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Mercado de consórcios aquece e inova em possibilidades

Além de imóveis e carros, consórcios já oferecem outros tipos de serviço – até casamentos. Entenda como funciona a modalidade e suas vantagens

(Weekend Images Inc./iStockphoto)
VD

Vanessa Daraya

Publicado em 22 de novembro de 2019 às 16h44.

O segmento de consórcios cresceu 14,75% no primeiro semestre de 2019, em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac). Sinal de que a modalidade é uma opção para adquirir bens ou serviços de forma planejada, que atende um público diverso, principalmente por ser um produto que foge das altas taxas de juros e permite ao consumidor escolher prazos e formas de pagamento que cabem no bolso.

Cada consórcio é formado por um grupo de pessoas físicas ou jurídicas e é promovido por uma administradora. Funciona como um sistema de compra parcelada e programada de um determinado bem ou serviço. “A modalidade é segura, econômica e inteligente, pois é adaptável ao seu fluxo de caixa, ou seja, ao seu bolso”, diz Luis Toscano, vice-presidente de negócios da administradora de consórcios Embracon.

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Os clientes contribuem mensalmente para um fundo comum. “O consórcio funciona como uma espécie de poupança para a aquisição de um bem ou serviço no médio ou longo prazo”, afirma Rosi Ferruzzi, da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin).

Cabe à administradora realizar um sorteio mensal para que um dos clientes de cada grupo seja contemplado. O integrante pode receber o bem entre a primeira e a última parcela. “É uma ferramenta de planejamento financeiro, pois é uma forma de aumentar o patrimônio sem se descapitalizar”, diz Rosi. Caso o consorciado tenha interesse em aumentar suas chances, ele pode ainda oferecer um lance. Esse valor só é pago caso a contemplação seja confirmada e também pode ser usado para reduzir o número de parcelas ou diluir o valor das que ainda restam.

Versatilidade

O uso do consórcio vai muito além da aquisição de imóveis ou veículos. As administradoras já oferecem diversos serviços a seus clientes, que podem contratar um procedimento estético, uma viagem, cursos, reformas residenciais ou empresariais, entre outras opções, desde que exista uma nota fiscal ou contrato de prestação de serviços. “O consórcio de serviços é uma ótima opção para quem vai se casar, por exemplo. Com planejamento, é possível pagar a festa e a lua de mel, sem ter que desembolsar 40 000, 50 000 reais de uma única vez ou em poucas parcelas”, afirma Toscano.

Após ser contemplado, o cliente recebe uma carta de crédito com o definido no início do consórcio. Ela é aceita como um pagamento à vista, o que pode facilitar a negociação e gerar até descontos no momento da compra. “Se não quiser resgatar imediatamente o bem, as parcelas renderão em um fundo de investimento, conforme orientação do Banco Central”, explica Francisco Arrighi, presidente da Fradema Consultoria Tributária.

Consórcio ou financiamento?

Ao decidir comprar um bem ou serviço, é comum questionar qual a melhor opção: consórcio ou financiamento. “O financiamento nem sempre cobre o valor integral do bem ou serviço e demanda uma contrapartida financeira do interessado (entrada). Também inclui pagamento de juros e exigências formais, como avaliação de crédito e apresentação de garantias”, conta Sergio Dias, economista e consultor de empresas.

Já no consórcio não há juros ou imposto sobre operações financeiras (IOF). O cliente paga apenas uma taxa de administração, que é calculada sobre o valor do bem. “É uma forma criada para viabilizar uma aquisição que se encaixou perfeitamente na realidade financeira do país. Ao final do prazo de pagamento das cotas, o valor desembolsado pelo bem é inferior ao que seria pago com as parcelas do financiamento”, afirma Dias.

A modalidade é a forma planejada mais flexível e barata de conquistar bens e serviços. Essa flexibilidade se estende até mesmo no momento da contemplação. Se o bem for um carro, por exemplo, não é necessário ficar preso a um modelo de automóvel que escolheu quando resolveu contratar o consórcio. Ao receber a carta de crédito, o cliente tem a possibilidade de indicar qual modelo deseja obter. Se o valor do carro for menor que o da carta de crédito, pode-se utilizar até 10% do montante restante para as documentações, acessórios ou parcelas remanescentes.

Como escolher a administradora

Antes de aderir ao consórcio, é preciso ter alguns cuidados. O primeiro deles é consultar o site do Banco Central e checar se a administradora tem autorização de funcionamento. “Há um ranking das administradoras de consórcio definido pelo número de reclamações solucionadas e respondidas por elas”, explica Dias. Além disso, é importante consultar sites de defesa do consumidor para verificar as avaliações de outros clientes.

A Embracon, por exemplo, tem atualmente 90 filiais e mais de 600 parceiros de negócios no Brasil. São quase 3 000 funcionários, 120 000 clientes ativos no momento e mais de 500 000 pessoas contempladas em mais de 30 anos de existência.

“Oferecemos a melhor experiência ao consorciado por conta da nossa tecnologia e atendimento humanizado. É uma das maiores administradoras do país, além de eleita por 11 anos consecutivos uma das melhores empresas para trabalhar”, finaliza Toscano.

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