Procon notifica PicPay sobre sumiço de auxílio emergencial
Problemas nas transações relacionadas ao saque emergencial serão encaminhados para análise da fiscalização
Marília Almeida
Publicado em 17 de julho de 2020 às 15h40.
Última atualização em 17 de julho de 2020 às 17h55.
O Procon-SP notificou o app Pic Pay para pedir esclarecimentos a respeito de problemas em transferências, estorno de operações e impossibilidade de acesso aos saldos, conforme relatos de consumidores nas redes sociais .
A empresa informa que as ocorrências estão relacionadas ao saque emergencial , mas não demonstra que o consumidor é devidamente informado sobre como utilizar os serviços corretamente. A instituição também não especifica a quantidade de problemas verificados.
Também não fica comprovado na resposta que orientações como o tempo limite do código da operação (que após 30 minutos pode ser considerado inválido), procedimentos que podem gerar bloqueios preventivos (até mesmo de consulta ao saldo) e regras de aporte foram devidamente informados aos consumidores que fizeram uso do serviço.
Além disso, a Pic Pay apontou a existência de problemas na validação das informações quando da utilização do cartão virtual e instabilidades no sistema.
Para o Procon-SP, segurança e confiabilidade são características intrínsecas do serviço bancário e espera-se agilidade e eficiência das operações automatizadas.
A resposta será analisada pela diretoria de fiscalização para apuração de irregularidades e, caso sejam constatadas, a empresa será multada conforme prevê o Código de Proteção e Defesa do Consumidor.
Procurado, o PicPay diz que respondeu à notificação do Procon no tempo determinado. Em relação aos problemas ocorridos na transferência de valores do auxílio emergencial da Caixa para o PicPay, a fintech esclareceu ao Procon que não houve qualquer falha nos sistemas.
"O PicPay tem acolhido e orientado seus clientes da melhor forma, informando, inclusive, que no caso de débito indevido no cartão, o usuário deve solicitar à Caixa o estorno. Informamos também que não fomos procurados pelo Procon para quaisquer esclarecimentos adicionais e que estamos à disposição para esclarecer ou detalhar qualquer informação sobre o assunto", diz a fintech, em nota.