Minhas Finanças

O que os contos de fada têm a ver com o seu bolso

Consultor financeiro lança livro com conceitos básicos de finanças para mulheres

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2012 às 09h00.

São Paulo - Foi lançado neste sábado o livro “Eu mereço ter dinheiro - Como ser feliz para sempre na vida financeira”, do consultor financeiro Reinaldo Domingos. O livro é dividido em 10 capítulos que evocam personagens de contos de fadas para introduzir conceitos básicos de planejamento financeiro para mulheres. O autor cita, por exemplo, a Bela Adormecida para dizer que as mulheres não podem “dormir em vida” e devem fazer uma avaliação de suas finanças ou a Chapeuzinho Vermelho para dizer que as decisões financeiras não podem ser influenciáveis.

Veja a seguir quais são os 10 passos financeiros abordados no livro e quais são os contos de fadas associados a cada um deles.

1º passo: Despertar – Bela Adormecida

Neste passo, o autor afirma que a mulher não pode ser “acomodada” como a Bela Adormecida e deve “acordar” para fazer um trabalho de reavaliação sobre o seu passado e sobre os seus objetivos para tomar as rédeas de sua vida financeira. “Ela tem que olhar mais do que enxergar, fazer mais por ela do que fazia até então, e trabalhar o psicológico para não ficar na mesmice. Ela deve olhar que já conquistou muita coisa, não pode abdicar do presente, porque ela tem que viver bem, mas deve olhar para o futuro, porque este é o grande segredo da autonomia financeira”, explica o autor.

2º passo: Merecer – Cachinhos Dourados

No conto da Cachinhos Dourados, a personagem muito curiosa invade a casa de uma família de ursos e leva um susto quando eles chegam. Depois de passar um apuro, ela foge e aprende que não deve entrar onde não é convidada. A analogia que Domingos faz com o conto é que as mulheres não devem ser movidas por impulso. “As pessoas compram o que não precisariam comprar e não olham além dos pequenos desejos. Elas devem olhar os maiores desejos e como realizá-los e listar o sonhos de curto prazo, até um ano, médio prazo, acima de 10 anos, e longo prazo, para a aposentadoria, porque assim ela vai merecer os resultados e não vai viver do imediatismo”, explica. 

3º passo: Diferenciar – A pequena vendedora de fósforos

Em meio a um frio congelante, a pequena vendedora resolve acender os fósforos que não havia conseguido vender para esquentar as mãos. A cada vez que riscava os fósforos, apareciam imagens de sua avó que havia morrido, então ela risca todos os palitos para continuar com a visão da avó e acaba morrendo de frio. “Eu busco mostrar a diferença entre sonho e delírio. O sonho é um objetivo de vida e o delírio é falso e nos abate. É importante que a pessoa tenha consciência do delírio e comece efetivamente a sonhar para ter realizações”, diz o autor. Uma vez entendida esta diferença, a mulher passaria a evitar as compras por impulso, que seriam os “delírios” e passaria a focar naquilo que ela sempre “sonhou”, ou seja, no que ela já havia planejado, segundo Domingos.

4º passo: Cortar – A Pequena Sereia

A dolorosa decisão da Pequena Sereia de abandonar a vida no mar para viver com seu príncipe é o gancho que o consultor financeiro usa para falar sobre como realizar um corte de gastos no orçamento. “A Pequena Sereia corta a cauda dela porque tinha um objetivo, mas não cortou sua essência. Não adianta a mulher cortar, por exemplo, o cabelereiro se isso é muito importante para ela. Ela não vai conseguir ter força para mudar o seu modo de administrar as finanças se ela cortar os gastos que para ela são essenciais. Ela tem que cortar o que não fará tanta diferença”, esclarece Domingos. 


5º passo: Modificar – Rapunzel

O autor se vale da "fé inabalável" da princesa, que acreditava que um dia conseguiria sair da torre onde era aprisionada, para dizer que a mulher precisa ter fé e acreditar que pode mudar para conseguir alcançar seus objetivos financeiros. “O sonho só pode ser alcançado se a mulher tiver fé e força para efetivamente mudar os hábitos. Ela precisa acreditar que pode mudar e que isso será bom para não desistir e persistir nos objetivos”, diz Domingos.

6º passo: Planejar - Cinderela

“Eu não sei se a Cinderela realmente perdeu o sapatinho ou se foi proposital. Ela pode ter sido uma grande estrategista”, brinca o autor. A hipótese, apesar de pouco provável, é usada por Domingos para introduzir no capítulo a importância de se realizar um planejamento. 
“A mulher deve fazer uma análise profunda para saber se tem habilidades que podem somar mais renda ao orçamento, e se ela está trabalhando realmente com o que gosta. Se ela perdeu a essência de fazer o que gosta, ela precisa planejar como resgatar isso para se motivar a buscar seus sonhos e sua independência financeira. Ela precisa planejar a relação com o dinheiro e respeitá-lo para conseguir sua autonomia”, explica.

7º passo: Decidir – Chapeuzinho Vermelho 

Neste passo, o autor lembra o momento em que a Chapezinho Vermelho resolve seguir a “orientação” do Lobo Mau e acaba tomando o pior caminho para chegar à casa da avó. Reinaldo Domingos explica que muitas mulheres acabam se influenciando por seus maridos, pais, amigos, por propagandas, e acabam não tomando suas próprias decisões financeiras. “O conselho pode ser bom para a amiga, mas não é bom para ela. E, por mais que a amiga tenha falado algo para ajudar, ela pode não ser a pessoa indicada para passar uma dica sobre finanças”, diz. 

8º passo: Enxergar – A Bela e a Fera

No conto, a Fera possuía uma péssima aparência, mas se revelou um belo homem no final. Seguindo essa lógica, Domingos diz que, na relação com o dinheiro, muitas coisas não são o que parecem ser. “A mulher deve enxergar se quer ser uma pessoa que tem dinheiro ou que aparenta ter dinheiro. É melhor descer um degrau no padrão de vida, do que viver com um status impossível de sustentar, vivendo uma vida de ostentação e sem enxergar o real valor das coisas”, explica o autor.

9º passo: Controlar – Sapatinho Vermelho

“No conto, os sapatinhos da menina dançam sem que ela queira, levando-a ao descontrole. A analogia neste caso é que a mulher precisa aprender a controlar seu próprio dinheiro ou, do contrário, ele a controlará”, afirma o autor. Ele se refere, por exemplo, ao hábito de usar o cartão de crédito sem parcimônia, reforçando que é preciso exercitar o equilíbrio nas escolhas para controlar e administrar o dinheiro da melhor forma. “E depois que se assume o controle sobre as finanças, deve-se tomar cuidado também para não se tornar uma pessoa avarenta. O dinheiro também deve servir para a realização de desejos, tudo deve ser feito com equilíbrio”, reflete.

10º passo: Guardar – Branca de Neve

“A Branca de Neve sempre foi dependente e sobreviveu de favor. É preciso ter vontade, desejo e sentir satisfação em guardar dinheiro”, diz Domingos. Ele explica que uma das melhores fórmulas para ter uma vida financeira saudável consiste exatamente em sentir prazer ao ver o dinheiro guardado e não apenas na hora de gastá-lo. “É curtir ver a conta bancária engordando, ter prazer em ter dinheiro guardado para a realização dos sonhos. Muitas mulheres acabam sem dinheiro no futuro porque não guardaram dinheiro durante a vida. Gastaram com os filhos, com as coisas da casa, mas nunca guardaram para si mesmas, para seu futuro”, conclui. 

Acompanhe tudo sobre:educacao-financeiraImigraçãorenda-pessoal

Mais de Minhas Finanças

Consumidores têm até 30 de novembro para negociar dívidas bancárias em Mutirão

Como calcular o valor do 13º salário; pagamento acontece esta semana

Pé-de-Meia: pagamento a estudantes começa nesta segunda

Aposentados e pensionistas do INSS começam a receber hoje; veja calendário