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Renegociar dívidas para "limpar nome" dá certo, diz pesquisa

Estudo do SPC Brasil mostra que oito em cada dez inadimplentes conseguiram se livrar de dívidas após renegociarem débito com o banco


	Aperto de mão: renegociação permite alongar prazo da dívida ou reduzir as parcelas
 (Stock.xchng)

Aperto de mão: renegociação permite alongar prazo da dívida ou reduzir as parcelas (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2013 às 16h12.

São Paulo – Renegociar as dívidas funciona. É o que mostra uma pesquisa do birô de crédito SPC Brasil, que mantém um dos maiores cadastros de inadimplentes do país. De acordo com o levantamento, 84% dos consumidores inadimplentes conseguem quitar suas dívidas após renegociar o valor diretamente com os bancos.

O estudo mostra que o percentual de consumidores inadimplentes das classes C, D e E que conseguiram chegar a um acordo com o banco é 6% maior do que os de classes A e B. De acordo com Roque Pellizzaro Junior, presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (entidade responsável pelo SPC Brasil), a portabilidade de crédito incentivou a concorrência entre os bancos, que passaram a se empenhar mais para fechar acordos com os clientes inadimplentes. A portabilidade possibilita ao consumidor transferir sua dívida para outra instituição financeira, que ofereça melhores condições de pagamento.

Segundo os economistas do SPC Brasil, renegociações possibilitam a redução das prestações, a obtenção de juros menores e até de prazos mais longos. Se a intenção do consumidor for pagar à vista, é possível pedir um desconto no valor total da dívida.

O objetivo da pesquisa era traçar um perfil de quem paga e de quem não paga suas contas em dia. Foram ouvidas 1.238 pessoas das 26 capitais mais o Distrito Federal entre os dias 24 de julho e 1º de agosto de 2013.

A pesquisa revela que a maior parte dos inadimplentes brasileiros é da classe C, autônomo, de baixa escolaridade e com gasto fixo com aluguel. O cartão de crédito é o principal vilão, responsável pelo “nome sujo” de 46% dos inadimplentes, seguido dos financiamentos bancários, responsáveis pela negativação de 40% dos inadimplentes. Quase a metade dos débitos em atraso (45%) estão concentrados em valores entre mil e 5 mil reais.

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