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O efeito Sox

Começa a temporada de caça por profissionais especializados em finanças

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

Quem acompanha de perto o processo de implantação da Sarbanes-Oxley enxerga muitos outros impactos, além das novas condutas exigidas no ambiente corporativo. O mais visível é a procura por profissionais com formação em finanças: executivos que saibam preencher e interpretar a árida contabilidade. "O diretor financeiro exigente já foi persona non grata para boa parte dos executivos interessados nos bônus de resultados", diz Gilmar Camurra, vice-presidente de finanças do grupo Telefônica Brasil. "Agora todo mundo nos procura para entender como funciona a contabilidade." A demanda por esses executivos cresceu muito nos Estados Unidos e se aquece no Brasil. Esses profissionais estão compondo comitês de boa governança, gerenciando riscos financeiros e acompanhando os controles internos que afetam as contas. "A área financeira passou a ser mais visada", diz Renata Fabrini, da Fesa, empresa de recrutamento de executivos financeiros. "Hoje, todo profissional que se senta com os presidentes para traçar as metas da empresa precisa entender de finanças."

O mesmo vale para os que ocupam o cargo máximo da companhia. Pelas regras atuais, estão em posição bem mais confortável para assinar as demonstrações financeiras e as certificações exigidas pela Sarbanes-Oxley executivos como Augusto Cruz, presidente do grupo Pão de Açúcar, antes vice-presidente administrativo-financeiro, e Alberto Weisser, ex-diretor mundial financeiro do Bunge, hoje presidente.

Alguns acreditam que a Sox também vai contribuir para o aumento da demanda de um produto que ainda não deslanchou no Brasil: o seguro de responsabilidade civil para conselheiros, diretores e administradores, conhecido pela sigla D&O (director and officer insurance). O seguro cobre equívocos nas tomadas de decisão que possam terminar em prejuízo para os acionistas -- mas perde efeito se for comprovada fraude do segurado. "O aumento da responsabilidade vai estimular a procura pelo seguro", diz Eduardo Tadeu Marques, diretor da Marsh Corretora de Seguros. "Mesmo os melhores executivos sabem que podem cometer um erro e ao menos terão como recompensar as perdas financeiras dos acionistas."

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