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Os motivos para preferir um fundo de índice

Dependendo do objetivo do investidor, os ETFs podem ser mais ou menos vantajosos que os fundos indexados comuns

O ETF que segue o índice de Consumo - cuja ação de maior peso é a da Ambev - vem acumulando fortes altas (Marcello Bravo)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 09h53.

São Paulo – Depois da alta no início do ano, há dois meses que o Ibovespa acumula quedas. Mesmo assim, o ETF BOVA11, fundo que segue o principal indicador da Bovespa, vem apresentando recordes de negociação diária – o último foi registrado em 20 de abril, com 287,6 milhões de reais negociados. Com cotas vendidas em Bolsa como se fossem ações, os ETFs são fundos passivos, que seguem índices, sendo usados por investidores que querem manter indexada uma parte do portfólio acionário ou que desejam operar a tendência geral da Bolsa ou de um determinado setor.

Apesar das taxas de administração inferiores a 1% ao ano – baixíssimas se comparadas às taxas dos fundos de ações passivos – os ETFs estão sujeitos à cobrança de taxas de corretagem e custódia, assim como as ações. Isso os encarece se o investidor aplica por meio de uma corretora em que essas taxas sejam altas. Nesses casos, os fundos passivos comuns acabam sendo mais vantajosos – e podem, por vezes, apresentar rentabilidade até maior.

Mas então quando os ETFs valem mais a pena que os fundos passivos de ações? Reportagem recente de EXAME.com comparou os ETFs com fundos de ações indexados aos índices correspondentes, e mostrou que é preciso pesar os custos. Se a ideia é ter pouco dinheiro em aplicações passivas de renda variável, os ETFs serão mais vantajosos se a corretora tiver taxas baixas – de preferência sem cobrança de taxa de custódia. Se for para aplicar por meio de uma corretora mais cara, de maneira geral, é melhor optar por um fundo passivo de ações.

Contudo, existem outros motivos que podem levar o investidor a querer comprar e vender ETFs. Veja abaixo quatro características desses ativos que podem levar o investidor a preferi-los:

1.Retornos quase sempre colados ao índice

Se a ideia do investidor for seguir um dos índices da Bolsa de perto, o ETF é a opção mais indicada. Essa pode ser a preferência de pessoas que não tem muito dinheiro ou tempo para aplicar, mas que querem se beneficiar de um bom momento na Bolsa ou em um setor. Por exemplo, o CSMO11, ETF indexado ao índice de Consumo, acumula alta de 22,49% nos 12 meses encerrados em 31 de março de 2012, refletindo o bom momento do setor na Bolsa.

Nesse sentido, os ETFs se destacam frente aos demais fundos passivos. As carteiras dos fundos negociados em Bolsa buscam reproduzir com o máximo de fidelidade a composição dos índices que lhes servem de benchmark. Apesar de uma oscilação diária alta em relação ao índice – em função do baixo volume negociado em comparação aos demais fundos passivos – os ETFs costumam, em prazos mais longos, apresentar retornos bastante próximos ao desempenho de seus benchmarks.


Fundos indexados comuns, ao contrário, frequentemente apresentam retornos maiores ou menores que o índice que os baliza. Ou seja, ao mesmo tempo em que é possível ter uma rentabilidade maior, também é possível ter retorno menor que o índice. “Fundos passivos com rentabilidade muito distante do benchmark provavelmente não são tão passivos assim”, diz Ricardo Cavalheiro, diretor da BlackRock, gestora de seis ETFs negociados na Bolsa brasileira, como o BOVA11.

De acordo com estudo recente da FGV, no ano passado o ETF BOVA11 teve queda de 18,2%, enquanto o Ibovespa caiu 18,9%. Entre os demais fundos passivos, contudo, houve desde aqueles que se mantiveram colados ao Ibovespa quanto aqueles que chegaram a cair 22%, distanciando-se consideravelmente do benchmark.

2.Transparência

Por conta da ampla divulgação de informações, ETFs são fundos mais transparentes. Pela internet é possível acompanhar diariamente a composição da carteira, com o peso de cada ativo, o valor da cota, entre outras informações.

3.Possibilidade de fazer os mesmos “malabarismos” feitos com as ações

Como a negociação de ETFs é semelhante à de ações, é possível fazer com eles todas as operações permitidas aos papéis das empresas: aluguel, operações no mercado a termo e compra e venda de opções cujo ativo-objeto seja o próprio ETF. Essas operações, feitas por investidores mais experientes, também são úteis para surfar tendências, ou então para se proteger em tempos de crise. Por meio delas é possível, por exemplo, ganhar dinheiro com a queda de um índice.

4.Spreads pequenos entre compra e venda

Para quem faz esse tipo de operação, torna-se importante que haja uma diferença pequena entre os preços de compra e venda de um ativo. É o que ocorre com os ETFs. A diferença de preços para um BOVA11 é de apenas 0,10%. Para ETFs setoriais, essa diferença é de 0,15%, e para o SMAL11, é de 0,25%.

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São Paulo – Depois da alta no início do ano, há dois meses que o Ibovespa acumula quedas. Mesmo assim, o ETF BOVA11, fundo que segue o principal indicador da Bovespa, vem apresentando recordes de negociação diária – o último foi registrado em 20 de abril, com 287,6 milhões de reais negociados. Com cotas vendidas em Bolsa como se fossem ações, os ETFs são fundos passivos, que seguem índices, sendo usados por investidores que querem manter indexada uma parte do portfólio acionário ou que desejam operar a tendência geral da Bolsa ou de um determinado setor.

Apesar das taxas de administração inferiores a 1% ao ano – baixíssimas se comparadas às taxas dos fundos de ações passivos – os ETFs estão sujeitos à cobrança de taxas de corretagem e custódia, assim como as ações. Isso os encarece se o investidor aplica por meio de uma corretora em que essas taxas sejam altas. Nesses casos, os fundos passivos comuns acabam sendo mais vantajosos – e podem, por vezes, apresentar rentabilidade até maior.

Mas então quando os ETFs valem mais a pena que os fundos passivos de ações? Reportagem recente de EXAME.com comparou os ETFs com fundos de ações indexados aos índices correspondentes, e mostrou que é preciso pesar os custos. Se a ideia é ter pouco dinheiro em aplicações passivas de renda variável, os ETFs serão mais vantajosos se a corretora tiver taxas baixas – de preferência sem cobrança de taxa de custódia. Se for para aplicar por meio de uma corretora mais cara, de maneira geral, é melhor optar por um fundo passivo de ações.

Contudo, existem outros motivos que podem levar o investidor a querer comprar e vender ETFs. Veja abaixo quatro características desses ativos que podem levar o investidor a preferi-los:

1.Retornos quase sempre colados ao índice

Se a ideia do investidor for seguir um dos índices da Bolsa de perto, o ETF é a opção mais indicada. Essa pode ser a preferência de pessoas que não tem muito dinheiro ou tempo para aplicar, mas que querem se beneficiar de um bom momento na Bolsa ou em um setor. Por exemplo, o CSMO11, ETF indexado ao índice de Consumo, acumula alta de 22,49% nos 12 meses encerrados em 31 de março de 2012, refletindo o bom momento do setor na Bolsa.

Nesse sentido, os ETFs se destacam frente aos demais fundos passivos. As carteiras dos fundos negociados em Bolsa buscam reproduzir com o máximo de fidelidade a composição dos índices que lhes servem de benchmark. Apesar de uma oscilação diária alta em relação ao índice – em função do baixo volume negociado em comparação aos demais fundos passivos – os ETFs costumam, em prazos mais longos, apresentar retornos bastante próximos ao desempenho de seus benchmarks.


Fundos indexados comuns, ao contrário, frequentemente apresentam retornos maiores ou menores que o índice que os baliza. Ou seja, ao mesmo tempo em que é possível ter uma rentabilidade maior, também é possível ter retorno menor que o índice. “Fundos passivos com rentabilidade muito distante do benchmark provavelmente não são tão passivos assim”, diz Ricardo Cavalheiro, diretor da BlackRock, gestora de seis ETFs negociados na Bolsa brasileira, como o BOVA11.

De acordo com estudo recente da FGV, no ano passado o ETF BOVA11 teve queda de 18,2%, enquanto o Ibovespa caiu 18,9%. Entre os demais fundos passivos, contudo, houve desde aqueles que se mantiveram colados ao Ibovespa quanto aqueles que chegaram a cair 22%, distanciando-se consideravelmente do benchmark.

2.Transparência

Por conta da ampla divulgação de informações, ETFs são fundos mais transparentes. Pela internet é possível acompanhar diariamente a composição da carteira, com o peso de cada ativo, o valor da cota, entre outras informações.

3.Possibilidade de fazer os mesmos “malabarismos” feitos com as ações

Como a negociação de ETFs é semelhante à de ações, é possível fazer com eles todas as operações permitidas aos papéis das empresas: aluguel, operações no mercado a termo e compra e venda de opções cujo ativo-objeto seja o próprio ETF. Essas operações, feitas por investidores mais experientes, também são úteis para surfar tendências, ou então para se proteger em tempos de crise. Por meio delas é possível, por exemplo, ganhar dinheiro com a queda de um índice.

4.Spreads pequenos entre compra e venda

Para quem faz esse tipo de operação, torna-se importante que haja uma diferença pequena entre os preços de compra e venda de um ativo. É o que ocorre com os ETFs. A diferença de preços para um BOVA11 é de apenas 0,10%. Para ETFs setoriais, essa diferença é de 0,15%, e para o SMAL11, é de 0,25%.

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