança).

Fundos DI que tenham rendimento de 100% do CDI podem deixar de ser mais vantajosos do que a poupança caso as taxas de administração cobradas na aplicação sejam maiores do que 3% ao ano.

As LFTs são mais rentáveis do que a poupança em qualquer prazo, mesmo no caso em que o valor da taxa de administração cobrada pelas instituições financeiras atinja 2%.

Esse é o porcentual máximo de encargos permitido na compra de títulos via Tesouro Direto. Algumascorretoras podem isentar investidores da taxa ou cobrar valores menores (veja o ranking das taxas cobradas para a compra e venda de títulos).

A aplicação em títulos do governo pelo programa Tesouro Direto tem um custo fixo de 0,3% ao ano, cobrado pela Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC).

Veja no vídeo a seguir se você deve mexer na carteira de investimento no caso de alta da Selic:

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