(Lucy Nicholson/Reuters)
Da Redação
Publicado em 24 de janeiro de 2021 às 13h03.
Última atualização em 24 de janeiro de 2021 às 15h46.
Assinaturas de serviços de streaming. Comida que serve como consolo enviada por delivery de restaurantes. Roupas para trabalhar em casa.
Milhões de pessoas descobriram no ano passado que, apesar de não haver muito o que fazer durante o isolamento exigido pela pandemia, há muito o que comprar. Nos Estados Unidos, os gastos das famílias aumentaram por seis meses consecutivos, mesmo com a queda da renda pessoal, após o tombo observado em março e abril.
Que sair das dívidas no mundo pós-pandemia? Conheça o curso de liberdade financeira da EXAME Academy
Mas, com as finanças pessoais entrando em um período instável neste primeiro trimestre, muita gente faz grandes esforços para conter gastos e testa uma forma extrema de austeridade: não gastar nada por um mês, exceto com uma lista restrita de itens essenciais.
As regras do “mês sem gastar” podem variar desde o corte de prazeres como comer em restaurantes e comprar roupas novas até dispensar o transporte público (por que pegar ônibus quando se pode caminhar ou andar de bicicleta?).
Nos EUA, esse desafio pessoal surge em uma época de incertezas para os consumidores. O desemprego no país se manteve em 6,7% em dezembro e o mercado de trabalho voltou a eliminar vagas pela primeira vez em oito meses.
Uma rodada de estímulos na forma de cheques de 600 dólares pode não ter sido suficiente e o reforço de 1,9 bilhão de dólares prometido pelo presidente Joe Biden enfrenta resistência por parte de parlamentares republicanos.
Para Ryan McRae, de 47 anos, a pandemia parecia ser uma desculpa para as compras por impulso. Ele e o namorado perceberam que estavam gastando mais durante o isolamento.
“Se for incluída a frase ‘por causa da pandemia’, dá para justificar para qualquer compra”, disse McRae, que mora em Chicago. “Na virada do ano, demos uma olhada em nossa conta bancária e decidimos fazer cortes.” Isso significou eliminar compras de livros, roupas e fast food. Ele calcula uma economia de aproximadamente 1.000 dólares em janeiro com essa mudança.
Em grupos especializados do Facebook e fóruns do Reddit, as pessoas pedem conselhos sobre como se ocupar com atividades que não impliquem gasto ou exibem orgulhosamente contas ínfimas de supermercado.
Um relatório publicado pela McKinsey em dezembro revelou que 40% dos americanos pretendiam limitar gastos discricionários nos próximos meses.
Para planejar um mês sem gastos, Hersh Shefrin, professor de finanças da Faculdade Leavey de Administração da Universidade de Santa Clara, na Califórnia, oferece estas dicas: