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Receita arrecadará 3,5 bilhões de reais com o "come-cotas"

Cobrança de Impostos de Renda sobre a rentabilidade dos fundos de investimento, conhecido como "come-cotas" gerará receita extra para o governo neste mês

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

Os cofres da Receita Federal vão ganhar um reforço extra neste mês, quando serão computados os recursos arrecadados com a cobrança do Imposto de Renda (IR) sobre a rentabilidade dos fundos de investimento, o popular "come-cotas". Na previsão de Nelson Rocha Augusto, presidente da BB DTVM, a administradora de recursos do Banco do Brasil, esse imposto deve render mais 3,5 bilhões de reais ao governo. "É um volume bastante significativo", disse Rocha Augusto.

A declaração foi feita durante um congresso sobre a indústria de fundos promovido pela Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), nesta quarta-feira (1º/6), em São Paulo. Aproveitando a presença de Joaquim Levy, secretário do Tesouro Nacional, no evento, alguns executivos do mercado financeiro aproveitaram para pedir o fim da cobrança do "come-cotas". Levy disse que o governo "poderá estudar" a proposta . "O pedido pode entrar na agenda", declarou. "Mas, primeiro, queremos estudar os efeitos de outras medidas tomadas recentemente, como a criação da conta-investimento".

O "come-cotas" passou a ser cobrado semestralmente no início deste ano até então, incidia todos os meses sobre as cotas dos fundos. Por isso, é a primeira vez que há uma estimativa acumulada da arrecadação desse imposto.

Para Alexandre Zákia, diretor de produtos de investimento do Itaú, a tributação é um dos principais problemas da indústria de fundos. "Os investidores ainda têm muitas dúvidas sobre esse ponto", afirmou. Na sua avaliação, a adoção de um regime de alíquotas decrescentes de IR como o que passou a valer no início deste ano é "muito válido". "Só que é incompatível com a existência do come-cotas ", diz. Desde janeiro, o rendimento das aplicações em fundos feitas por até seis meses é tributado em 22,5%. A alíquota cai para 20% entre 12 e 18 meses. Cai novamente para 17,5% entre 18 meses e 24 meses até chegar ao mínimo de 15% para investimentos de mais de 24 meses.

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