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Santander Brasil terá que devolver R$ 79 milhões a clientes por cobranças indevidas

Instituição financeira assinou acordo com o Banco Central, que constatou irregularidades

Santander: Em nota, o banco informou que já efetuou o ressarcimento de 90% dos valores acordados e que até 2023 alcançará 100% das devoluções. (Rodrigo Garrido/Reuters)

Santander: Em nota, o banco informou que já efetuou o ressarcimento de 90% dos valores acordados e que até 2023 alcançará 100% das devoluções. (Rodrigo Garrido/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 15 de julho de 2022 às 16h54.

O Santander Brasil fechou um acordo com o Banco Central para devolver R$ 79 milhões aos clientes por cobranças que foram consideradas indevidas pela autoridade monetária. Os valores devolvidos referem-se a cobranças feitas entre 2014 e 2022. Em nota, o Santander informou que já efetuou o ressarcimento de 90% dos valores acordados e que até 2023 alcançará 100% das devoluções.

No acordo com o BC, fechado em maio, ficou acertado que o banco tem que devolver R$ 18,3 milhões a 378.046 clientes em razão de cálculo indevido do valor presente de pagamentos para liquidação antecipada de operações de parcelamento de cartão de crédito. Os valores se referem a operação com o produto "Total Parcelado". O banco vinha considerando a data de vencimento da fatura em vez da data de fechamento para realizar o cálculo do valor presente.

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Ficou determinado no acordo que o Santander deve deixar de cobrar tarifa de clientes empresário individual e microempresário individual em razão da utilização do PIX. Nesse caso, o Santander foi obrigado a devolver R$ 17,6 milhões 268.583 clientes, em operações que ocorreram entre março de 2021 e fevereiro deste ano.

A instituição também deverá deixar de cobrar, sobre o valor do cheque especial utilizado, juros acima do limite máximo de 8% de clientes microempreendedor individual, o que contraria a legislação em vigor. Em relação a estas cobranças, o banco terá que devolver R$ 43,1 milhões a 55.987 clientes, em operações feitas entre 2020 e 2022.

Caso não consiga ressarcir os valores determinados no acordo, em até 12 meses após a assinatura, o Santander terá que pagar contribuição pecuária ao BC sobre os valores a serem restituídos aos clientes. O banco informou que os pontos que levaram à assinatura do acordo também já foram solucionados e as cobranças indevidas não devem voltar a ocorrer.

“O Santander informa que os pontos que levaram à assinatura do Termo de Compromisso já foram solucionados de forma definitiva. O Banco acrescenta que já efetuou o ressarcimento de mais de 90% dos valores cobrados e alcançará a totalidade dentro do prazo compromissado. Além disso, adotou as medidas necessárias para que tais cobranças não voltem a ocorrer.”, diz a nota do banco.

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