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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
Os lucros recordes dos bancos brasileiros, registrados no ano passado e no primeiro semestre de 2005, não se devem apenas às elevadas taxas de juros. Segundo a agência internacional de classificação de risco Standard & Poors (S&P), há uma mudança sutil no comportamento das instituições, que estão revendo seus modelos de negócios para obter maior competitividade num ambiente econômico mais estável. Essa revisão envolve o aumento da escala de suas operações e das carteiras que administram.
Desde 2003, segundo a S&P, os grandes bancos de varejo do Brasil estão mais preocupados em ampliar as carteiras, melhorar os canais de distribuição e buscar mercados com maior potencial de crescimento. Um primeiro passo nessa direção foi a recente onda de fusões e aquisições, nas quais os líderes do setor incorporaram pequenas instituições. Entre 2004 e 2005, os maiores bancos realizaram nove aquisições e 15 acordos de administração de carteiras de instituições menores e redes de varejo.
De acordo com a S&P, o interesse pelos bancos menores e pelos varejistas baseia-se na sua habilidade de se antecipar aos grandes bancos, aprendendo a atender pessoas físicas de menor poder aquisitivo por meio de uma ampla rede de correspondentes bancários e de lojas de varejo (se você é assinante, leia também reportagem de EXAME sobre o interesse dos grandes bancos pelos pequenos).